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Cidade do México é uma capital superlativa. Conheça

26 de novembro de 2015

A Cidade do México é superlativa. Metrópole mais antiga das Américas, a segunda cidade mais populosa do mundo, com 21 milhões de habitantes, é dividida em 16 delegações e 300 colonias (seus bairros). Os números e sua grandiosidade a princípio podem assustar os viajantes de primeira viagem. Mas qualquer preocupação se dissipa ao descobrir que ela entrega nas mesmas proporções gigantescas doses de diversão, sabores, cultura e cores.

Cidade do Mexico Divulgação

Foto Divulgação

Igualmente grandes são seus contrastes. Edifícios espelhados convivem com ruínas arqueológicas astecas. Povoados pitorescos mantém o modo de vida dos antepassados enquanto outros bairros são ícones das últimas tendências em moda e design. Você tem a chance de provar pratos que seguem receitas originais do período pré-hispânico ou criações da culinária molecular. E no campo das artes, as obras de Frida Kahlo podem ser admiradas no mesmo dia que estreia a exposição um novo pintor nas galerias de artistas contemporâneos.

Uma das belezas da Cidade do México é descobrir estas dualidades. Constatar que é na convivência harmônica dessas diferenças que reside boa parte de seu charme. Para isso, é preciso considerar pelo menos cinco dias para desbravar seus principais recantos e se deixar envolver pela simpatia característica dos mexicanos e pela atmosfera de umas das megalópoles mais emblemáticas do mundo.

Rotas Culturais

A Cidade do México respira história e cultura em cada esquina. São tantas atrações que poucos dias não bastam para conhecê-las por completo – aliás, uma tarefa difícil de ser realizada inclusive pelos moradores da capital. A maior parte dos principais atrativos se concentra no Centro Histórico. Ele pode ser percorrido a pé, em um roteiro que inclui a Plaza de la Constituición (popularmente conhecida como Zócalo) e a imponente Catedral Metropolitana, a maior e mais importante do hemisfério ocidental, com fachada do Barroco espanhol e cúpula neoclássica.

Também na região, a zona arqueológica do Templo Mayor surpreende com as ruínas da cidade asteca de Tenochtitlán. No Palacio Nacional, observe o famoso mural de Diego Rivera. Suas obras também estão no imponente Palacio Bellas Artes, na Plaza Alameda Central, que reúne ainda peças de outros importantes artistas mexicanos, como Rufino Tamayo, José Clemente Orozco e David Alfaro Siqueiros.

Foto Divulgação

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O Paseo de la Reforma, a principal avenida da cidade, leva a atrações como o Monumento a la Independencia, muito conhecido como Él Angel, por conta da Vitória Alada na sua parte superior; e ao excelente Museo Nacional de la Revolución. Reserve um bom tempo do passeio para curtir com tranquilidade o Bosque de Chapultepec. Além de ser a maior área verde da capital, ele abriga, entre outras atrações, o Museo Nacional de Antropología, o maior do México e um dos mais importantes do gênero no mundo, e o Museo de Nacional de Historia, com destaque para a ala do Alcázar.

Passeios de um ou meio dia levam a outras atrações imperdíveis nos arredores da capital. Em Xochimilco, 28 quilômetros ao Sul, os canais e ilhas artificiais construídos pelos astecas hoje ganham os coloridos dastrajineras (embarcações planas), numa festa que inclui música, comida típica e artesanato todos os finais de semana. A 51 quilômetros a nordeste da Cidade do México, Teotihuacán, fundada por volta de 100 a.C. preserva suas impressionantes pirâmides e sítios arqueológicos. E para um mergulho cultural completo, uma viagem de metrô leva a Coyoacán, cidadezinha colonial onde viveu Frida Kahlo. Sua antiga casa hoje abriga um museu com objetos pessoais, pinturas e obras de arte colecionadas por ela e seu marido, o pintor Diego Rivera.

O que comer

A variedade de sabores da gastronomia da Cidade do México é tamanha que, não importa quantos dias dure a sua viagem, sempre vai voltar com um gostinho de quero mais. Há as comidas típicas das casas tradicionais, o arsenal de ingredientes e temperos inusitados nos mercados e até receitas do México pré-hispânico nos chamados tianguis, as feiras de rua. Isso sem falar nos elaborados pratos criados por chefs que revolucionaram a gastronomia do México e figuram nas principais listas dos melhores restaurantes do mundo.

Um dos que encabeçam esse movimento é Enrique Olvera. No Pujol, ele oferece uma reinvenção da comida mexicana tradicional, com ousadia, técnica e resgate de sabores que valorizam as raízes locais.

Foto via site Quintonil

Foto via site Quintonil

Outro que desponta nesse cenário é o chef Jorge Vallejo, do restaurante Quintonil. Aluno de Olvera, ele é uma estrela em ascensão e tem sido aclamado por suas criações que utilizam produtos nativos e apenas ingredientes da estação – grande parte deles colhidos na horta que mantém no seu restaurante.

Também vale ficar de olho nos chefs Mikel Alonso, Bruno Oteiza e Gerard Bellver. Os três comandam a cozinha do Biko e mesclam a culinária basca e ingredientes mexicanos. O resultado é uma mistura de texturas e sabores que extrai o melhor das duas gastronomias.

Não por acaso, os restaurantes desses renomados chefs estão localizados em Polanco. Ao norte de Chapultepec, o elegante bairro concentra as opções mais sofisticadas da capital. Além dos representantes da nova gastronomia mexicana, há charmosos espaços de culinária contemporânea e internacional.

A viagem gastronômica perfeita pela Cidade do México combina a degustação nesses restaurantes com o melhor da culinária tradicional, servida em casas mais simples e nos tianquis. Você vai se surpreender ao descobrir delícias que vão além da guacamole e dos tacos – os mais conhecidos internacionalmente.

No El Jardín del Pulpo, por exemplo, localizado no Centro Histórico de Coyacán, a refeição pode incluirchiles recheados com mariscos. No Bajío, que tem várias sedes pela capital, a típica comida mexicana inclui pratos como os tamales de feijão envolto em folhas de abacate. E se bater a fome durante uma caminhada, as barracas de rua servem enchiladas, tacos e outros quitutes típicos deliciosos. Só cuidado com a pimenta! Essa, sim, uma tradição inabalável  em qualquer mesa mexicana.

Texto por: Agência com edição Eliria Buso

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