O mais famoso evento de música instrumental do Vale do Café, no interior do Rio de Janeiro, está de volta. Entre 19 e 23 de julho, a região será palco para o evento conhecido por promover acesso à música instrumental brasileira em experiências encantadoras, recheadas de história e sabores locais. Este ano, o festival leva música às estações de trem e centros culturais para celebrar os recantos que ajudam a contar a história da própria região, além das fazendas históricas.
A abertura será na Fazenda Florença, em Conservatória, produtora de um café premiado nacionalmente. Na chegada acontece um passeio pelo casarão, em percurso por objetos e móveis originais do século XIX. Depois, aquele café inesquecível, que só perde para o violão de Ulisses Rocha, um privilégio de ouvir.
O sopro da gaita do José Staneck também fará soar talento e história, no segundo concerto do dia, que acontece na Fazenda São João da Prosperidade. É na varanda que os visitantes se reúnem para ouvir os detalhes sobre a construção do casarão de 15 quartos e depois experimentar a linguiça de produção artesanal.
Outra iguaria que tem chamado atenção na região são os alambiques de produção de cachaças especiais, como é na Fazenda das Palmas, em Engenheiro Paulo de Frontin. A fazenda recebe seus visitantes no dia 22, sábado, para apresentar as instalações onde é produzida a premiada cachaça Pindorama. Após degustação das versões branca e envelhecida, dois mestres conduzem o show: o violonista Turíbio Santos e a pianista Maria Teresa Madeira.
E que tal um espetáculo ao cair do dia, no melhor tom de rosa? A Fazenda São Fernando tem a capacidade de deixar os visitantes encantados tanto pela beleza arquitetônica como pela paisagem atrás do palco. No sábado, às 16h, este será o cenário para a musicista Cristina Braga encantar o público com sua harpa.
No domingo, dia 23, fechando a programação das fazendas com chave de ouro, a Fazenda União terá o duo Dani Spielmann e Sheyla Zagury, levantando a plateia com as composições de Jacob do Bandolim. A fazenda, que também é produtora de café, terá visitação por trecho da casa sede, pelo museu de arte sacra e capela.
Estações de trem como cenário
E a música irá além das porteiras das fazendas com shows gratuitos nas estações de trem de Vassouras, Barra do Piraí e Engenheiro Paulo de Frontin. As estações representam um marco na memória da população do Vale do Café, que tem prazer em poder frequentá-las e lembrar das histórias do passado.
A antiga estação de Vassouras é um exemplo que transformou-se em espaço cultural e abre a série de concertos gratuitos com a harpista Cristina Braga, na quinta-feira, dia 20, às 19h.
O trem já vem no nome da cidade de Engenheiro Paulo de Frontin, que é uma referência ao engenheiro responsável pelo projeto dos trilhos neste trecho mais inclinado da serra. Em pleno funcionamento, a bucólica estação terá a dupla Victor Biglione e Marcel Powell, ambos no violão, no dia 21, sexta-feira, às 19h.
Na recém-reformada estação de Barra do Piraí, a sanfona de Marcelo Caldi fará a festa e o forró de quem for conferir a apresentação aberta ao público no sábado, dia 22, também às 19h. A estação ainda funcionava para passagem de trens de carga, lembrando quando aquelas locomotivas iam levando o café em direção ao litoral.
Mais informações em: festivalvaledocafe.com.br
Texto por: Agência com edição de Patrícia Chemin
Foto destaque por: Divulgação