Considerada como o maior polo de cerâmica de alta temperatura da América Latina, a Estância Climática de Cunha realiza o 12º Festival de Cerâmica. O evento, uma iniciativa do Instituto Cultural da Cerâmica de Cunha (ICCC), com o apoio da Secretaria de Turismo e Cultura da cidade, começou em 11 de outubro e termina no feriado prolongado, em 3 de novembro.
Para esta edição, foram programadas mais de 30 atividades entre palestras, workshops, apresentações, competições, aberturas de fornadas e exposições individuais e coletivas, na sede do instituto, nos ateliês e em demais espaços da cidade. Até a penúltima semana do evento, mais de 2 mil pessoas prestigiaram o trabalho dos ceramistas locais e de outras cidades.
O destaque para o próximo fim de semana prolongado é abertura do forno na sede do ICCC, no sábado, dia 3 de novembro, às 10 horas, e entrada franca ao público. Na ocasião, será possível conferir o resultado do trabalho de vários artistas, já que se trata de uma queima coletiva. Aproximadamente 300 peças foram confeccionadas para este evento.
À noite, o instituto realiza uma mesa redonda com os ceramistas da Galeria Quinta Essência e mediação de Silvana Baierl, editora da revista Mão na Massa; e a Casa do Artesão encerra a Exposição Coletiva, que desde o início do festival recebeu aproximadamente 400 visitantes.
Sobre o instituto
O Instituto Cultural da Cerâmica de Cunha foi criado em 2009 com o propósito de capacitar e promover o intercâmbio de jovens ceramistas. Desde então, busca disseminar o conhecimento da arte da cerâmica, que é um forte atrativo turístico e cultural da cidade. Neste ano, membros da organização ampliaram as atividades do festival e convidaram artistas de outras cidades para estimular a interação entre os ceramistas, população local e visitantes.
Sobre a cidade
Montanhas, vales, paisagem exuberante, sossego, gastronomia, artesanato. Isso e muito mais é o que o turista encontra na Estância Climática de Cunha, cidade que traz em suas ruas marcas da história do Brasil, com diversas construções antigas. Algumas delas tombadas pelo Patrimônio Histórico, incluindo a Igreja da Matriz, que foi construída em 1731 e está passando por restauração.
Essas evidências históricas remetem à época em que Cunha era rota dos tropeiros que percorriam a Estrada Real, levando o ouro de Minas Gerais até o porto de Paraty e de lá para o Rio de Janeiro e Portugal.
Outra herança tornou a cidade o maior polo da cerâmica de alta temperatura da América Latina. Isso porque, na década de 1970, ceramistas se instalaram na cidade, para desenvolver seus trabalhos em fornos a lenha, que utilizam a técnica de queima chamada noborigama, e ao longo desses 40 anos formaram novas gerações de ceramistas e atraíram muitos artistas que empregam outras técnicas e estilos. Por conta dessa atuação, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou o Projeto de Lei 7772/17, que confere a Cunha o título de Capital Nacional da Cerâmica.
A estância oferece também diversas opções de turismo rural, que inclui fazendas de cultivo de cogumelo shitake e de truta, apiários, queijarias, pesqueiros e alambiques. A cerveja artesanal é outro produto que ganha espaço na cidade e é possível visitar as cervejarias e degustar a bebida.
Nos últimos anos, Cunha vem se destacando também com o plantio de lavanda, que atrai muitos turistas. Além da plantação propriamente dita é extraído o óleo da lavanda, com o qual se produz sabonetes, aromatizantes e outros itens derivados da matéria-prima.
Há ainda as belezas naturais que o lugar oferece, como as cachoeiras do Pimenta, do Desterro e do Barracão. Além da Pedra da Macela, que em seu pico, a 1.840 metros de altitude, é possível apreciar a paisagem deslumbrante que inclui Paraty, a baía da Ilha Grande e parte de Angra dos Reis e todas as montanhas e serras que ficam no entorno de Cunha.
Entre os destaques estão o Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Cunha, onde o visitante também pode se banhar em suas cachoeiras e percorrer suas trilhas guiadas por monitores. São três ao todo, cada uma com um grau de dificuldade.
Quem visitar a cidade pode escolher entre as cerca de 100 pousadas para se hospedar, que oferecem diversificadas opções e níveis de acomodação e preço. Algumas delas estão entre a melhores da América do Sul, segundo avaliações de sites de viagem. Além de tudo isso, ainda há o pujante turismo gastronômico local, que disponibiliza diversos estilos de restaurantes, com chefes renomados e cardápios variados, em geral marcados pelos produtos da região.
Como chegar
Cunha está a 230 km da capital paulista. O visitante deve seguir pela Rodovia Presidente Dutra (BR-116) até a Saída 65, em Guaratinguetá. A partir dali, seguir pela Rodovia Paulo Virgínio (SP-171) até Cunha.
Quem for de ônibus, também deve ir até Guaratinguetá. Na rodoviária há ônibus intermunicipal até Cunha. Os horários das partidas devem ser checados no local.
Mais informações: www.cunha.sp.gov.br
Texto por Agência com edição de Carolina Berlato
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