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Malta: de paraíso desconhecido a meca dos intercambistas

15 de março de 2018

Situado no sul da Europa, entre a Sicília e a Tunísia, o arquipélago é dividido em três ilhas principais: Malta, Gozo e Comino. Com uma paisagem típica do Mediterrâneo, o país oferece sombra, água fresca e diversas belezas naturais. São praias, cavernas, pedras e muito verde que compõem um cenário paradisíaco.

Além disso, a cena histórico-cultural do país é bastante forte. Principalmente na capital da ilha de Malta, Valletta. A cidade, inclusive, foi recém- -eleita a capital europeia da cultura de 2018. Isso significa que, durante o decorrer do ano, haverá uma intensa programação de eventos, festivais e projetos artísticos que visam promover o patrimônio cultural e a identidade maltesa.

Foto por Istock/ Freeartist

Foto por Istock/ Freeartist

Vista como um museu a céu aberto, a cidade guarda influências dos povos que já passaram por lá. Isso porque, antes da dominação britânica, a ilha já passou por fenícios, gregos, romanos, árabes e cavaleiros cruzados. Suas construções, monumentos, muralhas, fortes, e até mesmo o idioma, contam com resquícios de cada período desse passado, confuso, porém rico em história.

Ponto de parada obrigatório para quem visita Malta – até porque está muito próxima do aeroporto -, Valletta é pequena, porém abriga uma grande concentração de prédios históricos: são 320 monumentos em apenas meio quilômetro. E isso lhe rendeu o título de Patrimônio Mundial pela Unesco.

Foto por Istock/ Freeartist

Foto por Istock/ Freeartist

Antes de cair nas graças das praias do país, vale a pena fazer um roteiro pela cidade, desbravando toda essa cultura pulsante.

Valletta foi fundada em 1566 pelos Cavaleiros de São João de Jerusalém, organização militar cristã proveniente das Cruzadas, que depois foi mais conhecida como Ordem de Malta. Por isso, é cercada por fortificações e a maior parte de suas construções é de estilo barroco. O traçado urbano é quadriculado e dominado por ruas estreitas.

Foto por IStock/ Freeartist

Foto por IStock/ Freeartist

Em um passeio pela cidade, não deixe de visitar a Co-Catedral de São João e seu museu, o Palácio do Grande-Mestre, que abriga pinturas de artistas famosos, e seus três principais parques: Hastings Gardens, Upper Barrakka Gardens e Lower Barrakka Gardens. Estes dois últimos oferecem vistas panorâmicas para o Grand Harbour, porto que fica entre Valletta e os vilarejos de Vittoriosa, Senglea e Cospicua (as “Três Cidades”).

Outros pontos importantes são: o Forte de São Telmo e os Museus da Guerra, Nacional e de Belas Artes. Além da capital Valletta, algumas atrações se destacam e merecem uma atenção especial. São elas:

POPEYE VILLAGE OU ANCHOR BAY

A Popeye Village (também conhecida como Sweethaven Village), é o lugar ideal para uma família com crianças ir quando estiver de viagem em Malta. Situado na praia de Anchor Bay, o lugar, que serviu de cenário para o musical Popeye (1980), funciona com um parque temático com atividades para todas as idades.

Visto como uma das maiores atrações turísticas de Malta, o lugar é um museu a céu aberto, formado por charmosas casinhas que imitam uma vila de pescadores.

Foto por Istock/ Freeartist

Foto por Istock/ Freeartist

Além da beleza natural, o parque oferece atrações como: carrosséis, shows, sessões de cinema do filme homenageado, minigolfe, degustação de vinho para os adultos; e também algumas atividades sazonais, como trampolins, uma piscina para brincadeiras e passeios de barco em Anchor Bay durante o maravilhoso verão de Malta; e um desfile de Natal e a cidade-brinquedo do Pai Natal na época de Natal.

