Com destaque para os vinhos de altitude, as vinícolas de Santa Catarina tem ganhado cada vez mais reconhecimento tanto dentro quanto fora do Brasil. Além da Serra Catarinense, os campos de altitude do oeste do estado apresentam condições perfeitas para o cultivo de uvas viníferas. Ali se encontra a Villaggio Grando, a única vinícola da região.
Apesar da pouca idade – as primeiras mudas foram plantadas em 1998 e os primeiros vinhos foram lançados em 2005 –, a vinícola já tem uma história de sucesso, com uma série de prêmios nacionais e internacionais. A Villaggio Grando foi inclusive pioneira na produção agrícola na região em que se encontra, no pequeno município de Água Doce, a 50 km de Caçador (SC) e a 360 km de Curitiba, na divisa com o Paraná.
Há mais de vinte anos, um amigo da família Grando – fundadora e administradora do empreendimento – identificou ali um terroir perfeito para a produção de vinhos de alta qualidade. Além do solo com boas características, o clima no local apresenta quatro estações do ano bem definidas e uma grande amplitude térmica durante o dia. A mais de 1.300 metros de altitude, o vinhedo é o mais alto do estado.
As primeiras mudas plantadas na Villaggio Grando eram provenientes da França, com as castas Cabernet, Merlot e Chardonnay. Hoje, nos mais de 40 hectares de vinhedos, são cultivadas 103 variedades de uvas, que produzem em média 180 mil garrafas de vinho por ano.
A vinícola também faz questão de prezar pela qualidade de seus produtos: possui um dos maiores laboratórios vitivinicultores do Brasil, faz uma análise diária para controle de qualidade e trabalha com dois enólogos premiados. Além disso, todo o processo de poda, colheita e seleção é feito manualmente, o que aumenta a qualidade do produto final.
Visitas e degustações
Desde 2008, a Villaggio Grando está aberta para visitas e degustações e recebe em média 2.000 pessoas de todo o país por mês – o que é bem significativo, já que o município de Água Doce tem pouco mais de 6.000 habitantes. Os passeios guiados (R$ 10,00) são feitos de segunda a sábado (exceto feriados) com hora marcada e duram cerca de 1h30. É possível conhecer todo o processo de produção dos vinhos, com visita à adega. Recomenda-se agendar antes pelo site.
Já a degustação é opcional e paga à parte (R$ 45,00 por pessoa). Além dos vinhos, inclui uma porção individual de lombo curado, queijo Grana Padano e biscoito de alecrim. Fora da degustação, quem preferir pode experimentar algum rótulo específico, em doses que variam de R$ 10,00 a R$ 16,00. Estão disponíveis também bebidas não-alcóolicas e acompanhamentos salgados.
Com clima aconchegante, o salão de degustações é todo decorado em madeira, com amplas janelas e uma lareira. Ali, é possível comprar os produtos da Villaggio Grando para levar para casa. Há 13 rótulos disponíveis, entre tintos, brancos, espumantes, suco de uva integral e o grande destaque: o Marilla, um vinho licoroso doce de produção numerada, já que leva cinco anos para ficar pronto.
A Villaggio Grando possui lindas paisagens, com amplos gramados verdes, um lago e muitas flores e árvores, inclusive altas araucárias. O local é perfeito para os amantes de vinhos, mas também para famílias, casais e grupos de amigos. Para o futuro, há projetos de expansão que incluem um condomínio residencial, um hotel boutique e um restaurante anexos à vinícola.
Dicas: como chegar e onde ficar
Os meses de fevereiro e março são a melhor época para visitar a Villaggio Grando, quando a vegetação está mais exuberante e o tempo é mais seco, com menos possibilidade de chuva. Já o período da colheita vai de março a maio. Os aeroportos mais próximos são o de Chapecó (a 170 km) e o de Curitiba (a 370 km). Além disso, a vinícola possui um heliponto. Quem quiser passar a noite na região pode ficar hospedado em Caçador ou em Treze Tílias.
Mais informações em: villaggiogrando.com.br
Texto por: Patrícia Chemin. A jornalista viajou com apoio da Pontuale Comunicação e Marketing.
Foto destaque por: Patrícia Chemin