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Conheça o Parque Estadual de Vila Velha

O Parque Estadual de Vila Velha em Ponta Grossa é a principal atração turística natural e é composto por três locais de visitação, são eles: Arenitos – Formações rochosas formadas a milhares de anos apresentando variações e formatos diversificados, Furnas – Inúmeras crateras cercadas com vegetação abundante e agua no seu interior e a Lagoa Dourada – Lagoa que ganhou este nome porque com o por do sol as aguas ficam douradas devido à formação do qual o fundo da lagoa possui.

 

 

O PARQUE

 

 

O parque estadual de Vila Velha esta localizado no município de Ponta Grossa e fica a apenas cem quilômetros da capital paranaense Curitiba pelo acesso a rodovia BR 376 e a vinte quilômetros do centro de Ponta grossa.

 

Visto de longe o parque lembra muito uma cidade medieval, por isso o nome dado ao parque. São formações de mais de 300 mil anos, e hoje o que vemos já foi um dia mar. Quando o mar que existia no local começou a ser drenado, todo o material arenoso exposto acabou cimentado com óxido de ferro dando então a colocação avermelhada ao local.

 

Parque Estadual de Vila Velha – Créditos: Passeando a Limpo

 

O parque foi tombado pelo departamento do patrimônio histórico e artístico do estado em 1966 para então proteger as formações esculpidas pelo tempo pelas erosões eólicas e pluviais (Arenitos) e desde então o parque tem recebido milhares de pessoas, porem entre os anos de 2002 e 2004 o parque esteve fechado para um processo de revitalização. O motivo é que desde a sua criação, o parque era aberto e os visitantes tinham livre acesso em todos os lugares do parque, assim subiam nas formações. Por esse motivo e pela degradação das formações, foi preciso criar trilhas especificas e limitadas para preservar esse lindo parque natural, com esse processo foi possível recuperar suas áreas.

 

O parque abriga uma fauna variada onde é possível encontrar: quatis, jaguatiricas, veados, tatus, gatos-do-mato, araras, cachorros-do-mato, tamanduás-bandeira, e vários outros animais como o já em extinção lobo-guara e uma quantidade grande de aves. São ao todo mais de 300 espécies entre repteis, mamíferos e aves.

 

 

VISITAÇÃO

 

 

A entrada do parque nos leva até um estacionamento (gratuito) que fica a apenas alguns metros do centro de visitação.

 

Caminho para o Centro de Visitação – Créditos: Passeando a Limpo

Informativos – Créditos: Passeando a Limpo

 

Chegando ao centro de visitação os visitantes são abordados por atendentes que fazem um breafing e é necessário preencher um formulário com o nome das pessoas que estarão no grupo e mencionar quais passeios serão feitos.

 

Existe a opção de visitar somente os Arenitos ou incluir também no passeio a visitação até as Furnas e Lagoa Dourada.

 

Tickets – Créditos: Passeando a Limpo

 

Feito isso, o grupo é levado até uma sala no qual assistimos a um vídeo explicativo que conta a história do parque e sobre algumas advertências do que se pode fazer ou não.
No centro ainda encontramos a bilheteria, sanitários (vá antes de iniciar o passeio, pois não existe nenhum no trajeto), uma lojinha de souvenirs e um restaurante.
IMPORTANTE: O parque não aceita cartões, e todas as despesas assim como entradas só são aceitas em dinheiro.

 

 

ARENITOS

 

 

Para chegar até os Arenitos os ônibus nos levam até o inicio da trilha e saem a cada 40 minutos.

 

Ônibus para os translado – Credito: Passeando a Limpo

 

Chegando lá, existe um guia que nos da uma breve explicação do local e sobre o trajeto. A trilha tem ao todo 2600 metros, porem caso o visitante não queira fazer todo o percurso, é possível tomar um ônibus de volta ao centro de visitantes logo após chegar ao ícone do parque (A Taça), o que da aproximadamente 1100 metros.

