Um dia antes do início da competição da Rússia, a Fifa anunciou que a Copa do Mundo de 2026 acontecerá nos três países da América do Norte: os EUA, o Canadá e o México. Será a terceira vez que o campeonato mais importante do futebol acontecerá em território mexicano, a segunda nos Estados Unidos e a primeira dos canadenses.
Todas as federações filiadas à Fifa deram a vitória à candidatura norte-americana por 134 a 65 sobre a proposta do Marrocos. O presidente da entidade, Gianni Infantino, já havia afirmado que era entusiasta da campanha conjunta de EUA, Canadá e México, enquanto o governo marroquino se apoiou em jogadores mundialmente famosos, como o espanhol Andrés Iniesta e o francês Lilian Thuram.
A contagem regressiva começou cerca de 2.900 dias antes do início do Mundial que, ao menos segundo a candidatura, já tem um plano estabelecido de cidades-sede. O torneio, vale lembrar, será o primeiro com o número recorde de 48 países, o que significa um aumento para 80 jogos. Na Rússia, serão 32 seleções e 64 jogos, assim como foi no Brasil quatro anos atrás.
Segundo a campanha norte-americana, 60 jogos vão acontecer nos Estados Unidos, enquanto o México e o Canadá receberão outros 20. O acordo ainda prevê que as quartas de final e a final serão disputadas nos EUA, com o México e o Canadá recebendo jogos da fase de grupos e do início da fase mata-mata. A decisão deverá acontecer no Metlife Stadium, em Nova York.
A candidatura já sabe quais serão as cidades mexicanas e canadenses que receberão o Mundial, mas ainda há indecisão sobre as sedes estadunidenses. Hoje, há uma lista de 17 possíveis cidades, mas no final serão apenas 10. No total, A Copa da América do Norte em 2026 terá 16 sedes.
No México, não há dúvidas: as cidades da Copa serão a capital, Cidade do México, cujo estádio Azteca já recebeu duas finais de Mundial, em 1970 (Brasil 4 x 1 Itália) e em 1986 (Argentina 3 x 2 Alemanha), e é um dos maiores palcos de futebol do planeta (tem capacidade para 87,5 mil torcedores). Hoje, recebe partidas do América, um dos clubes mais populares do país.
Além do Azteca, o estádio Akron, em Guadalajara, e o BBVA Bancomer, em Monterrey, serão as outras duas sedes da Copa no México – eles também são herança dos Mundiais do passado.
No Canadá, o principal estádio será o Olímpico de Montreal, hoje com capacidade para 61 mil pessoas, mas cuja candidatura prometeu uma reforma para expandi-lo para 73 mil espectadores. A arena foi erguida nos anos 1970 para receber as competições das Olimpíadas de 1976, organizada em Montreal.
Depois dos jogos, passou por uma série de reformas, como a colocação de uma bomba submersa para melhor captação da água, e se tornou a principal arena de times de beisebol do país.
O estádio BMO Field, em Toronto, e o Commonwealth Stadium, em Edmonton, serão as outras sedes da Copa. O primeiro também precisará de uma reforma, mas o segundo está pronto.
Nos EUA, das 10 sedes possíveis, a candidatura ofereceu alternativas: além de Los Angeles, San Francisco, Dallas, Chicago, Detroit, Nova York, Orlando, Washington e Boston, que sediaram o Mundial de 1994 e têm estruturas recentes para organizar uma nova Copa, a lista ainda inclui Atlanta, Baltimore, Cincinnati, Denver, Houston, Kansas, Miami, Nashville, Seattle e Filadélfia – que podem usar a ausência naquele torneio para reivindicar a presença em 2026.
Delas, algumas já são certas, casos de Los Angeles, que recebeu a final da Copa de 1994 no Rose Bowl, em Pasadena (Brasil 3 x 2 Itália, nos pênaltis), e de Nova York, que deve receber a final no Metlife Stadium. A arena é a casa do New York Jets e New York Giants, ambos times de futebol americano.
Inaugurado em 2010, se tornou uma das principais arenas dos Estados Unidos, sediando finais de torneios de vários esportes e grandes shows e eventos desde então. O Metlife recebe até 82,5 mil espectadores e só perde em tamanho para o Rose Bowl, que abriga 92 mil pessoas. A candidatura espera aumentar sua capacidade para 87 mil até 2026.
Texto por: Agência com edição
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