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Turismo religioso e cultural em Itaporanga, no interior de São Paulo

O turismo religioso atinge milhares de fiéis que, a cada ano, visitam igrejas, templos, grutas e locais de peregrinação por todo o país. E no interior de São Paulo, Itaporanga já se consolidou como destino para esse público. Isso graças a sua abadia, que chama a atenção em um complexo de mais de 8 mil metros quadrados, e também às 24 capelas e cinco grutas dispostas pela cidade.

Cartão-postal local, a Abadia Cisterciense de Nossa Senhora da Santa Cruz é a segunda maior da América Latina e foi construída por monges alemães que ali encontraram refúgio do nazismo. Seu mosteiro foi fundado em 1936 e a primeira ala do santuário em 1943. A construção se destaca por sua arquitetura, com vitrais coloridos e fachada em tons terrosos, além de sua estrutura interna, com jardins, bosque com gruta de pedra e um cemitério de padres.

Além de ser um espaço de peregrinação, recebendo visitantes do país inteiro, o local aproxima a comunidade da rotina dos monges e da cultura cristã. O complexo fica aberto todos os dias e recebe visitantes tanto na abadia, quanto no bosque.

Outro local que retrata o potencial religioso de Itaporanga é a Gruta de Nossa Senhora das Graças, localizada bem próximo da divisa com o Paraná. Resultado de uma promessa, o lugar hoje conta com uma trilha para via Sacra, além de espaço para missas e sala dos milagres. Criada há mais de vinte anos, a gruta chega a reunir, no dia 27 de novembro – dia da santa homenageada – até cinco mil pessoas para a celebração especial.

Além das riquezas religiosas, a pequena Itaporanga, com cerca de 15 mil habitantes, também é um lugar cheio de história e cultura. Ali existe uma reserva tupi-guarani que preserva a cultura indígena e realiza apresentações aos visitantes.

É o caso da aldeia Tekoa Porã, que reúne 13 famílias comandadas pelo cacique Darã. Os integrantes apresentam a dança e música típica de sua cultura, assim como esportes como corrida da tora e arco e flecha. E para completar a interação, há um delicioso café da tarde com ingredientes típicos como mandioca, peixe e frutas.

A estrutura da aldeia ainda inclui um museu de conta a história dos tupi-guarani, com objetos antigos e informativos expostos dentro de uma oca, além de um espaço para o colorido artesanato indígena. Essa é, inclusive, uma excelente lembrança da cidade.

Para visitar a aldeia Tekoa Porã é necessário agendamento prévio.

Potencial natural

A cidade, assim como suas vizinhas integrantes do roteiro Angra Doce, possui grande potencial natural, com importantes recursos às margens da represa de Xavantes, porém, ainda não há infraestrutura de serviços nesses locais.

Uma das exceções fica por conta do Morro do Defunto, que ganhou esse nome por conta de seu formato, que se assemelha a um homem deitado. O monte tem estrutura para esportes de aventura como rapel, tirolesa e trekking, entre outros.

Texto e fotos  por: Eliria Buso. A jornalista visitou a região com o apoio dos departamentos de Turismo locais e do Angra Doce Paulista.

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