Quando a gente fala de Suíça, as primeiras impressões são : chocolate, relógios e neve, muita neve. Realmente o inverno nesse país é muito rigoroso e visitá-lo principalmente na temporada de outono e inverno é vivenciar enormes montanhas branquinhas cobertas de gelo, experimentar comidas quentes, praticar esportes de inverno e abusar do chocolate. Mas como nossa matéria foi escrita para os turistas curtirem a primavera e o verão que está chegando na Europa, a dica é levar menos roupas de frio na bagagem e se deliciar com paisagens mais coloridas e com períodos de pouco frio e céu plenamente azul.
Conhecida como a capital da paz, por ser a sede da ONU e da Cruz Vermelha – além de outras 198 organizações – Genebra é um destino incrível na Suíça. Encravada entre os picos alpinos das proximidades e o terreno montanhoso do Jura, a menor metrópole do mundo é multicultural e histórica.
A maioria dos grandes hotéis, assim como muitos restaurantes, está situada na margem direita do lago. A parte antiga da cidade, o coração de Genebra, onde ficam as áreas comercial e financeira, prevalece na margem esquerda. Apesar de ser dominada pela Catedral de São Pedro, o centro em si da parte antiga da cidade chama-se Place du Bourg-de-Four, a praça mais antiga da cidade.
Cais, calçadões ao largo da margem do lago, incontáveis parques, animadas ruas laterais no centro histórico e elegantes lojas são bastante convidativas a um passeio. Uma das ruas mais bem preservadas é a Grand Rue, onde Jean-Jacques Rousseau nasceu. As “mouettes” (um tipo de táxi aquático) permitem cruzamentos de uma margem do lago a outra, enquanto navios de maior porte convidam os visitantes a desfrutar de passeios de barco no Lago Genebra.
Genebra é uma cidade com opções para os mais variados típicos de públicos e para conhecer com calma as principais atrações, recomendamos no mínimo quatro dias por lá. A cidade está situada às margens do rio Ródano e banhada pelo lago Léman, dois locais muito visitados, principalmente nessa época de primavera e verão. Mas isso não quer dizer na época do inverno a cidade desacelera, pelo contrário. Isso porque a proximidade com os Alpes – Chamonix, na França, fica a 80 quilômetros de distância – torna tudo mais fácil para os que curtem a temporada de esqui.
Com pouco mais de 200 mil habitantes, a cidade, apesar de cosmopolita, é pequena, podendo ser visitada a pé. Seu principal símbolo é o Jet d’eau, uma fonte com jato de 140 metros de altura, que está localizada aos arredores do Lago Genebra – que separa a Suíça da França.
Aliás, o lago é ideal para passeios de barco, onde os visitantes podem maravilhar-se com a singular paisagem de castelos e de magníficas residências, colocadas face à maravilhosa paisagem e montanhosa.
Além do belo lago e do rio, Genebra tem uma área turística muito interessante para ser explorada a pé a Old Town. Nesse roteiro você poderá curtir toda a imponência da Catedral de Saint-Pierre (de onde se tem uma bela vista do topo), há muitos restaurantes e bares, galerias de a––rte, lojas para todos os gostos e bolsos e cafeterias fantásticas.
Compondo o belo cenário da cidade, há ainda belas pontes, como a Pont des Bergues – que conecta a cidade à ilha Rousseau (pequeno parque e ilha do rio Ródano) e a movimentada Pont Mont Blanc, erguida em 1862. Dois locais excelentes para os que curtem fotografar belas paisagens, principalmente fazer vários cliques incríveis do Jato d’água, o símbolo da cidade.
Geneva Pass: boa dica de mobilidade e economia
Esse passe dá livre acesso a vários pontos turísticos e permite o uso ilimitado de transporte público podendo significar uma boa economia para o turista. Ao contrário da maioria dos passes de outras cidades europeias, o turista não precisa visitar uma grande quantidade de atrações para fazer o investimento valer a pena, uma economia média de 60%, incluindo entrada em museus, passeio de barco, tours diversos, entre outros.
Destacam-se se também o Grand Théâtre e a Geneva Opera House, onde artistas internacionais se apresentam. E, entre os museus, o “Musée international de l’horlogerie” (Museu Internacional da Relojoaria), voltado a relógios, com uma coleção de peças com pedras preciosas e relógios musicais, e o Museu Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, proporcionando um olhar sobre o trabalho destas organizações humanitárias.
O Palácio das Nações, sede da ONU, pode ser visitado o ano inteiro. O prédio foi construído entre 1929 e 1936 e representa a diplomacia mundial.
Conheça o Bains des Pâquis
Uma atração bem legal é experimentar os Bains dês Pâquis. Não importa a época que se visita Genebra, os banhos de Pâquis atraem frequentadores ao longo de todo o ano e é um dos passeios imperdíveis. Situado a 300 metros do Jato d’água, o local foi inaugurado em 1872 e oferece belas vistas do lago, com saunas, banhos turcos e massagens, além de estar instalado num prédio lindíssimo.
O transporte público em Genebra é excelente. Portanto não há necessidade iminente de se alugar um carro. O turista pode fazer mais de 90% dos passeios utilizando o excelente sistema de trens e se desejar pode complementar os tours com ônibus. A Gare Cornavin – estação central de trens de Genebra –, fica bem ao lado da basílica instalada em estilo gótico do século XIII. Erguida entre 1852 e 1857, a Notre Dame passou por vários períodos turbulentos no passado.
