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Confira as festas juninas de Maceió

O arrasta-pé de Maceió garante mais de dez dias de muita diversão, música e alegria no final do mês de junho. No São João da capital de Alagoas há diversas apresentações todas as noites. No ano passado, moradores e turistas curtiram shows de Ivaldo Maceió, Xameguinho, Tião Marcolino, Elba Ramalho e mais. Há também grandes espaços destinados apenas ao forró pé-de-serra, onde já se apresentaram grupos como Os Abanos do Forró e O Trio Mistura Fina, além de artistas como Chico Santos.

Foto por weslwymenegari.com.br

Aliás, todos os gêneros do forró recebem grande destaque durante esses festejos. Em 2015, foram 10 dias de muita festa no Arraial Central, com 50 trios de forró ou bandas de pífano e outras 40 bandas locais. Nessa época, acontece também o animado Concurso de Quadrilhas Juninas Forró & Folia.

Foto por PEI FON / Secom Maceió (25/06/2015)

Aproveite para dar uma escapadinha para visitar as praias do Gunga, litoral sul de Maceió, Maragogi e Carro Quebrado, em direção ao litoral norte do estado. A cidade histórica de Penedo, quase na divisa com Sergipe também é uma ótima opção de passeio. A cidade é recheada de vários atrativos históricos culturais e ricas construções do período colonial.

Mais informações em: maceio.al.gov.br

As tradições das Festas Juninas

As Festas Juninas, ou Festas de São João, são muito tradicionais no Brasil. O que poucos sabem é que elas tiveram origem na Europa como uma festa pagã, em comemoração à fertilidade da terra e às boas colheitas. Na Idade Média, a festa tornou-se parte do calendário cristão e uma festa da Igreja Católica em homenagem aos três santos: Santo Antônio, conhecido por ser santo casamenteiro, São João e São Pedro. Simpatias e pedidos são feitos aos santos para a realização de sonhos dos fiéis.

Foto por weslwymenegari.com.br

As comemorações chegaram ao Brasil pelos portugueses, durante o período colonial. Das tradições religiosas surgiram os principais símbolos da festa junina, numa mistura entre as culturas europeia, indígena e africana, além da valorização da vida no campo. As festas com barraquinhas com alimentos vendidos para arrecadar fundos para as igrejas, ou as famosas quermesses, tornaram-se cada vez mais populares.

Na região Norte, as comunidades tem o costume de homenagear os seus santos e padroeiros do mês de junho até dezembro. As festas juninas possuem fogueiras, mastros, comida, danças e muito mais. Além delas, principalmente em Belém, Parintins e Manaus, as apresentações folclóricas do boi-bumbá também ganham destaque no mês, com as disputas dos grupos do Boi Caprichoso e Garantido.

Foto por weslwymenegari.com.br

As danças típicas mais populares são a quadrilha, o fandango, o bumba-meu-boi, o lundu e o cateretê. Além de toda essa rica história, a festa junina possui como forte característica as comidas típicas, feitas principalmente à base do milho, mas também de outros ingredientes regionais como pinhão e castanhas. Tem pamonha, curau, cuscuz, canjica, bolo de milho, pipoca, arroz doce, cocada, paçoca, bolo de fubá, bolo de aipim e muito mais.

A famosa pamonha é feita com milho e pode ser doce ou salgada, com temperos diversos como pimenta, queijo ou linguiça calabresa. Também feito com milho ou farinha de tapioca, o cuscuz é um prato popular principalmente no Nordeste. O arroz doce é uma receita feita com arroz e leite, e pode ter ainda leite condensado, canela, cravo e raspas de limão. A canjica, também chamada de mingau de milho branco, é um prato feito com leite comum ou leite de coco, milho branco ou verde ralado e açúcar. Há também o curau ou canjica nordestina.

Foto por weslwymenegari.com.br

Já as principais bebidas são o quentão e o vinho quente. O quentão leva açúcar, gengibre, canela, cravos da índia, cascas de laranja, água e pinga. De acordo com as regiões, a receita pode sofrer modificações. Já o vinho quente é feito com frutas picadas, açúcar, canela, cravo, vinho e água.

As festas juninas também são famosas por suas brincadeiras. As crianças divertem-se com a pescaria, corrida do saco, corrida do Saci-Pererê, pau de sebo, quebra-pote, correio elegante, entre outras. Já as roupas tradicionais das festas remetem aos trajes dos habitantes da zona rural de antigamente. Os homens usam camisas xadrez e chapéu de palha, enquanto que as mulheres usam vestidos decorados com renda e retalhos.

Texto por: Cláudio Lacerda Oliva e Patrícia Chemin

Foto destaque por: weslwymenegari.com.br

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