Quem anda pelo centro histórico de Viena, capital da Áustria, nem imagina a fascinante criação que está escondida no subsolo da Igreja dos Capuchinhos. A Cripta Imperial é o local de descanso dos restos mortais da família real da dinastia Habsburgo, que esteve no controle da Europa Central por mais de 600 anos.
A ideia de criar um sarcófago para a família foi da Imperatriz Anna do Tirol, que desejava ser enterrada com o marido, o Imperador Matias I. Apesar de ter morrido antes da conclusão do projeto, sua vontade foi realizada em 1632, e sua tumba está na ala mais antiga do local, chamada de “cripta dos fundadores”, a Gründergruft.
Depois de Anna, outras personalidades do reino foram enterradas ali, totalizando mais de 150. As tumbas mais impressionantes são a de Karlsgrüft e o sarcófago duplo de Maria Teresa e Francisco I Estevão, que foram feitos com cobre e contam com detalhes em rococó e peças decorativas como coroas reais e espadas medievais.
A maior parte desses sarcófagos foi produzida por Balthasar Moll, um dos maiores nomes da era barroca de Viena. Sua maior obra é a tumba de Maria Teresa, uma das imperatrizes mais queridas do país.
A cripta está embaixo da Igreja dos Capuchinhos, um mosteiro da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, que atualmente funciona como um museu, e apesar de parecer um pouquinho mórbido, é um atrativo que vale a pena a visita. As criptas abrigam verdadeiras obras artísticas que representam o poder de personas que mudaram a história de Viena.
Mais Informações: www.kapuzinergruft.com
Texto por Carolina Berlato
Imagem Destacada via kapuzinergruft.com