Quando se fala em viagem no sudeste asiático, os destinos que logo me vêm à mente são Tailândia, Indonésia, Camboja, Vietnam… confesso que nunca havia dado muita bola para as Filipinas e sempre postergava uma viagem pra lá. Com base nos relatos de alguns amigos (e muita pesquisa na internet, claro!), a República das Filipinas – como é oficialmente chamada – começou a se mostrar um destino cade vez mais interessante, repleto de aventuras e contato com a natureza.
Onde fiquei?
Minha primeira parada nas Filipinas foi em Moalboal: município da província de Cebu, localizado a sudoeste da ilha, é um vilarejo pequeno que oferece estrutura de hotéis e restaurantes, mas sem muita badalação. Afinal, quem vai para lá quer mais ficar na água do que em terra. O lugar é repleto de escolas de mergulho e em todo o canto alguém te oferece um passeio de barco.
Como se locomover?
Para rodar melhor pelo lugar, alugamos uma moto no hotel mesmo, pela diária de 400 pesos filipinos – não é obrigatório possuir carteira internacional porque a habilitação brasileira serve. Ah, também não se preocupe muito com o quesito segurança, pois ninguém vai te oferecer capacete – a boa notícia é que as estradas que levam para as praias estão em bom estado e não são movimentadas.
Se não quiser pilotar, basta pegar um triciclo – que é o táxi local. Sugiro que negocie o preço das corridas antes – e pode pechinchar!
Kawasan Falls
Assim que pousei em Cebu, parti para minha primeira aventura: fazer o canyoneering em Kawasan Falls, no Badian National Park.
IMPERDÍVEL.
Esta é a palavra que melhor descreve a experiência de descer o rio durante 3 horas, caminhando pelas pedras na água (não esqueça de levar seu tênis), saltando e nadando em direção à Kawasan Falls. Não se preocupe se você não tem nenhuma experiência neste tipo de atividade (eu também não tinha!), pois o passeio é feito com guias que te acompanham em tudo e o uso de equipamento de segurança é obrigatório. Minha sugestão é deixar qualquer medo de lado e aproveitar os saltos, escalar as pedras e relaxar curtindo a natureza exuberante do lugar. Fora que a água do rio é um absurdo de linda!
Praias
Em Moalboal não fiz nenhum curso de mergulho (a pessoa aqui é claustrofóbica, aí já viu…), mas aluguei snorkel e pés-de-pato para explorar as praias locais e, creiam, basta nadar um pouquinho mar adentro para um mundo de corais e peixes coloridos surgir em sua frente, especialmente se você escolher a praia de Panagsama- famosa pelos cardumes de sardinha que podem ser encontrados praticamente todos os dias no mesmo local. São centenas de sardinhas nandando linda e coordenamente num ritmo frenético, conhecido também como sardine run.
Outra praia bonita e que também é boa para a prática de snorkeling é a White Beach, que fica cerca de 7 km ao norte de Panagsama, que é o ponto de encontro de turistas em Moalboal. É lá que você encontra a maioria dos restaurantes, escolas de mergulho e hotéis do lugar. À noite, vale a pena caminhar pelas ruas do lugar e conhecer um pouco da culinária e música local. Mas não deixe pra sair muito tarde, pois os lugares fecham cedo. Por volta da meia noite, poucos lugares permanecem abertos.
Agora se a intenção é curtir um banho de mar tranquilo e pegar um bronze deitado na areia macia, então minha dica é ir até Lambug, em Badian. O lugar fica há uns 15 minutos (de moto) de Moalboal e vale super a pena. A praia de areia branca fininha (coisa difícil de encontrar na região, pois a maioria das praias são de corais e logo quando entra na água, já é preciso nadar para não machucar os pés) e água super azul é um convite irresistível para o banho.
Tubarão-baleia
Uma das coisas que mais queria fazer nesta viagem era mergulhar com o gigante tubarão-baleia, o maior peixe do mundo. Antes de decidir fazer o passeio, pesquisei um monte sobre o esquema de observação dos animais, se eles ficam presos, sofrem maus tratos, essas coisas…(lembrei dos elefantes na Tailândia!).
Na verdade o que ocorre é que as Filipinas estão localizadas numa área denominada “Triângulo de Coral”, considerada um ecossistema complexo com a maior biodiversidade de espécies marinhas no mundo. Para boa parte destes animais, incluindo nossos amigos gigantes, a região é um paraíso com águas tranquilas e fartura de alimentos, por isso passam boa parte do tempo nadando pela costa.
Há alguns anos, em Oslob, pescadores começaram a alimentar os tubarões-baleia com seu cardápio predileito: planctôns. Com isso, muitos animais começaram a mudar de hábitos, frequentando sempre pela manhã a mesma praia, em busca de comida fácil. Enquanto comem, turistas mergulham bem próximo a eles – que nadam graciosamente sem parecer se importar com os olhares curiosos. Ah, vale dizer também que o número de barcos é controlado e só podemos permanecer 25 minutos na água (que passam numa fração de segundos, creiam!).
Pois bem, marquei o passeio numa agência local em Moalboal mesmo. Pela bagatela de 2 mil pesos por pessoa (transporte + mergulho), um carro me apanhou às 5 horas da manhã no hotel, de onde segui viagem até Oslob. Demorei cerca de 2 horas na estrada num carro aberto (tipo um caminhãozinho com bancos atrás) que é super utilizado para levar muitos passageiros. E aí vai uma dica preciosa: se for sair de madrugada para o passeio, leve casaco!!! Na estrada, de madrugada, sem sol, com carro aberto, o vento é geladinho e é melhor se proteger. 🙂
Ao chegar em Oslob , fiquei impressionada com a proximidade dos barcos em relação à praia. A distância não passa de 50 metros! Como fui num dia de semana, o lugar estava cheio, mas não lotado (acredito que aos sábados e domingos seja mais concorrido).
Assisti a uma palestra rápida com orientações sobre como nos portar ao mergulhar com os tubarões (nada de protetor solar e manter 4 metros de distância, por exemplo) e, em seguida, parti para o mergulho. Confesso que estava com um pouquinho de medo, afinal estar tão próximo de um animal tão gigante me deixou ansiosa. Mas assim que entrei na água, pude sentir a tranquilidade do animal, nadando quase em câmera lenta e passando tão pertinho da gente que era difícil não esbarrar.
Sendo assim, meus amigos, podem deixar o medo de lado e desfrutar desta experiência única!
Gostou? Quer saber mais sobre as Filipinas?
Dá um pulinho lá no blog e pegue carona conosco nessa viagem incrível!
Beijos!
Dea 😉
Texto e fotos por: Andrea Bessa, do Blog Na Carona