O verde das águas complementa o cenário responsável por atrair turistas de todos os lugares do mundo. A entrada para o parque é gratuita e há excursões diárias que saem de Silema, outra cidade na Ilha de Malta.

MDINA 

Bem no centro da ilha de Malta, Mdina é a antiga capital do país e, assim como Valletta, guarda boa parte da história local. Cercada por muralhas, a cidade tem uma atmosfera medieval que se mescla com construções barrocas. Conhecido como a “Cidade Silenciosa”, o lugar, inclusive, já serviu de cenário para a famosa série Game of Thrones.

Foto por Istock/ RomanBabakin

Foto por Istock/ RomanBabakin

Em Mdina, carros não circulam por suas ruas estreiras, recheadas de casas e palácios todos de um único tom, parecido com areia. Em um roteiro pela cidade, a parada obrigatória é o Portão de Mdina, que foi construído para facilitar a entrada das pessoas.

Do outro lado da cidade, há um mirante, na praça Tas-Sur, com uma vista incrível de toda a Ilha de Malta. Vale um registro fotográfico!

Foto por Istock/ Zheka-Boss

Foto por Istock/ Zheka-Boss

Por entre o labirinto de ruelas de Mdina, não deixe de conhecer os palácios Falzon e Vilhena, além da Catedral de São Paulo e os museus locais.

BLUE HOLE

Situado na Ilha de Gozo, o Blue Hole é um poço natural em alto-mar, todo cercado por rochas e com uma abertura em suas profundezas. Formando um cenário praticamente único, o lugar é bastante popular entre os mergulhadores.

A piscina natural fica próxima da antiga Janela Azul, um dos pontos mais famosos do país, que no último ano ruiu. A formação rochosa magnifica não resistiu às intervenções naturais.

Foto por IStock/ ViewApart

Foto por IStock/ ViewApart

Estando no complexo, vale esticar a visita até o Inland Sea, um pedaço do mar no meio da terra. Para chegar até ele, a água passa por um túnel no meio do rochedo. É uma verdadeira engenharia da natureza!

PRAIAS, AS GRANDES ESTRELAS DA ILHOTA 

É impossível visitar um destino como Malta e não se encantar com suas belas praias. Os tons de azul típicos do Mediterrâneo, assim como os enormes rochedos que cercam o mar são presença constante por ali. E para completar, o país tem um verão comprido, com quase três mil horas de sol por ano.

Foto por Istock/ luchschen

Foto por Istock/ luchschen

Uma das praias mais famosas do arquipélago é a Blue Lagoon, em Comino. Suas águas cristalinas estão entre as mais limpas da região e, junto das areias claras, formam o principal cartão postal de Malta. Além disso, o lugar chama a atenção dos turistas por conta se suas águas rasas, perfeitas para os banhistas. E para quem gosta de mergulho, por ali se encontram algumas cavernas e espaços ideais com grande visibilidade.

Outro destaque é a Ramla Bay, com suas areias avermelhadas formando um contraste incrível com as águas azuis-turquesa. Considerada maior praia de areia na ilha de Gozo, Ramla é bastante popular entre os moradores e visitantes, ficando bastante cheia no verão. Mas não se acanhe, a paisagem faz tudo isso valer a pena. Se estiver disposto a fazer uma caminhada, vale esticar o passeio até a Caverna Calypso.

Outra praia que atrai o público é Paradise Bay, na ponta norte da Ilha de Malta O lugar faz jus ao nome – é bem paradisíaco. Chegue cedo para conseguir um espaço na areia.

Foto por Istock/ snowturtle

Foto por Istock/ snowturtle

Grande parte do litoral de Malta é recortada por incríveis rochedos escarpados de cor clara, arcos e cavernas. O Blue Grotto reúne tudo isso. As paredes das cavernas são iluminadas pelo reflexo do sol no mar turquesa. Você pode conhecer o local em um passeio de barco ou por meio de mergulho ou snorkel.

