Construída pela família Faro, em meados do século XIX, a Alliança é um dos mais clássicos exemplos de fazenda cafeicultora. Apesar de não ter sido a sede residencial, foi o sítio mais importante e produtivo e, desde aquele período, já demonstrava uma preocupação com a sustentabilidade, fato que proporcionou ao Barão do Rio Bonito o apelido de “Rei do Café”.
Após a propriedade passar por diversas famílias, durante quase 200 anos, foi adquirida em 2007 por Maria Josefina Durini, atualmente um dos nomes mais importantes no processo de resgaste histórico, cultural e sustentável do Vale do Café.
Josefina é responsável por todo processo de restauro da fazenda – que reutilizou diversos materiais já existentes na casa – e pelo projeto de sustentabilidade da construção, que envolveu materiais recicláveis e bambu proveniente da propriedade.
Hoje, a Alliança possui 43% de mata Atlântica preservada e ainda conta com um sistema de produção orgânica de leite de búfala, pomar e horta, além, é claro, da produção de café sombreado, que tem menos impacto ambiental.
Turismo rural e ecológico
A fazenda ainda proporciona turismo de experiência para os visitantes, que podem conhecer toda a área externa, como a horta, pomar, entorno da casa, ao circuito do café e a tulha – esta última conta com objetos remanescentes dos tempos áureos.
No final do passeio, o visitante pode experimentar queijo minas de búfala e doce de banana com café produzido na fazenda.
Há também um tour especial que leva o turista através de um passeio temático interativo, onde pode experimentar uma releitura do banquete servido à Dom Pedro II em 1888.
Quem desejar levar um pouquinho da fazenda para casa, pode montar uma cesta de orgânicos e participar do projeto “Colha na horta e pague”.
Texto e Imagens por Carolina Berlato