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Conheça as festas de Carnaval pelas Américas

Barranquilla, Colombia - March 1, 2014: People at the carnival parades in the Carnival of Barranquilla, in Colombia.

Os desfiles de Carnaval e os blocos de rua realizados pelo Brasil são famosos em todo o mundo, mas outros países em nosso continente também caem na folia. A plataforma Educação&Participação, idealizada pela Fundação Itaú Social com coordenação técnica do Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária), reuniu seis festas que acontecem nas Américas. Confira:

Colômbia

Foto por iStock / Tiago_Fernandez

O Carnaval da cidade de Barranquilha foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO em 2003 e é considerado uma das maiores festas do gênero no mundo. Com forte apelo folclórico, é uma celebração que data, pelo menos, do século XIX. As atividades da cidade são paralisadas e as ruas são tomadas por foliões.

A Batalha das Flores é o momento mais aguardado e marca a abertura da festa. Liderado pela rainha do Carnaval, o desfile de seis horas traz muita música, fantasias e carros alegóricos. Típicos do Carnaval de Barranquila, os Marimondas são personagens vestidos de capuz com um longo nariz e grandes orelhas. Ritmos típicos, como o mapalé e a cumbia, embalam as atividades e festas ao ar livre.

Canadá

O Quebec Winter Carnival é celebrado desde pelo menos o final do século XIX, mas apenas em 1955 passou a ser realizado anualmente. Nas paradas, os destaques são o mascote Bonhomme (um boneco de neve com gorro vermelho), as luzes e as esculturas de gelo. Há também festas públicas e particulares, shows, queima de fogos e bailes.

A festividade canadense ocorre tradicionalmente entre o final de janeiro e início de fevereiro, com duração média de 15 dias. O frio e a neve desafiam os foliões a saírem de casa em uma temperatura de até -10°C.

Bolívia

Foto por iStock / edurivero

Também reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, o Carnaval da cidade de Oruro teve origem há mais de dois séculos, na Festa de Ito, comemoração do antigo povo uru para celebrar seus deuses por meio de danças que invocavam as divindades andinas de Pacha Mama e Tio Supay. Remete a antigas tradições indígenas, incorporadas posteriormente à tradição cristã ligada à Virgem da Candelária.

Proibidos pelos espanhóis de honrar suas divindades, os urus as sincretizaram com a Virgem e o Diabo, reforçando a principal característica do Carnaval de Oruro hoje em dia: as Diabladas, danças em que os foliões usam máscaras e trajes demoníacos.

Trinidad e Tobago

Foto por iStock / Blacqbook

Trinidad e Tobago celebra o Carnaval no período tradicional, como no Brasil. A festividade, que remonta ao século XVI, é uma das mais importantes da cultura local e foi introduzida pelos franceses, que mantiveram o controle do país até o século XVIII. Na época, os bailes de máscaras eram frequentados apenas por proprietários de grandes plantações.

Impedidos de participar dos bailes, os escravos negros criaram, então, um Carnaval paralelo, que, além de assimilar elementos da festa europeia, caracterizou-se pelo colorido, sátiras e pelo domínio de ritmos afro-caribenhos nascidos no país, como o calipso e, atualmente, a soca. Nas competições musicais, o título de Rei do Calipso (Calypso Monarch) é bastante prestigiado.

Equador

No Equador, o Carnaval tem celebrações diferentes. Na cidade de Guaranda, a 220 km de Quito, acontece uma festa de rua com brincadeiras que lembram os antigos carnavais brasileiros. Balões de água, farinha e até mesmo ovos e lama são lançados contra amigos e familiares, mas também em direção a desconhecidos. Uma espuma colorida muito parecida com creme de barbear, a carioca, é bastante popular.

Já em Ambato, localizada a cerca de 150 km da capital, a festividade recebe o nome de Festa das Flores e Frutas. Mais “moderado”, esse Carnaval existe desde o início dos anos 1950 como uma celebração pelo renascimento da cidade, que sofreu um grave terremoto em 1949, causando a morte de mais de cinco mil pessoas. É caracterizado por festas de rua, concurso de rainha da cidade e carros alegóricos decorados com flores e frutas. Outras cidades equatorianas também comemoram o Carnaval, com música, dança, fantasias e roupas típicas.

México

Foto por iStock / hugocorzo

O Carnaval chegou ao México pelas mãos dos colonizadores espanhóis. É celebrado em mais de 200 comunidades, mas a maior comemoração acontece em Veracruz e chega a durar até nove dias. Os desfiles, concertos e eventos especiais são realizados nos espaços públicos, restaurantes, bares e casas noturnas.

O destaque vai para a Queima do Mau Humor, quando os mexicanos de Veracruz literalmente queimam, na principal praça da cidade, personagens, políticos, ideias, acontecimentos e quaisquer coisas indesejáveis – até vírus e doenças. Durante o ritual é feita a leitura de um texto sobre quem está sendo “queimado”. Há, então, a escolha da rainha e do rei do Carnaval, as festas e, no final do período, o enterro de Juan Carnaval. Os foliões se vestem de preto como luto pelo fim dos folguedos e realizam a leitura do testamento.

Texto por: Agência com edição de Patrícia Chemin

Foto destaque por: iStock / Tiago_Fernandez

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