A Andaluzia exerce sobre os viajantes um desejo irresistível. A segunda maior comunidade espanhola em área territorial e a primeira em número de habitantes, une em sua área geográfica, dois continentes. O norte da África e a Europa encontram-se nessa terra cheia de contrastes, dotada de paisagens deslumbrantes, clima cálido, praias douradas e serras, acolhendo cidades com riquíssimo conjunto de monumentos. São oito províncias, cinco delas debruçadas sobre o mar e as outras estão no interior da região, e atualmente possui quase nove milhões de habitantes (dados de 2012).
A cidade de Sevilha é a capital de uma dessas províncias, abraçada pelo rio Guadalquivir, que rasga a Andaluzia de leste a oeste. Mundialmente conhecida pela sua história, a sua cultura e os seus monumentos, foram os mouros que lhe deram o nome de Ishbiliya, que derivou depois em Shbiya, para terminar no nome atual.
Dentre os locais de visitação da cidade, destacamos a Catedral, também conhecida como Santa Maria da Sede: é a maior da Espanha, e o terceiro maior templo do mundo. Sua construção é do século XV. Foi construída sobre as ruínas da antiga Mesquita Alfama de Sevilha com a substituição do poder dos árabes pelos cristãos. No mesmo complexo arquitetônico, a Giralda é um antigo minarete que foi convertido em campanário para a Catedral de Sevilha.
Neste quarteirão, também estão os Alcáceres Reais, fortaleza rodeada por jardins e pátios como o da Montería, o das Donzelas, o do Cruzeiro ou de Tróia. Os Alcáceres reúnem construções e ampliações que se iniciaram com o domínio árabe e sucessivamente foram sendo incorporados elementos renascentistas e neoclássicos pelos reis católicos que se seguiram. O complexo foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1987.
Cruzando a Av. de Isabel, a Católica, encontra-se a Praça de Espanha, que recebeu a Exposição Ibero-Americana de 1929. Toda ela está decorada de bancos de azulejos, onde estão representadas as 52 províncias espanholas.A cidade tem tantas atrações históricas que recomendamos ao menos quatro dias de visita.
Sevilla é famosa, sobretudo, pelos seus bairros populares como o de Triana, do outro lado do rio Guadalquivir em relação ao Centro Histórico, onde o visitante pode admirar casas e pátios decorados com cerâmicas e azulejos muito significativos, bons restaurantes, boas frutarias. O bairro de La Macarena, conta com igrejas como a de São Lourenço e a de Jesus do Grande Poder, onde se venera uma das imagens mais queridas da capital. A Basílica da Macarena é centro de peregrinação constante.
Sevilha, assim como a maioria das cidades modernas europeias, passou por ocupações de diversos povos. Podemos observar nela as marcas deixadas pelos seus primeiros povoadores, os Tartéssicos. Os solos férteis e o clima agradável levaram igualmente os Fenícios e Cartagineses a se fixarem nesta terra. Mais tarde chegaram os romanos. Dois dos seus imperadores, Trajano e Adriano, nasceram em Sevilha.
Para almoçar indicamos todos os restaurantes do centro histórico e da região de Triana. Para não arriscar, peça o menu turístico, sempre ofertando entrada, prato quente, sobremesa e bebida por preço médio de 12 euros por pessoa. Uma dica interessante e econômica de hospedagem é o Hotel de Los Reyes Católicos, na Calle Gravina. À noite, não deixe de saborear as cañas (cervejas) com tapas (petiscos) e fazer um passeio de barco pelo rio que corta a cidade. Uma dica de restaurante é o Orsini Pizzeros, na Calle Reyes Catolicos, com bom preço e pizzas diferenciadas.
Para conhecer as principais atrações, o turista tem que percorrer a pé as estreitas ruas. Para quem não deseja andar muito recomendamos adquirir o passe do Bus Turístico. Com 17 euros você pode rodar os principais pontos turísticos da cidade embarcando e desembarcando onde desejar.
Onde ficar
Onde comer
Texto por: Cláudio Lacerda Oliva
Foto destaque por Istock/ Freeartist