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Chapada Diamantina: um lugar onde as belezas valem mil visitas

Dona de uma natureza exuberante, a Chapada Diamantina já se tornou um dos principais destaques do turismo nacional. Reunindo diversos atrativos naturais e culturais no coração da Bahia, o lugar é destino certo para quem busca paz e tranquilidade ou para quem está atrás de história e aventura.  Salpicado de cachoeiras, grutas, cânions e vales, o Parque Nacional da Chapada Diamantina, que tem uma até de mais de 150 mil hectares, abrange 5 cidades: Lençóis, Palmeiras, Andaraí, Mucugê e Ibicoara e sua sede fica na cidade de Palmeiras.

Foto por Sergio Sousa Photography

Lençóis, na região norte do parque, é a que mais recebe turistas já que possui melhor infraestrutura para atendê-los e fica a 420 quilômetros de Salvador. Seus casarões históricos foram transformados em pousadas, restaurantes, agencias e outros serviços. Alguns dos principais passeios do destino saem de lá, como Marimbus, Fumaça por baixo, Mixila, Cachoeira dos Mosquitos, Serra das Paridas, Rio Mucugezinho, entre outros.

Santuário do trekking, o lugar ficou bastante conhecido por ser um destino roots, mas, hoje em dia, oferece bastante conforto para todo tipo de visitante. Suas trilhas têm dificuldade variada, assim como as opções de esportes para diversos níveis de aventura. Por conta de seu tamanho e quantidade de atrativos, é praticamente impossível visitar tudo de uma vez só. Cada cantinho da Chapada merece uma atenção especial, e isso só pode ser feito com calma. Mas não se preocupe por que vontade de voltar para esse paraíso não vai faltar!

E quando o assunto é trekking, um passeio não pode faltar. É o do Vale do Pati, conhecido como o mais bonito trekking do Brasil. A trilha do Pati pode ser feita em três, quatro ou cinco dias, quanto mais tempo disponível para permanecer no Vale, mais se pode ver. São inúmeros mirantes, canyons e cachoeiras.  A trilha pode ser iniciada no povoado do Guiné ou no Vale do Capão, mas o que define o percurso é principalmente o número de dias disponíveis para fazer a trilha, são em média 6 a 7 horas de caminhada por dia.

Foto Jota Marincek

Após adentrar o vale, as atrações que preenchem o trekking são: Cachoeirão por Baixo, Cachoeira dos Funis, Morro do Castelo, Mata do Calixto e Cachoeira do Calixto.

A vasta Mata Atlântica, campos floridos e planícies de um verde sem fim dividem a paisagem com toques de caatinga e cerrado. Imensos paredões, desfiladeiros, cânions, grutas, cavernas, rios e cachoeiras completam o cenário de rara beleza da Chapada Diamantina. Inicialmente habitada pelos índios Maracás, a ocupação de fato da região remonta aos anos áureos da exploração de jazidas e minérios, a partir de 1710, quando foi encontrado ouro próximo ao Rio de Contas Pequeno, marcando o início da chegada dos bandeirantes e exploradores. Em 1844, a colonização é impulsionada pela descoberta de diamantes valiosos nos arredores do Rio Mucugê, e os comerciantes, colonos, jesuítas e estrangeiros se espalham pelas vilas, controladas e reguladas pela força da riqueza. A atividade agropecuária tomba diante da opulência do garimpo.

Reduto de belezas naturais, a Chapada conta com uma diversidade grande de fauna e flora. São mais de 50 tipos de orquídeas, bromélias e trepadeiras, além de espécies animais raras, como o tamanduá-bandeira, tatu-canastra, porco-espinho, gatos selvagens, capivaras e inúmeros tipos de pássaros e cobras. O Parque Nacional, criado na década de 80 do séc. XX, atua como órgão protetor de toda essa exuberância.

Um dos atrativos mais requisitados e famosos da Chapada Diamantina, o Morro do Pai Inácio, apesar de possuir 1.120m de altitude, é de fácil acesso. Este ponto turístico do Parque Nacional da Chapada Diamantina, pertence ao município de Palmeiras e quem o visita não esquece jamais o visual visto de cima do morro. Dos 250 metros do topo do Morro do Pai Inácio se avista o Morro do Camelo, o Vale do Capão e o Morrão, sem falar de um dos cartões postais mais lindos da Chapada da Diamantina: o pôr do sol do Morro do Pai Inácio.

Para chegar até o Morro do Pai Inácio na Chapada Diamantina, o acesso é relativamente fácil e a trilha está localizada a margem da BR-242 e está situada a cerca de 27 quilômetros de Palmeiras e a 26 quilômetros da cidade de Lençóis. A trilha apresenta um pouco de dificuldade, pois é íngreme, mas nada que não seja possível de se fazer para quem está acostumada com subidas.

Foto por João Ramos – Bahiatursa

O Morro, além de ser uma das atrações mais visitadas da Chapada Diamantina, é também sinônimo de lendas e mistérios na região. Os antigos contam que o nome de originou a partir de uma história que um escravo teve um romance com uma filha de um rico fazendeiro e o namoro resultou numa gravidez. O escravo, com medo da intolerância da época, fugiu para o morro e do alto pulou com um guarda chuva aberto, desaparecendo assim, para sempre.

Onde ficar

Em Lençóis, há grande variedade de pousadas, hotéis e hostels para todos os tipos de viajantes. Em Vale do Capão e Mucugê também existem boas pousadas, das mais simples até as mais luxuosas. Veja algumas opções em cada cidade:

Lençóis

Hotel Canto das Águas

lencois.com.br

Alcino Estalagem

alcinoestalagem.com

Vale do Capão

Villa Lagoa das Cores

lagoadascores.com.br

Pousada Lendas do Capão

lendasdocapao.com.br

Mucugê

Pousada Monte Azul

pousadamonteazul.com.br

Pousada Mucugê

pousadamucuge.com.br

O que comer

A região conta com uma grande variedade de pratos regionais. Estando no interior baiano, vale experimentar o godó de banana, o cortado de palma e o arroz de garimpeiro. Assim como na hospedagem, é em Lençóis onde se come melhor.

Cozinha Aberta

cozinhaaberta.com.br

O Bode

(75) 3334-1600

Pastelaria da Dalva

(75) 3344-1140

Texto por: Eliria Buso

Foto destaque via Istock/  Gervanio

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