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“Porta de Profecias” – o cristianismo previsto mil anos atrás

Foto: Pedro Teixeira

No Monastério Sírio,  uma porta enigmática construída em  913 d.C. guarda o altar de sua pequena igreja enquanto revela ao mundo o passado e até o futuro do cristianismo.

Monge do mosteiro Sírio explica os diagramas da “Porta de Profecias”: mistérios do Vale do Natrun. Foto: Pedro Teixeira

O Vale do Natrun é um lugar misterioso, onde durante séculos mais de 50 monastérios acolheram dezenas de milhares de monges ligados à Igreja cristã copta. Um dos quatro últimos mosteiros remanescentes da região, o de El Surien, a “Porta de Profecias” estampa sete fileiras de diagramas. Em cada simbolismo, caminhada da Igreja cristã pelo tempo.

Primeira fileira: a unidade da Igreja

A primeira fileira é de ícones de santos da igreja de Alexandria (São Marcos, o Evangelista, e Dióscoro de Alexandria), e Antioquia (Santo Inácio de Antioquia e St. Severo de Antioquia). Ao centro,  ícones de Jesus Cristo e da Virgem Santa, sua mãe.

Primeira fileira de diagramas : ícones de Santos do início da Era Cristã.

 

Segunda fileira: A difusão do cristianismo

Cruzes idênticas entrelaçadas  e envolvidas com círculo caracterizam a força da fé, da unidade do dogma e da igreja, e a difusão do cristianismo, apesar dos desafios de perseguição.

Diagrama da segunda fileira simboliza a época de ouro do cristianismo.

Terceira fileira: as grandes igrejas do mundo

Na terceira época,  as cruzes maiores estão cercadas. A Era Cristã alcança o domínio romano sob Constantino I, imperador convertido ao cristianismo. Grandes centros cristãos apareceram ao redor do mundo, como a Igreja de Alexandria, Igreja de Antioquia, Igreja de Jerusalém, a Igreja de Roma, e Igreja de Constantinopla.

Detalhe do diagrama da terceira época do cristianismo: a expansão do cristianismo.

 

Quarta época: Propagação do Islamismo no Egito

Quarta época: Cruzes cercadas com crescentes simbolizam a propagação do Islã no Egito e em todo o Oriente Médio, o berço do cristianismo.

Crescentes ao redor da cruz: a propagação do Islamismo.

Quinta época: a propagação do cristianismo pela Europa, as heresias e as falsas doutrinas. 

As suásticas retratam a propagação do cristianismo para os arianos ou europeus ocidentais. Ao contrário da crença popular, não foi inventado por Adolf Hitler. O ditador adotou o símbolo e aplicou a sua campanha política e filosófica acerca da unidade da raça ariana.

Suásticas criadas como símbolos cristãos há mais de mil anos.

Sexta época:  multiplicidade de doutrinas e crenças

Cruzes pequenas divididas em diferentes formas representam a multidão e transtorno de doutrinas e crenças. A grande linha entre as cruzes se refere ao grande número de comunidade e a fraqueza de fé e de trabalho.

Grande quantidade de pequenas cruzes representam a diversidade de crenças no decorrer de novos tempos.

 

Sétima época: unidade da fé cristã

A última linha indica o fim dos tempos para os cristãos. A cruz em design radiante similar ao chakana – símbolos idênticos  aos encontrados em jóias anglo-saxônicas e em antigas  civilizações sul-americanas, preenche todo o painel prevendo a unidade da fé cristã.

O fim de todo o ciclo do cristianismo na terra: a unidade de todas as igrejas cristãs.

De acordo com orientações coptas, as interpretações históricas e espirituais dos painéis são altamente individuais.

 

 

 

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