Charles Fon é formado no Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo pelo Instituto Federal de São Paulo (IFSP- Campus São Paulo) e escreveu com exclusividade para a QUAL VIAGEM contando sobre sua viagem inesquecível para China. Se você pretende se aventurar por lá, leia este relato e veja dicas especiais de quem já viveu essa experiência.
Em meados de 2013 realizava minha viagem para o exterior do Brasil. Tratava-se da terra natal de meus pais, a tão admirável China. Já havia passado por lá quando tinha aproximadamente apenas dois anos de idade, portanto a viagem de agora para mim é como se fosse à primeira vez. A viagem, apesar de breve, pois foram exatamente 23 dias, entre o final de Julho e começo de Agosto de 2013, deu pra sentir e observar os diversos aspectos através do contato direto com a cultura chinesa na própria China.
Por eu ser descendente de chineses, o choque cultural não foi tão intenso, visto que vivencio alguns hábitos próprios de chineses em minha residência ou até mesmo na visita de meus parentes no Brasil. O intuito geral dessa minha viagem seria então o aproveitamento do período de férias escolares de Julho, que coincidem com as férias de verão propiciadas pela China, além da prática de um turismo cultural, passando por alguns dos principais atrativos turísticos da China.
Basicamente a maior parte do meu roteiro se concentrou na província de “Guangzhou”, ou Cantão, como é conhecida pelos ocidentais. Localizada no sul da China, próxima de Hong Kong e Macau, tal região tem o idioma Cantonês como o mais utilizado, o segundo idioma mais falado, atrás do oficial que é o Mandarim, portanto, apesar de tal fato, a maioria dos chineses vai saber dialogar em Mandarim, uma vez que é a língua utilizada nos negócios em geral.
Ao que tudo indica, a China possui uma diversidade de museus e principalmente uma quantidade relativamente grande de restaurantes, parecidos com os que têm no bairro da Liberdade, sejam na questão da estrutura como também no atendimento, porém os ocidentais podem estranhar pois algumas comidas são levemente apimentadas. Em relação aos centros de compras, a Rua Pequim se destaca, como sendo basicamente a Rua 25 de março da China. A imensidão de lojas e shopping centers surpreende a todos e é fato que a maioria dos chineses possui um “vendedor nato” dentro deles, visto como eles sempre estão de prontidão para lhe atender. Lembrando que assim como no Brasil, a pechincha por preços baixos também é válida!
Nos últimos dias da viagem, a visitação foi diretamente na capital da China, Pequim. Por estar localizada no Norte do país, foi necessário o deslocamento por avião de Cantão para lá, num voo de aproximadamente 4h. Pequim se torna contrastante, sendo uma cidade antiga e moderna ao mesmo tempo, e por ser a capital é o centro político, econômico e cultural de toda a China. Por aqui, prevalece o Mandarim mesmo, porém quem fala inglês poderá se virar por aqui também.
Em Pequim, cabe destacar diversos atrativos turísticos que visitei, primeiramente o Palácio Imperial, conhecido como a “Cidade Proibida”, assim chamada, pois foi uma zona restrita por mais de 500 anos, contendo um acervo preservado das antigas construções da China. A Praça da Paz Celestial (“Tian An Men” Square) é a maior praça pública do mundo, toda pavimentada no centro da capital e palco de um momento histórico que seria o epitáfio do derrotado Movimento Democrático na China. É justamente nessa praça que dá acesso ao Palácio Imperial, onde a maioria dos turistas tira uma foto do retrato de Mao Tsé Tung. O Estádio Nacional, conhecido como “Ninho do Pássaro” devido a sua forma foi sede dos jogos olímpicos de 2008 e agora serve como atrativo turístico e por fim cito a minha passagem na Muralha da China, o principal atrativo do país na concepção dos brasileiros.
Em resumo, sugiro que quem pretende conhecer a China mais a fundo, o meu tempo de viagem não é o suficiente visto a imensidão do território chinês, porém se você preza por visitar somente os principais atrativos turísticos os que eu citei valem uma boa passagem por eles!
Para uma boa viagem para a China, valem mais algumas dicas:
A moeda oficial é o “rén min bi”; procure levar roupas informais, leves e confortáveis; desperte seu lado turista e procure degustar a culinária chinesa autêntica; a voltagem de lá é 220V; procure tomar água fervida ou engarrafada; as compras são relativamente baratas em relação ao Brasil, principalmente em termos de vestuário e alimentação; atenção ao “jet-lag” e por fim procure tirar bastante fotos de sua viagem!