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Conheça a multicultural Genebra

Foto por Istock/ SOMATUSCANI

Quando a gente fala de Suíça, as primeiras impres­sões são : chocolate, relógios e neve, muita neve. Realmente o inverno nesse país é muito rigoroso e visitá-lo principalmente na temporada de outono e inverno é vivenciar enormes montanhas branquinhas cobertas de gelo, experimentar comidas quentes, pra­ticar esportes de inverno e abusar do chocolate. Mas como nossa matéria foi escrita para os turistas curtirem a primavera e o verão que está chegando na Europa, a dica é levar menos roupas de frio na bagagem e se deliciar com paisagens mais coloridas e com períodos de pouco frio e céu plenamente azul.

Conhecida como a capital da paz, por ser a sede da ONU e da Cruz Vermelha – além de outras 198 or­ganizações – Genebra é um destino incrível na Suíça. Encravada entre os picos alpinos das proximidades e o terreno montanhoso do Jura, a menor metrópole do mundo é multicultural e histórica.

A maioria dos grandes hotéis, assim como muitos restaurantes, está situada na margem direita do lago. A parte antiga da cidade, o coração de Genebra, onde ficam as áreas comercial e financeira, prevalece na margem esquerda. Apesar de ser dominada pela Catedral de São Pedro, o centro em si da parte antiga da cidade chama-se Place du Bourg-de-Four, a praça mais antiga da cidade.

Foto por IStock/ RossHelen

Cais, calçadões ao largo da margem do lago, in­contáveis parques, animadas ruas laterais no centro histórico e elegantes lojas são bastante convidativas a um passeio. Uma das ruas mais bem preservadas é a Grand Rue, onde Jean-Jacques Rousseau nasceu. As “mouettes” (um tipo de táxi aquático) permitem cruzamentos de uma margem do lago a outra, en­quanto navios de maior porte convidam os visitantes a desfrutar de passeios de barco no Lago Genebra.

Foto por IStock/ eugenesergeev

Genebra é uma cidade com opções para os mais va­riados típicos de públicos e para conhecer com cal­ma as principais atrações, recomendamos no mínimo quatro dias por lá. A cidade está situada às margens do rio Ródano e banhada pelo lago Léman, dois lo­cais muito visitados, principalmente nessa época de primavera e verão. Mas isso não quer dizer na época do inverno a cidade desacelera, pelo contrário. Isso porque a proximidade com os Alpes – Chamonix, na França, fica a 80 quilômetros de distância – torna tudo mais fácil para os que curtem a temporada de esqui.

Com pouco mais de 200 mil habitantes, a cidade, apesar de cosmopolita, é pequena, podendo ser visi­tada a pé. Seu principal símbolo é o Jet d’eau, uma fonte com jato de 140 metros de altura, que está lo­calizada aos arredores do Lago Genebra – que separa a Suíça da França.

Foto por IStock/ Kuntalee Rangnoi

Aliás, o lago é ideal para passeios de barco, onde os visitantes podem maravilhar-se com a singular paisa­gem de castelos e de magníficas residências, coloca­das face à maravilhosa paisagem e montanhosa.

Além do belo lago e do rio, Genebra tem uma área turística muito interessante para ser explorada a pé a Old Town. Nesse roteiro você poderá curtir toda a imponência da Catedral de Saint-Pierre (de onde se tem uma bela vista do topo), há muitos restaurantes e bares, galerias de a––rte, lojas para todos os gostos e bolsos e cafeterias fantásticas.

Compondo o belo cenário da cidade, há ainda be­las pontes, como a Pont des Bergues – que conecta a cidade à ilha Rousseau (pequeno parque e ilha do rio Ródano) e a movimentada Pont Mont Blanc, erguida em 1862. Dois locais excelentes para os que curtem fotografar belas paisagens, principalmente fazer vários cliques incríveis do Jato d’água, o símbolo da cidade.

Foto por IStock/ RomanBabakin

Geneva Pass: boa dica de mobilidade e economia

Esse passe dá livre acesso a vários pontos turísticos e permite o uso ilimitado de transporte público podendo significar uma boa economia para o turista. Ao contrá­rio da maioria dos passes de outras cidades europeias, o turista não precisa visitar uma grande quantidade de atrações para fazer o investimento valer a pena, uma economia média de 60%, incluindo entrada em mu­seus, passeio de barco, tours diversos, entre outros.

Destacam-se se também o Grand Théâtre e a Gene­va Opera House, onde artistas internacionais se apre­sentam. E, entre os museus, o “Musée international de l’horlogerie” (Museu Internacional da Relojoaria), voltado a relógios, com uma coleção de peças com pedras preciosas e relógios musicais, e o Museu Inter­nacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, proporcionando um olhar sobre o trabalho destas or­ganizações humanitárias.

Foto por Istock/ SanderStock

O Palácio das Nações, sede da ONU, pode ser visita­do o ano inteiro. O prédio foi construído entre 1929 e 1936 e representa a diplomacia mundial.

Conheça o Bains des Pâquis

Uma atração bem legal é experimentar os Bains dês Pâquis. Não importa a época que se visita Genebra, os banhos de Pâquis atraem frequentadores ao lon­go de todo o ano e é um dos passeios imperdíveis. Situado a 300 metros do Jato d’água, o local foi inau­gurado em 1872 e oferece belas vistas do lago, com saunas, banhos turcos e massagens, além de estar instalado num prédio lindíssimo.

O transporte público em Genebra é excelente. Por­tanto não há necessidade iminente de se alugar um carro. O turista pode fazer mais de 90% dos passeios utilizando o excelente sistema de trens e se desejar pode complementar os tours com ônibus. A Gare Cornavin – estação central de trens de Genebra –, fica bem ao lado da basílica instalada em estilo gótico do século XIII. Erguida entre 1852 e 1857, a Notre Dame passou por vários períodos turbulentos no passado.

