Ícone do site Qual Viagem

Dicas para conhecer as Ilhas Malvinas/Falkland

Large group of penguins on wide beach, no people, dramatic island seascape.

As Falkland Islands, ou Ilhas Malvinas para os hermanos argentinos, ganharam manchetes em 1982, quando Inglaterra e Argentina travaram uma sangrenta disputa pelo arquipélago situado no Atlântico Sul, a 480 km da Patagônia.

Há alguns anos, a administração local incentiva fortemente a atividade turística no arquipélago, com direito aos pubs e à gastronomia tipicamente inglesa. Não há voos diretos partindo do Brasil, e é preciso fazer conexão em Santiago, no Chile, para chegar até lá. Com apenas três mil habitantes e 700 mil ovelhas (a lã é o artigo mais exportado por lá), o local combina paisagens de tirar o fôlego, vida selvagem em abundância e pontos de interesse histórico e arquitetônico. O ViajaNet, agência de viagens online, separou dicas de lugares que não podem ficar de fora do seu roteiro.

Port Stanley, Stanley (ou Puerto Argentino)

Foto por iStock / JeremyRichards

Com boas opções de acomodação e alguns restaurantes – incluindo um tipicamente britânico, além de quatro pubs, a capital das Ilhas Falkland – ou Malvinas – possui atrações imperdíveis, como a Catedral Anglicana mais ao sul do planeta, que encanta os turistas com sua arquitetura tipicamente inglesa e o seu arco em ogiva, formado por quatro ossos de baleia, localizado em sua entrada.

A vida noturna de Stanley, no extremo leste do arquipélago, também oferece quatro pubs ao turista, fazendo com que se sinta mais próximo de Londres, embora a ilha esteja localizada na costa da Argentina. Viajar à Inglaterra sem precisar sair da América do Sul é, certamente, uma experiência interessantíssima para o viajante.

Christ Church Cathedral

Foto por iStock / Mlenny

Como mencionamos acima, um dos pontos principais de visitação turística de Stanley é a sua catedral, que leva o nome de Christ Church Cathedral, a igreja anglicana localizada mais ao sul em todo o mundo. Mais do que a sua bela torre com cinco sinos, a igreja possui, em seu interior, lindos vitrais que datam dos séculos XIX e XX, além de contar com um magnífico órgão de tubos metálicos irlandês.

Foi construída entre 1890 e 1892, a partir da pedra fundamental e no mesmo local onde ficava a Hole Trinity Church (Igreja da Santíssima Trindade). A importância da Catedral é tamanha que a sua imagem está presente em todas as notas de libras das Ilhas Falkland, além de ser o principal templo da Geórgia do Sul e dos territórios antárticos da Inglaterra.

Sem dúvida alguma, a visita à Christ Church Cathedral agradará tanto ao viajante que procura por uma arquitetura que dificilmente pode ser encontrada na América do Sul, como àqueles que buscam simplesmente momentos de paz e de oração.

Falkland Islands Museum

Foto por iStock / JeremyRichards

Ainda em Stanley, merece destaque especial o Falkland Islands Museum and National Trust, o museu das Ilhas Falkland, que completou 30 anos de funcionamento em 2019, no dia 13 de fevereiro. Lá são realizadas exposições relacionadas à preservação da história natural e cultural das ilhas e de seus habitantes, desde a chegada de seus primeiros colonos. Uma sala interativa é focada nas histórias da Guerra das Malvinas, travada entre Argentina e Inglaterra entre abril e junho de 1982 e vencida pelos ingleses.

É, também, uma instituição de caridade que angaria recursos para a preservação e para a proteção de diversos sítios e estruturas de importância arqueológica e histórica relacionada às ilhas.

Assim, além de curtir outras atrações, a visita ao Museu das Ilhas Falkland proporcionará ao turista um enriquecimento cultural e histórico.

Gipsy Cove

Foto por iStock / Cheryl Ramalho

A Gypsy Cove é uma pequena baía que abriga uma grande variedade de aves marinhas, incluindo gaivotas e cormorões. Mas a grande atração são mesmo os pinguins, que fazem suas casas ao redor das charnecas que cercam as areias brancas, e geralmente podem ser vistos aos montes no local. Essas simpáticas aves estão acostumadas as visitas de humanos, sendo possível uma aproximação maior.

Então, se você aprecia a vida selvagem e gosta de observar espécies em seus habitats naturais, a Gypsy Cove oferece uma excelente oportunidade para isso e não pode ser descartada pelo viajante.

Memorial Wood

Também em Port Stanley foi construído um memorial dedicado aos soldados britânicos mortos durante a guerra das Malvinas, de 1982. Para cada um deles, foi plantada uma árvore, o que torna o local impactante. Mesmo assim, trata-se de um jardim encantador e tranquilo, ideal para as reflexões que essa espécie de memorial inevitavelmente provoca.

Ao turista que se interessa por história – e, especialmente, aos que se recordam da guerra pelo noticiário –, o Memorial Wood é um passeio marcante e enriquecedor.

Sea Lion Island

Foto por iStock / JeremyRichards

Outro local que deve ser visitado pelo turista que estiver nas Ilhas Falkland é a Sea Lion Island (ou Ilha do Leão Marinho). Com seu cenário exuberante, o lugar tem como única atividade o ecoturismo.

A ilha conta com dezenas de espécies de plantas e flores e possui colônias de reprodução de leões marinhos, entre outros habitantes, como elefantes marinhos, focas e baleias orcas.

O local possui acomodações adequadas para receber os turistas e pesquisadores, mas não com grande capacidade. A hospedagem e os passeios guiados também não são baratos, variando entre 100 e 180 libras a diária e algo em torno de 20 libras o passeio.

No entanto, o prazer de conhecer esse verdadeiro paraíso natural compensa qualquer dificuldade e vale cada centavo investido na viagem.

Volunteer Point

Foto por iStock / dani3315

Volunteer Point é um local isolado e fica dentro de uma propriedade particular, localizada a 67 km ao norte de Stanley, além de ser reconhecida internacionalmente pela preservação das aves. Entre as diversas espécies que vivem no local, há os Falkland steamer ducks, ruddy-headed geese, além de centenas de pinguins das espécies gentoo e de Magalhães. O local ainda conta com dezenas de casais de pinguins-rei, espécie ameaçada de extinção e elefantes marinhos do sul.

O trecho pode ser percorrido por estrada em um percurso de aproximadamente 1h30, sendo necessária a contratação de um guia local (e que disponha de um veículo com tração 4×4) pelo turista que deseja visitar o local.

Texto por: Agência/ViajaNet com edição de Patrícia Chemin

Foto destaque por: iStock / Cheryl Ramalho

Comentários

Sair da versão mobile