Aos poucos os brasileiros estão começando a descobrir a riqueza das atrações naturais da Argentina. Entre elas se destacam dois vizinhos: o Parque Nacional de Talampaya e o Parque Provincial de Ischigualasto. Eles cobrem uma enorme área de 275 mil hectares entre as províncias de San Juan e La Rioja e têm a honra de abrigar os mais antigos fósseis de dinossauros já descobertos no mundo. Por tudo isso e por sua natureza única, com clima desértico e espetaculares formações geológicas, no ano de 2000 eles foram declarados pela UNESCO como Patrimônios da Humanidade.
No período Triássico, a Bacia de Ischigualasto-Villa Union, onde ficam os parques, era uma região rica de répteis gigantes, plantas exuberantes e pequenos animais. Desde então, ao longo de 250 milhões de anos, ela se transformou numa gigantesca biblioteca de fósseis que registrou desde o surgimento dos dinossauros até os mais distantes antepassados dos mamíferos. Diversos desses exemplares podem ser vistos nos museus locais.
Além da curiosidade científica, a região atrai pelas paisagens de tirar o fôlego, com cânions de pedra vermelha desenhados entre paredões de 150 metros de altura e formações rochosas que lembram cenários de faroeste. Com esse visual ao fundo, os turistas que se dedicam à fotografia têm material espetacular para trabalhar – mesmo que seja somente para tirar selfies.
Em diversos paredões de pedra há inscrições rupestres feitas pelos povos antigos que ali habitavam há milhares de anos. O quadro é completado com uma fauna que inclui guanacos (um parente da lhama), lagartos, tartarugas terrestres e as peculiares maras, também chamadas de lebres-patagônicas, roedores capazes de correr até 80 km/h.
No Ischigualasto há o Circuito com Luna Llena (Circuito com a Lua Cheia, em português), uma caminhada noturna realizada somente quatro noites por mês, iluminada apenas com a luz do luar. Uma experiência única, para a qual é preciso fazer reserva com antecedência.
Como chegar
Os parques ficam na região oeste da Argentina, perto da Cordilheira dos Andes. Para ir até lá é preciso pegar um voo de pouco menos de duas horas de Buenos Aires até San Juan ou La Rioja – cidades acolhedoras onde os viajantes podem beber bons vinhos, como Syrah em San Juan e Bonarda em La Rioja. Dessas cidades, é um trajeto de três a quatro horas de carro ou de ônibus até os parques. Saindo de La Rioja pode-se seguir pela Cuesta de Miranda, uma estrada com paisagens cinematográficas que é considerada ela própria uma atração turística.
Mais informações em: argentina.travel
Texto por: Agência com edição de Patrícia Chemin
Foto destaque por: Divulgação Inprotur