Partindo de Hong Kong, resolvi aproveitar os 2 últimos dias de viagem para dar um pulinho em Macau que, assim como HK, também é uma região administrativa especial da República Popular da China. Apesar da correria, adorei a escolha de passar um tempo descobrindo este lugar super diferente e observar o contraste entre o passado histórico da colonização portuguesa e o presente moderno do mundo dos cassinos luxuosos!
Para chegar a Macau pegamos o ferry em Sheung Wan pela Cotai Water Jet num trajeto que dura 1 hora (ah, o barco é super confortável e climatizado). Ao chegar no porto em Macau, um shuttle bus nos levou direto para a área dos principais hotéis e cassinos da cidade. Ficamos hospedados no Sheraton Grand Macao – o que não me dá muita margem para comentários (basicamente, estava tuuuuuudo ótimo e o buffet do café da manhã me emociona só de lembrar! rsrs).
Na verdade a maioria dos hotéis nessa região são super luxuosos e contam com cassinos, shoppings e muita área de lazer. Atualmente, o mais famoso é o The Venetian, cuja arquitetura faz referência à cidade italiana, com direito a canais, gôndolas e a Ponte de Rialto. Recém-inaugurado, o The Parisian promete ser a nova atração da cidade, com sua estrutura imponente que ostenta até uma réplica da Torre Eiffel com metade do tamanho da torre original!
Talvez você não curta muito toda essa coisa fake do universo dos cassinos (eu também não!), mas até que achei bem legal ver estruturas tão europeias em plena Asia. Além do mais, os números da indústria dos jogos em Macau impressionam: ainda em 2013, a cidade já gerava 7 vezes mais dinheiro que Las Vegas, reflexo do crescente poder aquisitivo dos chineses (e do tanto que esse povo gosta de apostar!). A cidade possui os maiores cassinos existentes e está cotada para se tornar uma das 7 cidades mais ricas do mundo em 2025!
Antiga colônia portuguesa, Macau foi devolvida à China em 1999. Apesar da forte presença chinesa, ainda é possível perceber a herança lusitana nas placas da cidade, nos nomes de ruas, bairros e até mesmo na voz que anuncia os nomes dos pontos de ônibus dentro do transporte público (o português ainda é um dos idiomas oficiais e isso me trouxe uma curiosa sensação de conforto e pertencimento). 🙂
O centro histórico de Macau é um capítulo à parte. Bem preservado, a influência portuguesa ainda pode ser vista na paisagem urbana através da arquitetura colonial que data do século XVII, com muita estrutura em azulejo português e calçadas em mosaico. Além disso, a herança gastronômica ainda é percebida nos restaurantes portugueses e no famoso Pastel de Belém, que é vendido em quase todas as lojinhas. Delicinha! 🙂
Vale a pena explorar o local a pé e visitar as igrejas, o Quartel dos Mouros, a Santa Casa de Misericórdia, os largos, a Praça Luís de Camões e, claro, sentar na escadaria aos pés das ruínas de São Paulo e admirar a vista da cidade.
Após um dia e meio de passeios e gratas surpresas, era hora de voltar a Hong Kong para encerrar a viagem e voar de volta pra casa. Pegamos o ferry das 11h e chegamos em HK ainda com tempo de curtir a tarde. Aproveitamos para fazer um último passeio e fomos ver de perto o famoso Buda Gigante, que fica na ilha de Lantau e era caminho para o aeroporto.
Inaugurado em 1993, a figura de bronze com 34 metros de altura e pesando 250 toneladas é uma das 5 maiores estátuas de buda na China. Do topo (após subir quase 300 degraus!) dá pra ter uma vista bonita das montanhas. Próximo ao Buda fica também o Ngong Ping 360 Cable Car, que consta nos registros como um dos bondinhos mais famosos do mundo. Seu trajeto mede 6 quilômetros e de lá é possível ter uma vista única de Hong Kong, cruzando mar e montanha.
Portas em automático e era hora de voltar a Cingapura!
Beijnhos, :*
Texto e fotos por: Andrea Bessa, do Blog Na Carona