A cidade de Pardinho foi abençoada pela sua privilegiada localização, no front da Cuesta paulista, a 1006 m de altitude do nível do mar, em seu ponto mais alto, proporcionando um gostoso clima e paisagens de tirar o folego tanto pelas belezas naturais para os mais contemplativos, quanto pelas radicais trilhas para os mais aventureiros. A visão panorâmica, ao redor de praticamente toda a cidade, presenteia com inesquecíveis momentos do amanhecer ao entardecer, com um espetáculo à parte no céu noturno que nas noites claras de lua cheia ou nas escuras da lua nova há sempre algo para nos surpreender.
Sabor, cor e arte completam este encantador lugar com poucas e disputadíssimas opções que garantem boas experiências tanto na gastronomia quanto nas hospedagens que são um capítulo à parte pela paisagem que as complementam, confirmando porque foi intitulada a terra das emoções.
Coroando este título, temos a cultura caipira pulsante, seja no repicar de uma viola num canto de fogão a lenha de uma propriedade rural ou num evento em um dos seus atrativos turísticos, são muitas as histórias para animar as rodadas de conversa. Passando por Pardinho e dando a sorte de encontrar um nativo, com toda certeza poderá conhecer a intrigante história da Morte do Ferreirinha, lendário personagem que em sua tragédia fez fama nas cordas poéticas do ícone Tião Carreiro e Pardinho com as inúmeras respostas que dela se originaram, passando de trinta músicas. Se tiver a sorte de estar em Pardinho num domingo de “Café com viola” da Programação Cultural do Centro Max Feffer, irá prestigiar os violeiros locais e convidados num cenário incrível que é a construção arquitetônica deste espaço cultural. A primeira construção sustentável da América Latina.
Com pouco mais de 200 anos e apenas 62 anos de emancipação político-administrativa como a maioria das cidades do interior, a Praça da Matriz aonde foi erigida atual Paróquia Divino Espirito Santo, foi testemunho da história e cenário das principais festas populares e religiosas com registros desde 1820. Contam os mais antigos que muitos casamentos nasceram ali na saída da missa quanto os rapazes ficavam observando as moças que desfilavam com seus pais em torno da praça. Outro intrigante personagem foi o Nicanor Rosa, vereador, açougueiro, benzedor também foi o primeiro agente cultural da cidade trazendo circo, cinema e a famosa brincadeira Boi e Burrinho para as festividades do Carnaval.
Outra curiosidade é o fato de Pardinho não ter rios que banham a cidade, apenas as aguas das chuvas que nutrem uma importante área de recarga do Aquífero Guarani, criando bolsões da mais pura e cristalina água, com poderes terapêuticos devido a sua composição vulcânica de outrora. Aguas estas que afloram em inúmeras nascentes e córregos percorrendo morros e colinas caindo em íngremes cachoeiras convertendo afluentes que formaram o Rio Pardo que abastece mais 14 cidades sendo um dos maiores rios não poluídos do Estado de São Paulo.
São muitas e muitas histórias e curiosidades que fazem a visita a Pardinho, uma rica experiências de conteúdos e vivências que deixam muito além das belas fotos.
Mais informações: Descubra Pardinho
Colaboração conteúdo: Bioatelie Sylviah Riouls
Patrocínio: Grupo ANDEL – Graal Maristela
Foto destaque por: Ken Chu – expressão studio