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Trilhas e roteiros para conhecer o lado aventureiro do RJ

A Cidade Maravilhosa é um dos melhores destinos turísticos do Brasil. Com belezas para todos os gostos, oferece opções de entretenimento e atividades para todas as idades. O Rio de Janeiro também conta com uma grande quantidade de trilhas em diversos níveis, para explorar um lado mais selvagem e aventureiro. Para quem gosta de desafios ou só quer se divertir com a família, tudo o que tem a fazer é escolher seu roteiro, preparar a câmera fotográfica e meter o pé na estrada, literalmente. Não esqueça aquele tênis bem confortável, roupas leves, protetor solar, procurar um guia experiente nas trilhas cariocas e de reservar sua estadia para descansar  – o aluguel por temporada no Rio de Janeiro é uma opção mais econômica e igualmente confortável. Você vai adorar a adrenalina de chegar ao topo e a sensação de superação que acompanha cada conquista. Conheça algumas das principais trilhas do Rio e escolha o seu programa!

Pedra da Gávea (Nível Pesado, com obstáculos naturais)

Foto: Daniel Fucs via flickr

Essa é para quem já tem alguma experiência ou está realmente a fim de desafios: amada por uns e temida por outros, a trilha da impressionante Pedra da Gávea tem, basicamente, dois caminhos. Um deles não chega a ser difícil – até o ponto da Carrasqueira. Tem gente que para por aí mesmo e nunca chegou ao topo, será que você consegue? O acesso é pelo final da Estrada do Sorimã, na Barrinha, e é longa, levando cerca de 2 horas de caminhada.

Nos primeiros 40 minutos tem que ter fôlego, mas depois é que vai piorando, ficando cada vez mais íngreme, escorregadio por causa de pequenas cachoeiras, até que aparece um precipício alucinante e um paredão de pedra: eis a temida Carrasqueira, com 30 metros de altura. Nesse ponto é preciso fazer uma escaladinha de 1º grau. Depois ainda tem um bocado de caminhada.

O segundo caminho é ainda mais difícil (via Pico dos 4), apesar de só pegar a Carrasqueira na descida – mas na subida há trechos com exposição à altura e dois lances com cabo de aço. Brabeira que vale a pena: seja por onde for, o visual lá de cima é de arrepiar, afinal você está a 842 metros de altura no maior bloco de pedra à beira mar do planeta. Sem falar nos mistérios que rondam a pedra e nas histórias de base de discos voadores, túmulo de reis fenícios e por aí vai. Vai?

Morro Dois Irmãos (Nível Moderado)

Foto: Rodrigo Soldon via flickr

A vista de lá é um dos cartões postais mais conhecidos do Rio, e é também uma das trilhas mais procuradas. São apenas 40 minutos de caminhada moderada, e lá de cima você vê toda São Conrado com a Pedra da Gávea de um lado e, de outro, o Cristo Redentor até as águas da Praia do Leblon. Você acessa a trilha pela entrada do Vidigal, em São Conrado, e de lá pega o transporte circular que leva ao campo de futebol da Vila Olímpica, local da do início da trilha propriamente dita. Se não levou lanchinho essa é a chance de fazer seu estoque em algumas das lanchonetes que ficam por ali.

Até o topo são 1,5 Km de subida, de onde dá para ter imagens bem interessantes da Rocinha, e sua vista privilegiada da Praia de São Conrado, uma das mais belas do Rio – mas é lá de cima que a vista é realmente estonteante: são 360º de um panorama que inclui Vidigal, Rocinha, Floresta da Tijuca, Lagoa, Ipanema, Leblon, Ilhas Cagarras e Cristo Redentor. De perder o fôlego. Na volta a pedida é um mergulho nas águas de São Conrado. E fique na boa, porque a Rocinha está tranquila desde a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

Costão de Itacoatiara (Nível Moderado)

Foto: Alan Franco via flickr

A cada ano Itacoatiara, na Região Oceânica de Niterói, se firma como a queridinha das praias do Rio e já ganhou o apelido carinhoso nas redes sociais de #itacoatiaradise. Além do visual lindíssimo, das águas mais limpas dentre as praias urbanas do Rio e das ondas próprias para o surfe, o bairro tem uma das trilhas mais bonitas também. O acesso é feito pela entrada do Parque Estadual da Serra da Tiririca, administrado pelo Inea e que você entra pela Rua das Rosas, no canto esquerdo do bairro. Itacoatiara fica a uns 30 minutos do Centro de Niterói e lá não entra ônibus, apenas carros – mas como o bairro é pequenininho é fácil saltar na Estrada Francisco da Cruz Nunes e ir andando.

