A Antártida, ou Antártica para alguns, é o continente mais austral e frio do mundo. Com 13 milhões km² cobertos por gelo em torno do Polo Sul, uma população não permanente de cerca de mil pessoas e temperaturas que costumam variar entre -10°C e -40°C, ele não aparenta ser um destino turístico. Porém, nas últimas décadas, surgiram agências de viagens, excursões e cruzeiros que levam turistas aventureiros a essa que é uma das partes mais frias do mundo.
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O que atraiu os visitantes foi a possibilidade de ver de perto o espetáculo da natureza formado por icebergs, geleiras enormes, uma paisagem azul e branca e vida selvagem composta por pinguins, focas e outros animais incríveis – tudo isso num lugar isolado, longe de cidades e multidões. Vale lembrar que o território é uma reserva natural e é dedicado a pesquisas e exploração científica, a partir de bases provenientes de vários países. Mas o turismo é uma das poucas atividades permitidas.
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Para conservar esse tesouro da natureza, que infelizmente já sente os efeitos nocivos do aquecimento global, o turismo por lá, que começou em meados da década de 1950, é regulado pela Associação Internacional das Operadoras de Turismo da Antártida (IAATO). A ideia é promover um turismo ambientalmente responsável – há uma série de regras que têm que ser tomadas tanto pelas agências quanto pelos visitantes.
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É possível chegar à Antártida em pequenos aviões ou então em embarcações. As excursões de barco geralmente saem do sul da Patagônia, em cidades como Ushuaia (Argentina) e Punta Arenas (Chile). Se você olhar em um mapa, vai ver que a Terra do Fogo é o território mais próximo da Antártida. Dentro de alguns dias, os navios atravessam a Passagem de Drake e costumam fazer paradas nas Ilhas Shetland antes de chegar à Península Antártica, onde se concentram as bases de pesquisa.
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Os custos dessa viagem ainda são um pouco elevados. Os cruzeiros mais baratos, por exemplo, ficam em torno de US$ 5.000 por pessoa. Mas é o tipo de coisa que muitos sonham em fazer e é única na vida. As excursões acontecem nos meses de verão (entre novembro e março), quando há mais horas de sol e as temperaturas são menos extremas. As tripulações dos navios costumam incluir biólogos, pois a ideia é que os turistas possam aprender mais sobre a Antártida para então protegê-la.
Mais informações em: iaato.org
Texto por: Patrícia Chemin
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