Conhecido por ser o carnaval mais longo do mundo, a festividade uruguaia vem de fortes influências europeias e africanas. É um momento de alegría onde o país fica colorido e gera espaços para a música, a dança e reunião de amigos e familiares. Durante esses dias, há uma grande bateria de tambores que fazem vibrar as ruas de Uruguai.
O carnaval é uma chamada para os turistas que querem vivenciar o evento: em somente oito semanas, o país fatura mais que todos os espetáculos esportivos e culturais juntos, incluindo o futebol. Nessa época a ocupação hoteleira chega facilmente aos 90% da capacidade na capital. Para o nosso vizinho, a festa é concebida principalmente como um grande festival ao ar livre, no qual os Murgas desempenham um papel central. Características de culturas visíveis no cotidiano da população, desde a mistura entre raças até seus costumes gastronômicos e sociais. É essa democracia marcada na pele que traz cada vez mais turistas ao país. E agora no início do ano pode-se desfrutar de infinitas atividades incluindo o carnaval.
A murga é um gênero teatral-musical que consiste em um coro de 14 a 17 pessoas, que, acompanhado por um baterista, cantam músicas e apresentam peças teatrais onde há lugar para as críticas políticas e sociais. Proveniente da face europeia do carnaval uruguaio, é por meio do humor que essa versão do evento busca todos os anos representar sua visão do país e do mundo, num amplo espectro de ritmos musicais conta a sua parte da história utilizando-se de muita graça, diversão e sátira.
Em Montevidéu, ha três formas de celebração: apresentações teatral e musicais, os chamados “cortejos” que são corsos e desfiles e por último, as danças. O desfile inaugural será no ia 23 de janeiro na Av. 18 de julho na capital uruguaia. Mas é no “Desfile de Llamadas” que acontece o desfile mais popular e de interesse internacional. Acontece nos dias 6 e 7 de fevereiro, onde por duas noites, cerca de 40 comparsas (grupos ligados ao Candombe) desfilam nos bairros Sul e Palermo. Um momento muito especial não só pela qualidade artística, se não pelo origem histórico, já que o desfile evoca os encontros dos negros escravos que se reuniam fora da cidade durante os séculos XVIII e XIX. Dezenas de milhares de espectadores vibram com o sonoro retumbar do candombe, caracterizado pelo diálogo de três tipos de tambores: “chico”, “repique” e “piano”. O show é comovedor, mais de 2.000 integrantes tocam seus instrumentos e mostram a força do uníssono dos tambores.
Além de Montevidéu, todas as cidades do interior do país têm seu próprio desfile inaugural, cada um com suas peculiaridades. Até meados de março e em qualquer localidade do país o visitante pode encontrar desfiles e festas de carnaval. Em cidades fronteiriças com o Brasil: Rivera, Artigas e Melo os desfiles adotam bastante elementos do carnaval brasileiro.
Na região de Rocha, criativo, artístico e familiar é o carnaval em La Pedrera, um dos mais famosos e aguardados pelos moradores. Se você tiver interesse em passar as festas na praia uruguaia, recomendamos reservar com antecedência, já que a cidade fica literalmente abarrotada.
Texto por Natalia Bastos com informações de agência, imagem destacada via divulgação.