Eleita a capital mundial da paz, Genebra é a sede europeia da Organização das Nações Unidas (ONU). E toda a estrutura da organização concentra-se no belo Palais des Nations, um prédio erguido entre 1929 e 1936, que ostenta as bandeiras de todos os países na fachada. O local é bastante visitado e uma das atrações imperdíveis de Genebra. Quem quer sentir na Suíça o sabor e a tradição da Itália, não pode deixar de visitar Carouge, conhecida como Little Italy, ou seja, um pedaço da Itália na segunda maior cidade da Suíça. Reza a lenda que o desenvolvimento da área está diretamente relacionado à atuação de italianos da região de Turim no passado.
Bem no coração do centro antigo fica a famosa catedral de Saint-Pierre, uma obra arquitetônica cuja primeira fase da construção é datada de 1160. Depois de explorar esse templo por dentro não deixe de encarar os 157 degraus que conduzem o visitante ao topo da igreja, de onde descortina-se uma visita deslumbrante da cidade. Daqui se tem uma bela vista de cima do Parc des Bastions e de outros pontos turísticos importantes da Cidade Antiga, mas o que mais chama a atenção do visitante, sem dúvida alguma, são os bancos de madeira de 120 metros de comprimento.
Refúgio verde da cidade, o Jardim Inglês é um parque com 25 m² situado de frente para o Lago Léman. O local abriga o famoso Relógio Florido, uma atração inaugurada em 1951, que funciona perfeitamente e que também “muda de cara” de acordo com a estação do ano.
A praça situada entre a Rue du Marche e o lago Léman está repleta de lojas – tanto no local quanto nos arredores –, bares/cafés e restaurantes que, à noite, em dias mais quentes, costumam atrair muita gente com mesas ao ar livre.
Já o Lago Leman é uma das atrações mais famosas de Genebra. E ao admirar a paisagem composta pelo lago, que tem a maior quantidade de água da Europa Central, é impossível deixar de notar o Jato d’água.
O mausoléu neogótico situado em frente ao lago Léman, no antigo porto natural de Pâquis, é uma verdadeira joia arquitetônica de Genebra.
Suba no topo da montanha de Salève
O Salève é conhecido como a montanha de Genebra e por oferecer uma excelente estrutura e vistas deslumbrantes do seu topo, tornou-se uma das atrações mais visitadas da região.
Quem gosta de uma boa e movimentada feira vai adorar passar algumas horas no Marché de Plainpalais, local onde o visitante vai encontrar de objetos de decoração, roupas, vinhos, queijos e relógicos. Como em qualquer feira, a receita é pechinchar para conquistar um preço final atraente. Isso sem contar com os food trucks que servem comidinhas deliciosas de todo o mundo.
Parc dês Bastions é refúgio verde
O Parc des Bastions é um refúgio verde situado bem na área central da cidade. Perfeito para momentos de lazer e relaxamento, como curtir um piquenique ou participar dos disputados jogos de xadrez coletivos que acontecem por lá todos os dias. No inverno há algumas pistas de patinação no gelo.
Chama a atenção daqueles que transitam pela Passage Malbuisson – uma galeria de compras do centro de Genebra – o relógio que celebra a passagem de cada hora com o soar de sinos, além de um “pequeno visor mecânico e folclórico”. Um espetáculo no qual 42 figuras de bronze são protagonistas e marcham.
O museu apresenta ao visitante, mais de 500 anos de história na arte da fabricação de relógios e, claro, a grande importância da Patek Philippe como uma das fabricantes de luxo mais importantes de todos os tempos.
A praça situada entre a Rue du Marche e o lago Léman está repleta de lojas — tanto no local quanto nos arredores —, bares/cafés e restaurantes que, à noite, em dias mais quentes, costumam atrair muita gente com mesas ao ar livre.
A França é logo ali
Estando em Genebra, vale dar uma passada no Mont Salève, situado já em território francês. O teleférico eleva os visitantes a uma altitude de 1.100 metros em menos de cinco minutos, e proporciona vistas panorâmicas da cidade de Genebra, além de pontos como: o Lago Genebra, da cadeia dos Alpes, do Jura e do Montblanc.
Não deixe de experimentar os chocolates, os deliciosos Petit Fours e se for apaixonado por relógios faça uma economia e traga um pra vida toda.
Como chegar
Há diversas opções de voo saindo do Brasil com destino à Suíça. A Royal Air Maroc, por exemplo, faz o trecho via Casablanca, partindo de São Paulo ou Rio de Janeiro até Genebra a bordo do moderno Dreamliner. Já a Swiss faz o trajeto via Zurique, Air France via Paris e British Airways via Londres. O roteiro dura pouco mais de 13 horas. O Aeroporto Internacional de Genebra fica a 5 quilômetros do Centro.
Onde ficar
O país tem uma hotelaria clássica com bandeiras locais e internacionais.
Four Seasons Hotel des Bergues Geneva
Texto por: Cláudio Lacerda Oliva
Foto destaque por Istock/ SOMATUSCANI