Lançado ano passado, Ghost of Tsushima, jogo exclusivo da PlayStation, foi muito elogiado pela reprodução fiel a Tsushima, no Japão. Para contar a história do samurai Jin Sakai durante as invasões mongóis no século XIII, os desenvolvedores da Sucker Punch, estúdio que criou o game, viajaram diversas vezes para a ilha japonesa e estudaram não somente o contexto histórico do Japão feudal, mas toda a diversidade da natureza local.
O resultado final foi tão aclamado que os governantes de Tsushima fecharam uma parceria com a PlayStation para usar o jogo para divulgar a região – desenvolvendo, inclusive, um site que compara as paisagens reais e do game – e nomearam os diretores Nate Fox e Jason Connell como embaixadores de turismo da ilha.
Em 20 de agosto, foi lançada uma nova versão do game, Ghost of Tsushima: Versão do Diretor. A expansão traz uma nova jornada de Jin Sakai, dessa vez pela ilha de Iki, onde o samurai precisa combater novamente os invasores mongóis e enfrentar fantasmas de seu passado. Como Tsushima, Iki traz cenários cheios de belezas naturais e uma história rica sobre o passado do Japão. Confira abaixo algumas curiosidades sobre o local:
• Assim como sua vizinha Tsushima, Iki fica na Estreito da Coreia e é administrada pela prefeitura de Nagasaki. Possui uma área de 138 km², uma população de cerca de 30 mil moradores e, apesar de ser um arquipélago com 23 ilhas, apenas 4 delas são totalmente habitadas. As ilhas têm origem vulcânica, inativas há mais de 400 mil anos.
• As ilhas do arquipélago de Iki são habitadas desde a Era Paleolítica (35.000 a.C. – 12.000 a.C.). No local, já foram encontrados objetos dos períodos Jomon, Yayoi e Kofun, que vão desde 8.000 a.C. até cerca de 300 d.C. Por isso, existem diversos sítios arqueológicos em Iki. O mais famoso deles é o Sítio Arqueológico de Harunotsuji, do período Yayoi (1.000 a.C. a 300 d.C.). Lá estão várias ruínas, inclusive do porto mais antigo do Japão. Além disso, foi descoberta uma grande variedade de artefatos que indicam o estilo de vida dos antigos habitantes e que comprovam interações com outros países do continente asiático, como artigos de barro de vários locais e dinheiro da China – vale mencionar que Iki é citada em um antigo livro chinês datado do século III, o Registro dos Reinos Combatentes (Records of the Three Kingdoms), considerado um texto histórico de origem oficial e confiável.
• Na cena final do trailer oficial de Ghost of Tsushima: Versão do Diretor, após uma intensa sequência de luta, vemos Jin Sakai admirando uma rocha com um formato de macaco. Chamada Saruiwa (ou Pedra do Macaco), essa rocha realmente existe e é um dos principais pontos turísticos de Iki.
• Iki é conhecida desde os tempos antigos como a ilha dos deuses. Existem por volta de 1.000 santuários em todo o arquipélago, sendo cerca de 150 deles oficialmente registrados. Um deles é o Santuário Ondake, onde acredita-se que os primeiros deuses desceram sobre Iki. Construído no topo de uma montanha de 156 metros de altura, o santuário conta com mais de 200 estátuas de macacos doadas por adoradores e visitantes.
• Iki tem uma grande preocupação com o futuro de seus habitantes e de sua natureza. O arquipélago foi reconhecido por seus esforços para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, com um trabalho de conscientização para redução de desperdício e reutilização de recursos, promoção de uso de energia a base de hidrogênio e esforços para utilizar 100% de energia renovável até 2050.
Texto por: Agência com edição Eliria Buso
Foto: Discover Nagasaki