Como nem tudo são flores na história da humanidade, vamos falar um pouco do passado negro da época nazista, em que Hitler reinava na Alemanha na segunda guerra mundial. Fomos fazer uma triste volta ao passado no Campo de Concentração de Sachsenhausen.
Em nossa passagem por Berlim, reservamos um dia para visitar e conhecer um pouco melhor como toda essa história aconteceu e como hoje tudo isso reflete na sociedade.
Foi, sem dúvida, uma das experiências mais marcantes das quais vivemos, pois estar no lugar em que tudo aconteceu, ver os locais onde milhares de pessoas foram executadas foi triste, agoniante, mas ao mesmo tempo um aprendizado que vamos levar para toda a vida.
História
O Campo de concentração Sachsenhausen foi um dos três maiores e esteve ativo entre os anos de 1936 a 1945 na região de Oranienburg. No inicio, o regime utilizou o campo destinado a prisioneiros políticos, porém em 1938 foram enviados para lá os primeiros os judeus, polacos, ciganos, homossexuais, testemunhas de jeová e prisioneiros de guerra. Bastava também apenas ser contra o regime para que os cidadãos fossem enviados para os campos. Foram milhares de pessoas que passaram por Sachsenhausen dos quais mais de 100 mil morreram de doenças, de frio, de experimentos médicos brutais, serviços forçados, executados a tiros e nas câmaras de gás.
No dia 02 de Maio de 1945 as tropas soviéticas invadiram a Alemanha e libertaram os sobreviventes das atrocidades que vinham sofrendo. Era o fim da era nazista.
Com esse acontecimento, os nazistas ordenaram a evacuação que ficou famosa como a Marcha da Morte, uma vez que os incapacitados de caminhar foram executados.
Sachsenhausen tornou-se depois, prisão para os nazistas sob o comando dos soviéticos e, hoje, é um museu a céu aberto e é a prova de que infelizmente o homem é capaz de fazer coisas horríveis.
A sensação de visitar este local é indescritivelmente horrível, o ambiente é pesado e muito triste. É sem duvida um passeio muito intenso e você notará que, no final, estará esgotado. Nossa passagem por Berlim foi no inverno e a neve que caia fazia com que nossa experiência parecesse ainda mais realista. Imaginávamos o que todas aquelas pessoas haviam passado.
Na entrada do campo, no topo da torre de controle, existe um relógio onde dizem estar marcando exatamente o horário em que as tropas soviéticas libertaram o campo das mãos de Hitler. Muita gente não sabe, mas a incoerência de toda essa historia inicia-se logo que se entra no campo, onde no portal esta esculpido em alemão os dizeres: “Arbeit Macht Frei”, traduzindo para nossa língua, ‘O Trabalho Liberta’.
Aos poucos os campos de trabalho forçado foram sendo transformados em campos de extermínio, deixando claro que o que os libertavam era a morte.
Lá dentro do campo podemos ver um grande descampado, pois a maioria das cabanas que abrigavam os prisioneiros foram demolidas e o que se pode ver hoje são apenas as fundações do que um dia foram os abrigos. As que não foram demolidas antes que os soviéticos tomassem conta, são os museus que contam a história de tudo que aconteceu.
Em um dos locais mais sinistros do passeio, nos deparamos com os crematórios que eram utilizados no processo de exterminar os presos e um galpão onde os experimentos médicos eram realizados.
Esse momento da história é bastante abordado em livros, documentários e filmes (O menino do Pijama Listrado é um que vale a pena assistir), mas mesmo assim o que podemos presenciar no campo é extremamente forte e é ai que notamos que mesmo sabendo da história, nunca estaremos preparados para o que se vê e o que se sente dentro de um campo.
O absurdo foi tanto que na época muitas propagandas foram veiculadas para convencer o povo de que o campo seria um local de reabilitação e que com o trabalho os prisioneiros ficariam aptos para viver em sociedade novamente.
Obviamente que tudo era enganação e logo toda a farsa viria a tona para o mundo, ficando conhecida como uma das maiores atrocidades do mundo, ganhando o nome de Holocausto.
Como Chegar
O campo de concentração fica a 35 km de Berlin e por isso é uma atração muito visitada para quem esta na cidade.
Para chegar é preciso pegar o trem até a estação de Oranienburg, portanto fique atento no momento de comprar seu bilhete para que o mesmo cubra as áreas ABC do sistema de transporte. Para saber maiores informações a respeito dos valores consulte aqui.
Saindo da estação de Metro Alexanderplatz pegue o metro U8 sentido S+U Wieenau até a estação S+U Gesundbrunnen Bhf; e nesta estação pegue o trem regional RE5 Stralsund ou Rostock e desça na estação de Oranienburg
Em Oranienburg, em frente a estação de trem pegue o ônibus 804 em direção a Malz, ou a linha 821 em direção a Tiergarten e desça no memorial Sachsenhausen. Para consultar rotas e valores clique aqui.
Horário de funcionamento:
O campo funciona diariamente:
de 15 de março a 14 de outubro: todos os dias, das 8h30 18h
de 15 de outubro a 14 de março: todos os dias, das 8h30h às 16h30
Os museus dentro do campo fecham às segundas
Para verificar maiores informações atualizadas acesse o site do Memorial e Museu Sachsenhausen.
Valores
O acesso ao campo de concentração é gratuito e fica a seus critério alugar o áudio-guide que não é obrigatório, mas como é muita informação e para que você entenda bem tudo aconselhamos alugar. O guia é disponível em varias línguas e o áudio tem duração de aproximadamente 2 horas.
Outra alternativa é participar de algum grupo guiado, o que foi o nosso caso. Pegamos um que saia do Portão de Brandeburgo. Existem grupos em varias línguas e assim você pode escolher o que lhe for melhor. No final destes tours o guia pede um valor pelo serviço prestado.
Veja nossa passagem por Berlim e Sachsenhausen no video abaixo:
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