No Brasil, terceiro maior produtor de cerveja do mundo, atrás apenas da China e dos Estados Unidos, a bebida é responsável por 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB) e por 14% da indústria de transformação nacional, empregando mais de 2,7 milhões de pessoas, de acordo com dados da CervBrasil (Associação Brasileira da Indústria da Cerveja). Dados da entidade apontam ainda que o brasileiro consome, em média, 65 litros de cerveja por ano – totalizando, aproximadamente, 15 bilhões de litros ao ano.
Essa paixão nacional pela cerveja também deu início a um importante movimento: um boom de cervejarias artesanais por todo o país. Segundo levantamento realizado para o Anuário da Cerveja 2021, há 1.549 cervejarias registradas no país, distribuídas por 672 municípios brasileiros – 166 a mais na comparação com o ano anterior. Tanto pela qualidade do produto como pela quantidade de cervejarias, alguns desses municípios acabaram se transformando em destinos turísticos.
A cerca de 65 km da capital paulista, a cidade de Jundiaí é um exemplo de destino para o turismo cervejeiro, que tem sido cada vez mais procurado por pessoas de diferentes regiões do país. Com a participação de 15 produtores locais, a Rota da Cerveja de Jundiaí oferece aos visitantes degustações, harmonizações gastronômicas, shows ao vivo, visitação às fábricas, cursos e palestras sobre o processo de fabricação da bebida, entre tantas outras atividades.
“Essas rotas, hoje, concentram o maior conjunto de atrativos e de fluxo turístico do município. Com a rota da cerveja, fomentamos ainda mais o turismo em Jundiaí, aumentando e diversificando as opções de experiências para turistas que visitam nossa cidade, além de atrairmos um segmento de público que só cresce, que é o de apreciadores da cerveja artesanal. Nosso município só ganha com mais essa iniciativa”, afirma a diretora de Turismo de Jundiaí, Marcela Moro.
Cerveja premiada
Produzida pela cervejaria jundiaiense Giffa, a Sour Amarena ficou com a medalha de ouro da 11ª edição do Concurso Brasileiro de Cervejas (considerado a terceira maior competição do mundo no segmento cervejeiro), na categoria Berliner-Style Weisse. Produzida à base de malte de trigo e com um frescor típico do estilo no qual, por uma fermentação secundária e controlada, adquire uma acidez fina, lembrando até um espumante, a Sour Amarena possui um estilo clássico da Alemanha.
“Após muitos estudos, chegamos a esta receita, com uma característica única de ser levemente mais ácida e aromática que as normais. A Sour Amarena carrega a alma da Giffa”, diz Marcelo Giffoni, proprietário da cervejaria.
“Uma medalha de ouro para Jundiaí só fortalece a imagem de nossa cidade como produtora de excelentes cervejas e incentiva o fluxo turístico focado neste segmento”, comenta Marcela Moro. Realizado em Blumenau no mês de março, o concurso recebeu, ao todo, 565 cervejarias de 25 estados, que apresentaram um total de 4.085 amostras.
Oktoberfest
Representantes das cervejarias de Jundiaí se reuniram recentemente com o gestor de Governo e Finanças da Prefeitura de Jundiaí, José Antonio Parimoschi, para discutir uma proposta de realização da tradicional festa da cerveja na cidade.
A ideia é que ela seja feita nos mesmos moldes da Festa da Uva – com entrada gratuita ao público, doações ao Fundo Social de Solidariedade, shows de artistas locais e da região e a participação de empreendedores na área de alimentação.
“Jundiaí está abrindo novos horizontes no desenvolvimento turístico. Isso fortalece nossas rotas e circuitos, além de ampliar as cadeias produtivas locais e a geração de emprego e renda em nossa cidade”, afirma Parimoschi.
Texto por: Agência com edição de Patrícia Chemin
Foto destaque por: iStock / Odairson Antonello