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Lamego e seu impressionante santuário

Foto por IStock/ Nachteule

Normalmente, os turistas que visitam o norte de Portugal associam Lamego ao Santuário da Nossa Senhora dos Remédios. Realmente, essa é a marca turística desta cidade, mas nem por isso é o único local digno para se visitar por lá. Situada a cerca de 12 km das margens do Douro, Lamego conheceu, no séc. XVIII, um tempo de grande prosperidade quando aqui se produzia um “vinho fino”, que esteve na origem do afamado vinho do Porto. Cidade muito antiga, já os Visigodos no séc. VII haviam elevado Lamecum a sede de bispado.whatsapp-image-2019-09-02-at-11-32-48

A ocupação humana de Lamego inicia-se desde a pré-história, com o crescimento de importância durante o domínio romano da península, seguindo-se os visigodos e a partir do século VIII, foi dominada pelos muçulmanos. A primitiva fortificação de Lamego pode remontar à época romana, mas o castelo existente quando se iniciou a reconquista cristã da península faz crer que os árabes, pelo menos, reforçaram as suas defesas. Em 910, as forças da Galiza conquistam o castelo, mas voltaria a cair na mão dos árabes, e só em 1057, Fernando Magno, o consegue conquistar definitivamente. Depois, teve sorte igual a tantas outras localidades que mais tarde viriam a ser portuguesas: foi tomada pelos Mouros, reconquistada para os Cristãos, voltou à posse dos Mouros, até que em 1057, Fernando Magno de Castela, bisavô de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, a reconquistou definitivamente. Os tempos medievais são testemunho o castelo, no alto da cidade, a Sé e a pequena igreja de Santa Maria de Almacave.

A fachada e o interior da Catedral de Lamego integram estilos arquitetônicos de várias épocas, impondo simultaneamente uma sensação de beleza e de monumentalidade. O edifício que hoje existe começou a ser construído em 1159 sobre uma antiga capela dedicada a São Sebastião, erguida algumas décadas antes. Em 1175 foi consagrada e dedicada a Santa Maria e São Sebastião.

Diversos patamares enriquecem a monumental escadaria com interessantes obras e esculturas que amenizam a longa subida, destacando-se a fonte do Pelicano e uma pequena capela erguida no s. XVI em honra da Virgem a mando do Bispo D. Manuel de Noronha. Num dos patamares, erguem-se dezoito estátuas representando Reis e patriarcas da Judeia, elevando-se no centro de uma monumental taça de água um obelisco com 22 m de altura, decorado e sustentado por míticos atlantes. Finalmente, alcança-se o santuário, dedicado à padroeira. O túmulo do fundador, o cônego José Teixeira Pinto, falecido em 1784, encontra-se na entrada da nave do templo.

Foi em Lamego que ocorreram as lendárias Cortes de Lamego, onde teria sido feita a aclamação de D. Afonso Henriques.

Considerada uma cidade histórica e monumental, possui uma grande quantidade de monumentos, igrejas e casas da época com seus brasões de famílias importantes, sendo também uma diocese portuguesa.

Sua localização,  tão perto das margens do rio Douro, proporciona passeios onde se podem vislumbrar admiráveis panoramas dos extensos vales onde nasce o vinho do Porto. Rei de Portugal e se estabeleceram as “Regras de Sucessão ao Trono”.

Texto por: Cláudio Lacerda Oliva

Fotos: Sylvia Falseti

Os jornalistas viajaram a convite da Associação de Turismo do Porto e Norte e com a cobertura da GTA.

Foto destaque por IStock/ Nachteule

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