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Conheça as construções subterrâneas da Capadócia

5 de novembro de 2020

A Capadócia é um dos mais importantes destinos turísticos da Turquia e casa do Parque Nacional Göreme que, anualmente, recebe viajantes de todo o mundo para conhecer mais sobre a riqueza histórica que ele abriga. Suas rochas conhecidas como “Chaminé de Fadas” encantam os olhares daqueles que, de dentro dos balões no alto céu sobrevoam também cavernas e cidades subterrâneas.

Localizado na região da Anatólia Central, o parque é um dos Patrimônios da Humanidade catalogados pela UNESCO, desde 1985. Todo o parque ajuda a contar a história do país que já fez parte dos impérios Bizantino, Otomano e Romano.

Um dos seus aspectos mais curiosos são as cidades subterrâneas, datadas de cerca de 3000 anos a.C.. Com o passar dos anos e acontecimentos, as cidades foram crescendo para abrigar mais pessoas e atender as necessidades de armazenamento de alimentos, acomodação e vida social. Acredita-se que sua principal função era o esconderijo, seja dos animais, do frio, ou das invasões estrangeiras e das perseguições religiosas. Os espaços chegavam a abrigar milhares de pessoas e tinham igrejas, dormitórios e estábulos, além de um importante sistema de circulação de ar.

Até agora, 40 delas já foram descobertas, mas estima-se que esse número era muito maior. Apenas algumas estão abertas para visitação turística, sendo outras ainda utilizadas como sítios arqueológicos, que passam por estudos que ajudam a entender melhor toda a história da região e de toda humanidade. Cinco das cidades que podem ser visitadas são:

Derinkuyu

Foto por Istock/ Ender BAYINDIR

Foto por Istock/ Ender BAYINDIR

A mais profunda da Capadócia, chega a 85 metros abaixo do solo. Foi descoberta em 1966 durante uma escavação. Ela possui 20 níveis, mas apenas oito estão abertos para visitação. Os andares incluem igrejas, cozinhas, locais para amarrar prisioneiros e espaço para os animais.

Kaymakli

Uma das mais importantes, tem todas as acomodações necessárias para uma comunidade viver no subsolo. As salas e corredores são conectados uns aos outros por corredores estreitos e baixos. A estimativa é que essa cidade tenha sido construída em 1.300 a.C, sendo ainda usada anos depois como abrigo dos cristãos perseguidos pelo Império Romano.

O primeiro andar de Kaymakli era ocupada pelos animais, considerando a dificuldade de transportá-los para andares mais baixos. O segundo andar conta com uma igreja e até um cemitério para as pessoas mais importantes da comunidade. Toda sua extensão está cheia de armadilhas, garantindo mais proteção contra inimigos.

Ozkonak

Foto por IStock/ komyvgory

Foto por IStock/ komyvgory

Aberto aos visitantes desde 1972, ela foi descoberta por um fazendeiro da região. Azkonak também tem data de origem incerta, mas estima-se que tenha sido construída durante o período Bizantino. Ao total são 10 andares, com 40 metros de profundidade. Entre seus cômodos e corredores existem portas de pedra com furos que eram usados para despejar óleo quente nos inimigos.

Tatlarin

A cidade subterrânea de Tatlarin parece ter sido usada, principalmente, como guarnição militar ou um complexo de mosteiro, já que possui espaços largos, diferentes de outras cidades. Também possui banheiros, o que demostra a utilização desses espaços na região de Anatólia há mais de 3000 anos.

Mazi

Foto por Istock/ P. Razenberg

Foto por Istock/ P. Razenberg

A cidade subterrânea de Mazi foi descoberta por um pastor e aberta aos visitantes em 1995. O significado de Mazi é a Cidade Antiga, e há muitos túmulos de pedra da Roma Antiga e Bizantina no vale onde a vila foi fundada.

Texto por: Agência com edição Eliria Buso

Foto destaque por Istock/ Natalia Moroz

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