O Palácio Nacional de Sintra é também conhecido como Palácio da Vila e foi um dos Palácios Reais portugueses. De implantação urbana, a sua construção iniciou-se no século XV, com traça de autor desconhecido.
De todos os Palácios que os monarcas portugueses mandaram erigir ao longo da Idade Média, apenas o de Sintra chegou até aos nossos dias praticamente intacto, mantendo a essência da sua configuração e silhueta desde meados do século XVI. As principais campanhas de obras posteriores à Reconquista cristã (século XII) foram promovidas pelos reis D. Dinis, D. João I e D. Manuel I, entre finais do século XIII e meados do século XVI. Estas obras de adaptação, ampliação e melhoramento determinaram a fisionomia do palácio.
Apresenta características de arquitetura medieval, gótica, manuelina, renascentista e romântica. É considerado um exemplo de arquitetura orgânica, de conjunto de corpos aparentemente separados, mas que fazem parte de um todo articulado entre si, através de pátios, escadas, corredores e galerias. Possui o maior conjunto de azulejos mudéjares do país. É dominado por duas grandes chaminés geminadas que coroam a cozinha e constituem o “ex-libris” de Sintra.
O Palácio foi utilizado pela Família Real Portuguesa praticamente até ao final da Monarquia, em 1910. Em 2008, foi o palácio mais visitado de Portugal com 408 712 visitantes. O Palácio Nacional de Sintra foi classificado como Monumento Nacional em 1910 e integra-se na Paisagem Cultural de Sintra, classificada pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade desde 1995. Em 2013 passou a integrar a Rede de Residências Reais Europeias.
Texto por: Eliria Buso
Foto destaque por Istock/ Sean Pavone