Perto de Marsaxlokk, outra praia que merece uma visita é a St. Peter’s Pool. Nada mais do que uma grande piscina natural cercada por rochas de cor clara, o lugar é perfeito para um banho refrescante.

Se estiver com tempo, inclua ainda em seu roteiro: Gnejna Bay, Mellieha Bay, Golden Bay e Dwejra Bay.

ST. JULIAN’S, A QUERIDINHA DOS INTERCAMBISTAS 

Talvez uma das regiões mais agitadas de Malta, St. Julian’s é o destino certo dos milhares de intercambistas que vêm desembarcando no país ano a ano.

Foto por Istock/ Dorian Marinescu

Foto por Istock/ Dorian Marinescu

Fundada no século XIX como uma pequena comunidade de pescadores, a cidade litorânea exibe um ar de vila do interior, com belas igrejas, mercados ao ar livre e um clima hospitaleiro.

Durante o dia, vale fazer uma visita ao mar. Em Spinola Bay, há barcos que partem dali para passeios turísticos dão charme e servem, muitas vezes, de cartões postais e ponto de encontro. Há também um calçadão que acompanha a orla e ao redor estão localizados diversos restaurantes que servem pratos de todos os gostos.

Para quem não dispensa uma aventura, vale procurar alguma das escolas de mergulho da cidade, que oferecem um passeio incrível pelas águas azuis e um museu subterrâneo, onde é possível encontrar até navios naufragados.

Depois disso, basta o sol se esconder para que o destino se transforme em um badalado polo de vida noturna. Em função dos milhares de viajantes e estudantes que recebe todos os anos, o lugar desenvolveu uma respeitável infraestrutura quando o assunto é diversão.

Foto por IStock/ Ryzhkov_Sergey

Foto por IStock/ Ryzhkov_Sergey

São baladas, cassinos, bares, restaurantes e cafés que compõem a cena noturna do destino, principalmente na região do bairro Paceville. E é nessa região também que estão as melhores opções de hospedagem da cidade.

GASTRONOMIA 

A gastronomia maltesa também sentiu a influência dos diversos povos conquistadores que passaram pelo país. E, além disso, sua localização bem no centro do Mediterrâneo, entre a Europa e a África, contribui para que prevaleçam os ingredientes sazonais e haja uma forte presença de frutos do mar e peixes.

Foto por Istock/ AlizadaStudios

Foto por Istock/ AlizadaStudios

A vizinha Itália também tem bastante participação na gastronomia local e, talvez por isso, um dos pratos mais consumidos por lá sejam as massas e risotos. Em St. Julian’s, por exemplo, uma das iguarias mais conhecidas é o tímpano, uma mistura de empadão com lasanha, que pode levar diversos recheios.

Entre as carnes, a mais popular é a de coelho, que compõe uma espécie de ensopado com vinho tinto e ervas.

Outra opção exótica, mas que chama a atenção dos visitantes são os caracóis Ghakruxu, que fazem sucesso pelo sabor único.

Como chegar

Não há voos diretos do Brasil para Malta. Ainda assim, o acesso ao país não é difícil, pois as principais cidades da Itália, Inglaterra e Espanha fazem conexões com o aeroporto de Luqa. Companhias como Lufhtansa e Alitalia fazem o trecho. Além disso, é possível chegar à Malta via ferry boat, partindo da Itália ou da Tunísia.

Onde ficar

VALLETTA

La Falconeria

Casa Ellul

The Phoenicia Malta

ST. JULIAN’S

Hotel Valentina

Hotel Juliani

Hilton Malta

Onde comer

VALLETTA

Dimitri Cafe – Bistro – Wine

Beati Paoli Restaurant

The Submarine

ST. JULIAN’S

Wigi’s Kitchen

Caffe Berry

Caviar & Bull

 

Texto por: Eliria Buso

Foto destaque por Istock/ Neonyn

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