Já se vai o tempo em que os homens usavam as cavernas para viver ou como refúgio. Hoje elas são atrativos turísticos envolvendo labirintos, fendas, pequenos riachos de água límpida, estalactites e estalagmites e cores incomparáveis para ir ao encontro dos apaixonados pela natureza.
Entre as cidades de Apiaí e Iporanga, no sul de São Paulo, encontra-se o PETAR (Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira). Considerada a área com maior concentração de cavernas no país, possui mais de 350 cavernas, dezenas de cachoeiras, trilhas, comunidades tradicionais e quilombolas e sítios arqueológicos e paleontológicos. Para muitos é um paraíso escondido entre vales e serras e na maior porção de Mata Atlântica preservada do Brasil.
Criado pelo decreto 32.283/ 1958 (Governo do Estado de SP), com cerca de 35 mil hectares de Mata Atlântica preservada, tornou-se depois da década de 1990 um dos locais preferidos para a prática de esportes de aventura, como rapel, boia cross, cascading e bike, e para algumas atividades como educação ambiental, fotografia e observação da natureza. No PETAR, há várias espécies de aves, mamíferos de grande porte (como pacas, antas e bugios), muitas espécies de bromélias, orquídeas e uma imensa quantidade de córregos e rios com águas cristalinas.
Estes cenários do parque integram-se ao atrativo maior do local: as cavernas do PETAR que atraem mais de 40 mil turistas ao ano e oferecem vários níveis de desafios. E se somarmos estes números com os visitantes da conhecida Caverna do Diabo, localizada no município de Eldorado, temos um resultado de 70 mil visitantes. Há desde cavernas com enormes rios, escaladas, mergulhos e rapel a cavernas com estruturas turísticas, como escadas, passarelas e pontes, feitas para facilitar o acesso e permitir que esse rico patrimônio seja explorado por todos.
Atualmente, 12 cavernas do PETAR estão abertas para visitação. Há também quatro Núcleos de Visitação e todos possuem a finalidade de facilitar o controle dos visitantes e de proteger de forma mais organizada esse rico patrimônio. Estão localizados estrategicamente pela área total da região. A maioria dos passeios do parque pode ser feita apenas com monitores locais credenciados, com obrigatoriedade do uso de calça, camiseta (não regata), tênis e também do uso de equipamentos de segurança, como lanternas e capacetes.
Mais informações em: www.petaronline.com.br
Texto por: Agência com edição de Patrícia Chemin
Foto destaque por: Miguel Schincariol / Banco de Imagens do Estado de São Paulo