O início da trilha é mata fechada, mas bem sinalizada e com bastante movimento – tem sempre alguém subindo ou descendo. Uns 10 minutos depois você chega a uma espécie de pátio, com banco de madeira e tudo para ajudar a tomar sua decisão: uma das bifurcações segue para o Costão, outra para a Enseada do Bananal (um caminho entre as pedras que termina em uma enseada mínima e muito azul) e a outra para a Pedra do Elefante (uma trilha mais longa que termina em Itaipuaçu, já no município de Maricá).

Mas atenção: para subir o Costão, na verdade uma grande pedra que termina na praia, é melhor ir com tênis próprio para não escorregar. A vista lá de cima é fantástica, dando para ver toda a Praia de Itacoatiara com suas águas transparentes, o Cristo Redentor, a Pedra da Gávea e o Pão de Açúcar. No total são 2Km de extensão e cerca de 30 minutos para ir e mais 30 para voltar. A dica é ir cedinho e passar o dia inteiro por ali: depois que descer o mergulho é irresistível e, no final da tarde, aproveitar o som que rola ao vivo regado a drinks saborosos e petiscos nos quiosques da orla.

Pico da Tijuca (Nível Moderado) e Bico do Papagaio (Nível Moderado)

Foto: Commons Wikipedia

O acesso é feito pela Floresta da Tijuca, e dá para ir de carro até a base da trilha, no Bom Retiro, mas a pé, da Pracinha do Alto da Boa Vista (Afonso Vizeu) até lá o percurso dura cerca de 1 hora. O início da trilha é o mesmo que segue para o Bico do Papagaio e vai suave até uma bifurcação – que você deve pegar à direita (para a esquerda dá no Bico do Papagaio), para então ir em zigue-zague mareando a vertente nordeste até uma escadaria que acesso ao topo, a 685 metros de altitude. De lá a vista também é fantástica: em 360º você vê o Maracanã, Engenhão, Ponte Rio-Niterói, Lagoa Rodrigo de Freitas e o Cristo Redentor.

Depois do Pico da Tijuca, a segunda trilha mais procurada é a do Bico do Papagaio, que tem mais ou menos a mesma altura. O início da trilha é o mesmo, mas você deve virar à esquerda na bifurcação. Bem marcada e sombreada, ela vai fácil até a nova bifurcação, no colo, onde é preciso seguir à direita – e é agora que o grau de dificuldade aumenta, ficando bastante íngreme, tendo que usar raízes e troncos para elevar o corpo e seguir adiante. Em alguns lugares grampos já colocados facilitam a passagem. Mas vale a pena: entre um pedaço e outro, pequenos mirantes descortinam paisagens incríveis, até chegar ao topo. Há outras trilhas para chegar ao mesmo lugar, mas essa é a mais usada. Na volta, os restaurantes da Floresta e da Pracinha o aguardam com pratos saborosos para repor as energias!

Açude do Camorim (Nível Moderado)

Foto: Commons Wikipedia

O início da caminhada é na estação de tratamento Cedae, responsável por tratar a água abastecida no açude, uma subida. Durante todo o percurso é possível apreciar diferentes espécies da flora remanescente da Mata Atlântica. Caso a trilha seja realizada na parte da manhã, bem cedo, ou a noite, é possível apreciar alguns animais como tatu, paca e quati também.

Após 1 hora de trekking, o som dos pássaros confunde-se aos da Cachoeira do Camorim. Depois da pausa quase obrigatória na cachoeira para refrescar-se, a trilha continua um pouco mais fácil, pelo terreno ser plano nesta parte. O banho no açude não é permitido, pois as águas são utilizadas para abastecer boa parte de Jacarepaguá, e ainda porque histórias de desaparecimento nessas águas não faltam.

O percurso total tem cerca de 4 km, repleto de animais e flores, e o resultado é uma vista deslumbrante do Açude, localizado a mais de 436 m de altitude (mais alto que o Pão de Açúcar).

Escolha seu roteiro, coloque a mochila nas costas e aproveite as melhores trilhas do Rio de Janeiro.

Serviço:
agencia-heidelberg.com

Texto por: agência com edição de Andressa Volpini

Foto destaque: Cyro Silva via flickr

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