 

Trilhas do Parque Estadual de Vila Velha em Ponta Grossa – Créditos: Passeando a Limpo

Taça – Símbolo do Parque – Créditos: Passeando a Limpo

 

Com o passar de todos esses mais de 300 mil anos e com a ação das chuvas e dos ventos, os paredões que possuem altura media de 20 metros, podendo em algumas áreas chegar a 30 metros foram ganhando os mais diversos formatos. ‘Claro que nesse momento é preciso liberar a imaginação’, mas lá podemos encontrar formações como: o camelo, o índio, a garrafa, a bota, a taça entre outras.

 

Bota – Créditos: Passeando a Limpo

Camelo – Créditos: Passeando a Limpo

Garrafa – Créditos: Passeando a Limpo

Índio – Créditos: Passeando a Limpo

 

Como estávamos com nossos pais, resolvemos que nossa trilha iria somente até a Taça, pois segundo o guia é neste percurso que estão as principais formações, porem segundo relatos, quem fez o percurso todo, adorou.

 

Aguardando o Bus para voltar – Créditos: Passeando a Limpo

 

 

FURNAS E LAGOA DOURADA

 

 

Para conhecer as Furnas e a Lagoa Dourada é preciso reservar um dos horários disponíveis (11hrs, 13hrs e 15hrs), mas corram, pois os lugares são limitados. Ao contrario dos Arenitos, este passeio é feito com um guia que nos acompanha todo o trajeto explicando detalhes de cada local.

 

Furnas

Para chegar até as Furnas, primeira parada do passeio, é preciso pegar um ônibus que demora em torno de 15 minutos partindo do centro de visitantes.

 

A caminho das crateras – Créditos: Passeando a Limpo

 

São três as crateras abertas ao publico, mas seguindo o guia são milhares ao longo do parque. Assim como os Arenitos, as crateras são formações de milhões de anos no formato circular e alguns com mais de 100 metros de profundidade dos quais a metade são de agua.

 

Cratera mais profunda – Créditos: Passeando a Limpo

 

Na cratera principal foi construído um elevador onde era possível chegar próximo ao fundo, mas o mesmo foi desativado a mais de 15 anos, pois a graxa utilizada para mover o equipamento contaminou as aguas matando os uma espécie de peixes que só existiam ali.

 

Elevador desativado – Créditos: Passeando a Limpo

 

O local também é conhecido como “Caldeirão do Inferno” e segundo relatos já houveram algumas pessoas que se suicidaram, atirando-se nas crateras.
Tirando essa que é a parte triste, o local é maravilho! Os paredões são revestidos com uma vegetação que da todo um charme. Inclusive acontece um efeito muito legal com os raios solares, onde aparecem arco-íris no fundo da cratera principal.

 

Furnas – Maior cratera – Créditos: Passeando a Limpo

 

Lagoa Dourada

Após percorrer a trilha e conhecer as Furnas, é preciso novamente pegar o ônibus para chegar até a ultima parada do passeio, a Lagoa Dourada.

 

Trilhas para a Lagoa Dourada – Créditos: Passeando a Limpo

 

Com 320 metros de diâmetro e com uma profundidade em torno de 3 metros, as aguas da lagoa estão ligadas com as Furnas através dos lençóis freáticos. A lagoa possui algumas espécies de peixes como traíras, bagres, carpas entre outras.

 

Lagoa Dourada – Créditos: Passeando a Limpo

 

Ela é chama assim porque com o entardecer, os raios solares atingiam o fundo no qual é revestido com um mineral chamado mica ou malacacheta, refletindo assim um tom dourado. Hoje em dia devido ao processo de assoreamento que a ela recebe, os raios solares não há deixam mais com o aspecto dourado, porem mesmo assim a lagoa tem seu encanto.

 

Lagoa Dourada – Créditos: Passeando a Limpo

 

Para os visitantes que ainda não conhecem ou não leram nada a respeito, ficam na expectativa de ver esse fenômeno, e a trilha que leva até ela deixa essa expectativa ainda maior. Mas não existe decepção, pois como mencionado acima a Lagoa é encantadora, com suas aguas cristalinas e com os cardumes de peixes que é possível ver através do espelho d’agua.

