Historicamente, os mercados sempre foram um lugar onde -além da função principal: comercializar e abastecer-, era um espaço para o intercâmbio de saberes e histórias, consolidando os laços fraternais por meio da socialização inerente. Os que frequentam o Mercado Central de Belo Horizonte asseguram que “se não encontrou o produto que queria é porque não existe”. São oito os portões que dão acesso: Av. Augusto de Lima (1), entrada do estacionamento -em Augusto de Lima com R. Santa Catarina- (2), Rua Santa Catarina (3), Av. Amazonas (4), Rua Goitacazes (5), Rua Padre de Belchior (6), Rua Curitiba (7), Rua Curitiba (8). Em função da localização das entradas, o mercado foi dividido em seis setores, um deles localizado no piso superior. Com mais de 500 lojas de todo tipo: queijos premiados, frutas e verduras, cerveja artesanal, comida internacional, medicina natural, floricultura, artesanatos, sabonetes entre outros.
Instalações completas
Em suas instalações se prioriza a consciência ecológica em ações efetivas. Por essa razão, cada noite, a limpeza do espaço é feita com a água da chuva armazenada pela caixa d’água que se encontra no teto. Também tem placas solares que capta energia fotovoltaica para abastecer o mercado. Totalmente equipado para o seu conforto, conta com elevadores, rampas, escadas, local de primeiros socorros, posto de informações turísticas (localizado no portão 1 na Av. Augusto de Lima), onze orientadores e uma equipe de 22 vigias que aprimoram a sua segurança. De 30.000 a 40.000 pessoas de segunda a sexta e de 50.000 a 85.000 visitantes e consumidores sábados, domingos e feriados. Mais de 320 mil toneladas de queijo são vendidas por mês. O queijo canastra é um dos mais vendidos, mas não se preocupe, você pode optar por cem tipos de queijos diferentes da melhor qualidade.
Diferentes gerações convivem no mercado de BH
A tradição familiar de trabalho diário, sabores seletos e prestações de bens e serviços se consolida em uma mesma estrutura junto com a inovação. Alguns dos funcionários foram jovens aprendizes orientados pelos melhores mestres. Outros, trás anos de trabalho, compraram a loja do patrão e agora já vai pela terceira geração. Esse é o marco da história do mercado, que deixou de ser Municipal o 30 de janeiro de 1964, quando a Cooperativa dos próprios comerciantes a comprou da Prefeitura. Hoje em dia, fundaram uma associação sem fins lucrativos integrada por 535 membros que se reúnem semanalmente. Cada quatro anos escolhem 32 conselheiros administrativos e três diretores com um mandato bienal.
A COZINHA ESCOLA
Localizada no andar de cima, é feita em bambu projetada para uma duração de 100 anos. As atividades e os cursos são gratuitos, cujo objetivo é o fomento e o reconhecimento da culinária mineira de uma forma colaborativa e participativa.
Onde comer
A variedade e a qualidade dos produtos que se encontram no mercado faz com que seja difícil escolher um os alguns lugares onde comer. Porém, destacamos a popularidade da Casa Cheia, com filas de até três horas. Os pratos feitos do Mané Doido, com um preço acessível (entre 17R$ e 23R$) e uma quantidade exagerada. Ou os deliciosos quibes (com opção vegana), esfihas e o suco de rosa do Empório Árabe da Hana.
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Texto e imagens por Natalia Bastos