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Conheça a arquitetura do segundo melhor hotel do mundo

Hospedar-se em uma das 34 suítes do Hotel boutique Colline de France , o segundo melhor hotel do mundo, é embarcar em uma epopéia à França Medieval, dos romances líricos que inspiram clássicos da literatura e da Sétima Arte. Com 2,7 mil metros quadrados de área finamente construída, o projeto é inspirado no Segundo Império Francês – marcado pelo luxo intimista, pelos detalhes rebuscados e surpresas, ao descortinar de cada novo cômodo. Quem assina a concepção de interiores é o designer Roberto Wazlawick e a criação da fachada é do escritório gaúcho Mottin Favero Arquitetura.

A matéria-prima escolhida para edificação contempla mármores exóticos a peças esculpidas à mão; entre os acabamentos, há folhas de ouro de 24 quilates. Um exemplo de marmoraria rara é a pedra em Napoleon Bordeaux, a escolha para a suíte inspirada nas nuances da marca Loubottin, com seus traços singulares e tons terrosos.

Outra suíte marcante do hotel é inspirada na paleta de cores da Tiffany & Co., uma das marcas de jóias mais desejadas do mundo. A composição do clássico azul turquesa fez uso do imponente mármore italiano Carrara Gióia. Áreas comuns da hospedagem como o lobby e o restaurante também contam com acabamento de rochas naturais únicas e raramente aplicadas a construções.

Roberto Wazlawick explica que, desde a concepção do projeto, a busca sempre foi pelo raro e pela singularidade do belo. “Utilizamos rochas naturais para valorização dos ambientes bem como abusamos de peças esculpidas à mão, muitas delas feitas exclusivamente para esta composição“, relata. Passeando pela história, a inspiração estaciona no final do século XIX e início do século XX, no estilo clássico de obras suntuosas.

Simetria e volumetria 

As arquitetas Larissa Mottin e Rúbia Favero, fundadoras do escritório Mottin Favero Arquitetura, têm como um dos principais nichos de negócio projetos para hotéis e resorts de alto padrão. No Colline, buscaram criar uma atmosfera européia bem no meio da Serra do Sul. O palacete francês, totalmente clássico, aposta na simetria estética e no equilíbrio da volumetria para impactar desde a fachada.

Elementos tradicionais do estilo de referência foram utilizados, tais como bandeira superior em arco nas esquadrias, balcões e chafariz, além de ornamentos na fotografia frontal, como frisos, negativos e gradis. A planta em “U” envolve o hóspede antes mesmo de ele cruzar a porta principal.

Otimizando a qualidade do espaço interno, o número de apartamentos foi reduzido, propiciando acomodações amplas e confortáveis. As trapeiras, em arco ou de duas águas, tornam a composição da cobertura mais dinâmica, prezando pela qualidade de iluminação para o aproveitamento de ambientes abaixo do telhado.

A porta principal tem seu design inspirado em contos de fada para trazer uma atmosfera de magia na entrada da edificação. Entre a fonte e o centro, onde se localiza o primeiro contato visual do palacete com o hóspede, é marcado por um oitão e uma sequência de sacadas finas e harmoniosas. As outras duas extremidades são uma o espelho da outra e também são finalizadas por uma composição de oitões.

Os proprietários do segundo melhor hotel do mundo, Ana Clara Grings Tomazi e Jonas Caliari Tomazi, encomendaram a obra que remete o hóspede à Europa. “Nosso diferencial competitivo passa pelo encantamento, pela experiência de servir com total personalização, e a arquitetura dialoga com essa proposta de luxo e exclusividade“, reforça Jonas.

Texto por: Agência com edição Eliria Buso

Fotos por: Felipe Valduga

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