FOTO: MHM55/CC BY-SA 4.0 /CREATIVECOMMONS.ORG/LICENSES

Eleita a capital mundial da paz, Genebra é a sede europeia da Organização das Nações Unidas (ONU). E toda a estrutura da organização concentra-se no belo Palais des Nations, um prédio erguido entre 1929 e 1936, que ostenta as bandeiras de todos os países na fachada. O local é bastante visitado e uma das atrações imperdíveis de Genebra. Quem quer sentir na Suíça o sabor e a tradição da Itália, não pode deixar de visitar Carouge, conhecida como Little Italy, ou seja, um pedaço da Itália na segunda maior cidade da Suíça. Reza a lenda que o desenvolvimento da área está diretamente relacionado à atuação de italianos da região de Turim no passado.

Foto por Istock/ Manuel Nogales

Bem no coração do centro antigo fica a famosa ca­tedral de Saint-Pierre, uma obra arquitetônica cuja pri­meira fase da construção é datada de 1160. Depois de explorar esse templo por dentro não deixe de encarar os 157 degraus que conduzem o visitante ao topo da igreja, de onde descortina-se uma visita deslumbran­te da cidade. Daqui se tem uma bela vista de cima do Parc des Bastions e de outros pontos turísticos im­portantes da Cidade Antiga, mas o que mais chama a atenção do visitante, sem dúvida alguma, são os ban­cos de madeira de 120 metros de comprimento.

Refúgio verde da cidade, o Jardim Inglês é um par­que com 25 m² situado de frente para o Lago Lé­man. O local abriga o famoso Relógio Florido, uma atração inaugurada em 1951, que funciona perfeita­mente e que também “muda de cara” de acordo com a estação do ano.

Foto por Istock/ Lsantek

A praça situada entre a Rue du Marche e o lago Lé­man está repleta de lojas – tanto no local quanto nos arredores –, bares/cafés e restaurantes que, à noite, em dias mais quentes, costumam atrair muita gente com mesas ao ar livre.

Já o Lago Leman é uma das atrações mais famosas de Genebra. E ao admirar a paisagem composta pelo lago, que tem a maior quantidade de água da Europa Central, é impossível deixar de notar o Jato d’água.

O mausoléu neogótico situado em frente ao lago Lé­man, no antigo porto natural de Pâquis, é uma verda­deira joia arquitetônica de Genebra.

Suba no topo da montanha de Salève

O Salève é conhecido como a montanha de Gene­bra e por oferecer uma excelente estrutura e vistas deslumbrantes do seu topo, tornou-se uma das atra­ções mais visitadas da região.

Quem gosta de uma boa e movimentada feira vai adorar passar algumas horas no Marché de Plainpa­lais, local onde o visitante vai encontrar de objetos de decoração, roupas, vinhos, queijos e relógicos. Como em qualquer feira, a receita é pechinchar para conquistar um preço final atraente. Isso sem contar com os food trucks que servem comidinhas deliciosas de todo o mundo.

Parc dês Bastions é refúgio verde

O Parc des Bastions é um refúgio verde situado bem na área central da cidade. Perfeito para momentos de lazer e relaxamento, como curtir um piquenique ou participar dos disputados jogos de xadrez coletivos que acontecem por lá todos os dias. No inverno há algumas pistas de patinação no gelo.

Foto por Istock/ InnaFelker

Chama a atenção daqueles que transitam pela Pas­sage Malbuisson – uma galeria de compras do centro de Genebra – o relógio que celebra a passagem de cada hora com o soar de sinos, além de um “pequeno visor mecânico e folclórico”. Um espetáculo no qual 42 figuras de bronze são protagonistas e marcham.

O museu apresenta ao visitante, mais de 500 anos de história na arte da fabricação de relógios e, claro, a grande importância da Patek Philippe como uma das fa­bricantes de luxo mais importantes de todos os tempos.

A praça situada entre a Rue du Marche e o lago Léman está repleta de lojas — tanto no local quanto nos arredores —, bares/cafés e restaurantes que, à noite, em dias mais quentes, costumam atrair muita gente com mesas ao ar livre.

A França é logo ali

Estando em Genebra, vale dar uma passada no Mont Salève, situado já em território francês. O te­leférico eleva os visitantes a uma altitude de 1.100 metros em menos de cinco minutos, e proporciona vistas panorâmicas da cidade de Genebra, além de pontos como: o Lago Genebra, da cadeia dos Alpes, do Jura e do Montblanc.

Não deixe de experimentar os chocolates, os delicio­sos Petit Fours e se for apaixonado por relógios faça uma economia e traga um pra vida toda.

Como chegar

Há diversas opções de voo saindo do Brasil com destino à Suíça. A Royal Air Maroc, por exem­plo, faz o trecho via Casablanca, par­tindo de São Paulo ou Rio de Janeiro até Genebra a bordo do moderno Dre­amliner. Já a Swiss faz o trajeto via Zurique, Air France via Paris e British Ai­rways via Londres. O roteiro dura pouco mais de 13 horas. O Aeroporto Internacional de Genebra fica a 5 quilômetros do Centro.

Onde ficar

O país tem uma hotelaria clássica com bandeiras locais e internacionais.

Four Seasons Hotel des Bergues Geneva

Mandarin Oriental

Hôtel d’Angleterre

Hôtel de la Cigogne

Hotel d’Angleterre

Hotel Bristol

Le Richemond

Texto por: Cláudio Lacerda Oliva

Foto destaque por Istock/ SOMATUSCANI

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