O símbolo máximo das Olimpíadas está entre nós: desde 03 de maio, a chama que representa a principal competição esportiva do mundo é revezada pelo país numa jornada que deve percorrer todas as capitais brasileiras e centenas de cidades em nosso território, passando pelas mãos de mais de 12 mil pessoas.
Sua presença em cada destino será marcada por celebrações típicas e festividades próprias de um país de extensão continental. Se fosse um viajante, a tocha olímpica teria um extenso roteiro, digno até mesmo dos turistas mais exigentes: paisagens belíssimas, diversidade cultural, gastronomia e entretenimento para todos os gostos.
Na sua saga em terras brasileiras o ícone olímpico deve alcançar um número impressionante: cerca de 36 mil quilômetros serão atravessados, sendo 20 mil deles exclusivamente em percurso terrestre. Ao fim de sua jornada, os Jogos do Rio entrarão para a história com o 4º maior revezamento já realizado no evento esportivo. Por pouco essa distância não seria equivalente a uma volta inteira ao redor do globo terrestre.
A maratona de 94 dias da tocha deve contemplar lugares de potencial turístico inquestionável, abrangendo desde destinos tradicionais até pontos pouco conhecidos, mas que valem a visita. Essa é a principal aposta do Ministério do Turismo para atrair milhares de visitantes durante o período dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Justamente por isso, o roteiro da chama olímpica atende a todas as regiões brasileiras. Confira abaixo alguns dos destinos da tocha olímpica que representam toda essa diversidade do nosso território:
Em Fernando de Noronha, há paisagens paradisíacas e ecoturismo em um único lugar. A passagem do principal símbolo das Olimpíadas no último dia 05 foi marcada pela comemoração do Dia do Meio Ambiente num dos principais pontos turísticos da região, o Parque Nacional Marinho e pela Área de Proteção Ambiental (APA) no Oceano Atlântico, a 500 quilômetros de Recife. A passagem da tocha contemplou pontos de visita obrigatórios como as unidades do Projeto Tamar e Baía do Sueste, responsáveis por ações ambientalistas importantes na região. Inclusive, tartarugas resgatadas acompanharam o gesto emblemático.
Na última semana do mês de junho, os estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul devem receber o fogo olímpico e agraciar os turistas com suas belezas cênicas. Um dos pontos de partida é o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, uma das principais unidades de conservação brasileiras, ótima opção para o ecoturismo por contar com uma ampla diversidade de fauna e flora. Logo depois, no dia 25 de junho a tocha passa pelo Aquário Nacional em Bonito, no Mato Grosso do Sul, que tem por principal atração a flutuação em lugares como o Rio Sucuri, de águas cristalinas e reflexos azuis. A Gruta do Lago Azul, com idade estimada em 10 milhões de anos, também é um ponto turístico imperdível.
A passagem da chama olímpica por Rio Branco, marcada para a segunda quinzena de junho, contará com atrações culturais em pontos tradicionais da cidade como o Mercado Velho e o Calçadão da Gameleira – que leva o nome da histórica seringueira marco de fundação da capital do Acre. Outros destinos possíveis na região Norte são o Mercado Central de Porto Velho, que possui gastronomia típica, e o Monte Roraima, que traz belas paisagens em área de preservação – ambos em Roraima.
São Paulo, a principal metrópole da América Latina, tem fama de ser a cidade dos negócios, porém, a terra da garoa é também um dos principais destinos da vida noturna, do entretenimento e de bons restaurantes. Muito além do gourmet, as opções da cozinha paulistana também passam pelos food trucks e feirinhas gastronômicas, cada vez mais populares na cidade. Atrações obrigatórias como o Parque do Ibirapuera, o Museu de Arte de São Paulo (MASP) e a consagrada região boêmia da Vila Madalena são roteiros para conhecer e revisitar. O tradicional Festival de Inverno de Campos do Jordão também é uma opção que vale a viagem de 170 km a partir da capital paulista.
São Miguel das Missões, cidade localizada no noroeste do Rio Grande do Sul, possui pontos turísticos de importante aspecto cultural. No início de julho, a tocha olímpica deve passar pelas ruínas da Igreja de São Miguel Arcanjo, as mais preservadas dos Sete Povos das missões, como eram conhecidas as colônias jesuítas na região. Estes religiosos foram os responsáveis por disseminar a escrita e influenciar diretamente no desenvolvimento social e cultural de todo o país. Este sítio arqueológico é Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e um dos mais importantes do Brasil. A região também traz outras ruínas nas proximidades, como o sítio arqueológico São João Batista, São Lourenço e São Nicolau em cidades vizinhas.
Informações: Cash Milhas – cashmilhas.com.br
Texto por: Agência com edição de Patrícia Chemin
Foto destaque por: iStock / alarico