A mais misteriosa e antiga entre todas as pirâmides do Egito, com certeza é a de Djoser. De acordo com alguns egiptólogos foi erguida especialmente para ser o sepulcro do Faraó Djoser, durante o século XXVII a.C, por seu vizir Imhotep, considerado o primeiro engenheiro e arquiteto da história do Egito – persona que inspirou o filme “A Múmia”. O complexo funerário está localizado em Saqqara, a necrópoles de Memphis, que fica a cerca de 30 quilômetros da cidade do Cairo.
O local definitivamente não foi criado para os vivos. Moldado por diversos degraus e com 62 metros de altura, era o túmulo mais alto da época. Em seu interior foram encontradas várias galerias, além de corredores e salas com cerca de 40 mil vasos de alabastro, granito, ardósia e outros materiais, o que faz pensar que os motivos de sua construção são outros além de um grande complexo funerário.
Para chegar até a pirâmide é necessário entrar em um enorme portal, seguir por um corredor rodeado por 40 colunas e somente no final encontrar o sepulcro de Djoser. Acredita-se que esse caminho foi feito para que as almas não se perderem.
Saqqara tem outros atrativos além de Djoser, como a Pirâmide de Unas, famosa por ser a primeira a ter textos funerários entalhados em suas paredes, conhecidos como Textos da Pirâmide. Dentro das tumbas existem rituais, orações e cânticos destinados a guiar o rei morto em seu caminho para o outro mundo.
Não muito longe dali está o Mosteiro de São Jeremias, que data construção no final do século 5 d.C, época em que se iniciou a propagação do cristianismo pelo Egito e posteriormente pelo mundo.
Outra atração que deve ser inclusa no roteiro é a Pirâmide de Teti, considerada historicamente a segunda mais conhecida da região. Escavações revelaram uma pirâmide de satélite, duas pirâmides de rainhas acompanhadas por estruturas de culto e um templo funerário.
A tumba de Mereruka, genro e vizir de Teti é um dos diversos destaques de Saqqara. O complexo conta com 33 câmaras cheia de relevos, que remontam à dinastia 6º e mostra muitas cenas de pesca, caça e do dia a dia do povo da época.
Texto por Carolina Berlato
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