Embora haja destinos de distâncias variadas e preços para praticamente todos os bolsos e gostos, a necessidade de economizar dinheiro é uma regra quase universal na etapa de planejamento para conhecer novos lugares.
Começar a planejar viagens com a maior antecedência possível, optar por hospedagens econômicas e escolher datas fora da temporada, quando possível, são ótimos primeiros passos. Mas há outros “gargalos” de dinheiro que podem ser fechados de maneiras que muitas vezes não imaginamos, como os seguintes.
Estratégia para pagar mais barato em reservas online
Atualmente, há uma grande quantidade de serviços de pesquisa e reservas virtuais especializados em viagem. Para passagens aéreas ou de ônibus, há sites como Decolar.com, ClickBus, Kiwi e SkyScanner. Para reservas, Booking.com, Trivago, entre outros.
Eles podem ser bastante convenientes e representam um grande avanço sobre a busca manual! Porém, se você instalar uma VPN no iPhone ou no Android que usa na hora de utilizá-los, pode ter uma grande surpresa: às vezes os preços variam sem causa aparente.
Na verdade, sites de vendas virtuais frequentemente alteram os preços conforme a localização ou o dispositivo em que são acessados. Isso é possível porque normalmente os sites localizam cada cliente por meio de cookies do navegador, do endereço de IP e do GPS.
Uma VPN, ou uma rede privada virtual, é um serviço de cibersegurança que estabelece a conexão de um computador ou celular a servidores seguros e dá privacidade a essa navegação. É uma maneira dentro da lei de contornar preços artificiais fixados com base na localização da clientela, potencialmente economizando com reservas em mais de uma etapa da viagem.
Viagem compartilhada
Uma primeira possibilidade nesse sentido é contatar gente que você conhece e com quem tem afinidade em seu círculo social imediato e estabelecer planos de viagem conjuntos. A vantagem adicional aqui é ter uma relação já estabelecida, com afinidade e limites claros.
Por outro lado, se não for possível conciliar seus planos com os de algum parente, amigo ou conhecido, também há hipótese de encontrar na internet pessoas com a mentalidade similar à sua e com vontade de viajar.
Certo, mas a internet é vasta e oferece riscos. Então, onde procurar parceiros de viagem?
O site nacional MesmoDestino se especializa em conectar viajantes em busca de parceiros para seus destinos, e pode ser uma boa fonte inicial de pesquisa. O aplicativo VamoComigo desempenha o mesmo tipo de serviço, mas dedicado exclusivamente às necessidades de segurança especiais femininas. Esses são apenas alguns exemplos de vários serviços existentes do gênero.
Além disso, grupos do Facebook dedicados a encontros entre viajantes também podem ser uma opção, contanto que sua busca seja bastante criteriosa.
Já na hospedagem, além de opções como AirBnB, também é possível tomar uma abordagem ainda mais simples de compartilhamento. Serviços internacionais como o BeWelcome ou CouchSurfing oferecem opções nesse sentido.
Planejar “atividades sensíveis” com folga
Quando viajamos, especialmente em férias de família, tendemos a querer acomodar a maior quantidade de atividades no menor tempo possível. Isso é compreensível, já que o tempo é o nosso bem mais escasso e dedicá-lo de maneira interessante com quem amamos parece ser o melhor dos mundos.
Porém, do ponto de vista econômico, essa atitude pode levar a perdas em algumas “atividades sensíveis”. Sabe aquela conexão de voo cujo atraso pode muito bem comprometer uns três passeios no dia seguinte se atrasar? Ela é uma das tais atividades sensíveis.
Basicamente, colocar alguma disciplina no seu planejamento prévio permite calcular janelas maiores de tempo nessas atividades sensíveis. Além da conexão de voos, considere que o deslocamento de ônibus e transfers podem levar mais tempo.
Se o seu destino é uma grande cidade, coloque na conta algum tempo extra para deslocamento em caso de congestionamento ou para as filas em compras de bilhetes para atrações e esperas de restaurantes. Se é no litoral, não esqueça de computar o tempo da balsa.
Em passeios recreativos de modo geral, vale calcular 20% a mais do tempo esperado para uma dessas atividades. Afinal, você quer descansar e curtir suas férias tão despreocupadamente quanto possível, e não cumprir metas diárias de horário.
Escolha o cartão correto para a viagem
Caso sua viagem seja para o exterior, evite ao máximo utilizar o cartão de crédito para compras e gastos. Exceto pelas lojas aduaneiras estilo duty free, tudo que é gasto no crédito recebe cobrança do imposto sobre transações, o IOF. De gasto em gasto, você acabará com uma conta muito mais cara do que trocando dinheiro em casas de câmbio convencionais, por exemplo.
Como o cartão é prático e relativamente seguro, uma alternativa pode ser carregar um cartão pré-pago com dinheiro antes da viagem. Serviços como o Visa TravelMoney podem ser contratados em várias casas de câmbio ainda no Brasil e, se você precisar recarregar o cartão, poderá fazê-lo pelo exterior.
Porém, se sua viagem planejada é dentro do Brasil, a opção pelo cartão de crédito pode ser boa. Além de organizar os gastos num só meio de pagamento para uma data posterior, você ainda poderá acumular pontos e milhagens para futuras viagens!
Foto destaque por: Anete Lusina via Unsplash