 

Lagoa Dourada – Créditos: Passeando a Limpo

 

Uma curiosidade a respeito é de que a milhares de anos atrás a lagoa já foi como uma das crateras visitadas nas Furnas. Com a sedimentação e com o passar dos tempos ela foi se transformando.

 

 

COMO CHEGAR

 

 

Saindo de Curitiba sentido Ponta Grossa pegue a BR 376. O trajeto leva em torno de 1 hora e esta a 100 quilômetros da capital. Quando estiver chegando da BR mesmo é possível avistar os Arenitos. (lembrando que existem dois pedágios)

 

Para ir de ônibus, a Viação Princesa dos Campos faz o trajeto sentido Ponta Grossa com uma parada em frente ao parque. Para voltar o horário é 15:15. Veja informações atualizadas direto com a companhia de ônibus.

 

Saindo de Ponta Grossa sentido Curitiba também pegue a BR 376 e o parque esta a apenas 20 quilômetros do centro da cidade.

 

Para ir de ônibus existe a companhia Viação Campos Gerais, que faz o trajeto Vila Velha com o ônibus 153 saindo do terminal Oficinas. Veja os horários atualizados direto com a companhia.

 

 

MAIS INFORMAÇÕES

 

 

Para maiores informações como telefone, endereço e valores acesse o site do Parque Estadual de Vila Velha.

 

Estudantes com carteirinha pagam meia-entrada e idosos acima de 60 anos e portadores de necessidades especiais são isentos da taxa de entrada.

 

O parque de quarta a segunda das 8:30 até as 17:30, ficando fechado as terças para manutenção.

 

 

VÍDEO

 

 

Veja o vídeo do nosso passeio neste lugar fantástico.

 

 

LENDA DE VILA VELHA

 

 

Caía à tarde no infinito horizonte, Itaqueretaba, a cidade velha de pedra nos Compôs Gerais de Tabapirussu.
Quando povoavam a Terra das araucárias guaranis e tupis, os destemidos filhos de Tupã, que dominavam o Sul de Pindorama.

 

Os maiorais da tribo guarani, que se fixaram ali, há muitas luas, sabiam da existência de fabuloso tesouro em Itaqueretaba, e por isso evitavam que gente estranha entrasse na região. Um índio tupi, que viera com intenções suspeitas, fora aprisionado e aguardava punição, porém conseguiu fugir e levar a notícia à sua tribo.

 

O grande conselho de anciões guaranis resolveu formar uma legião de valentes guerreiros, sob o comando do grande chefe Tarobá para guardar todos os campos circunvizinhos. A morte seria o único castigo a quem se aproximasse da cidade de pedra. Todos sabiam que os inimigos tupis planejavam apossa-se de Itaqueretaba.

 

Os tupis armaram um plano de ação para o pretendido assalto. A princesa índia Nabopê recebera de sua tribo a missão de facilitar a invasão dos tupis, acampados no vale do Rio Tibagi. Deveria ela deixar-se cair prisioneira de Tarobá, contando-lhe o infortúnio de ser banida do meio de seus irmãos, por recusar casar-se com um guerreiro inimigo de seu falecido pai. Nabopê fora conduzida até os campos do Cambijú e dali, sozinha, dirigiu-se ao perigoso destino. Sob a noite escura de Itaqueretaba, temerosa de maus espíritos da cidade de pedra, fingiu que estava perdida e começou a gritar por socorro. Não tardou que um vigilante guerreiro guarani logo a capturasse, levando-a a seu chefe.

 

A beleza de Nabopê impressionou aos olhos penetrantes de Tarobá. Ele não conseguiu trata-la como simples prisioneira sujeita a pena de morte. Nabopê permaneceu sob vigilância na gruta onde se alojava o chefe guarani. Com o passar dos dias conheceram-se melhor e daí nasceu um romance de amor. A princesa tupi passou a viver sob a proteção de Tarobá e por ele também se apaixonou, contrariando os planos que ali a levaram. Ambos foram forçados a esquecer a missão que lhes confiaram suas tribos. O amor fizera os dois amantes caírem na desgraça perante sua gente.



 

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