Chamonix Mont Blanc é um dos destinos mais populares da França, quando o assunto é turismo de inverno, pois é onde estão algumas das melhores estações de esqui do mundo, além de claro, Mont Blanc, a montanha mais alta dos Alpes e da Europa Ocidental.
Dentre tanto charme da cidade cercada por Alpes, o frio contrasta com o calor dos locais e visitantes.
Muitos turistas animados circulam, restaurantes com vistas pitorescas seduzem pelo aroma de suas iguarias, hotéis com excelente padrão de conforto exibem seu luxo rústico natural e o entra e sai das lojinhas artesanais francesas arrancam sorrisos daqueles que já se apaixonaram por Chamonix e buscam um souvenir para eternizar a experiência.
Um encanto de lugar!
Quem frequenta Chamonix Mont Blanc
Aos finais de semana e feriados é comum notar um maior número de franceses, italianos e suíços, já que Chamonix fica em uma região de tríplice fronteira (entre estes países acima).
Contudo, o perfil turístico dos viajantes é bem diversificado, pois há grupos de jovens interessados excursões pela cidade, outros que querem esportes de inverno, famílias com crianças pequenas sendo puxadas por trenós e aventureiros realmente corajosos, que escalam o Mont Blanc.
A experiência no Aiguille du Midi
Muitas pessoas vão a Chamonix para pelo menos chegar perto do Mont Blanc e o mais perto que dá para chegar, sem ser a pé, escalando ou sobrevoando, é de teleférico, que permite chegar até o Aiguille du Midi (a 3842 metros).
Aliás, esse passeio é a principal atração turística da cidade.
Contudo, muitos desconhecem a sua excelente infraestrutura (com teleféricos, túneis de calefação e escadas), que pode suportar até quem não tem experiência nenhuma na neve.
No meu caso, apesar de praticar esportes e ter alguma resistência física, fiquei apreensiva com o fato de a capacidade respiratória ser reduzida em até 35%.
Então, eu segui com o padrão do passeio e contei com os teleféricos para chegar ao cume do Aiguille du Midi.
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As sensações do corpo e o caminho para chegar ao topo do Aiguille du Midi
A subida ao Aiguille du Midi acontece em 2 etapas.
Primeiramente, é pego um teleférico de Chamonix até Plan de l’Aiguille.
No momento de espera para o outro teleférico, as pessoas começam a puxar com mais força o ar, mas ainda não são sentidas as mudanças no corpo, pois o espaço para deslocamento é muito curto.
Quando o outro teleférico finalmente chega para fazer o final do percurso, até Aiguille du Midi, a primeira coisa percebida é o aumento do frio.
Em Chamonix, no meu caso, fazia 1°C ou 2°C e, logo que pisei no Aiguille du Midi (cerca de 15 minutos depois), já estava -20°C.
RECOMENDAÇÕES:
Uma mudança bem grande de temperatura exige roupas térmicas e impermeáveis de boa qualidade, até porque pode nevar lá em cima.
Use roupas adequadas para o vento também, pois, no topo, é o que mais incomoda. Proteja bem as extremidades do corpo, como pés, mãos, cabeça e não esqueça do pescoço também!
Se for fazer esportes de neve, use roupas bem coloridas para chamar a atenção de autoridades, em caso de acidentes ou tempestades.
Logo que se sai do teleférico, os visitantes são direcionados ao túnel de calefação (bem na porta do transporte).
Neste momento, percebi o meu corpo pesado e qualquer passada mais larga já me deixava ofegante e com dor de cabeça.
Aprendi bem rápido que precisava dar passos curtos e de forma bem lenta, para a exaustão imediata e as vertigens não cancelarem o passeio até os principais pontos de observação da montanha.
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Subia lentamente degrau por degrau, abria uma porta ou outra dos túneis de calefação, com muita cautela, e por todo o passeio não tive problemas. Realmente, foi bastante tranquilo até o término.
Você sabia?!
Falando sobre a falta de ar, um dado muito interessante é que Mont Blanc (4810 metros), apesar de ser muito alto, não chega nem perto do Everest (8848 metros).
Quem sobe o Everest tem a capacidade respiratória reduzida em 70%.
O que vi do topo do Aiguille du Midi
Lá no topo da montanha tem uma cápsula de vidro, em que as pessoas entram para tirar fotos e demonstrar a sua coragem.
É legal pisar num chão todo transparente e que nos passa a sensação de ser frágil, quando se tem um imenso precipício como pano de fundo.
No verão, este espaço interativo também fica aberto para os visitantes, porém, quem dá vida às montanhas são os alpinistas e os adeptos às trilhas.
Aliás, dizem que Chamonix foi o berço do alpinismo, mas não se sabe se esta afirmação é verdadeira.
Para quem não é recomendado o passeio
Não recomendo para crianças, idosos mais sensíveis, pessoas com dificuldades para respirar e para quem tem medo de altura.
De resto, realmente vale a pena, pois é uma experiência interessante e a paisagem é linda lá de cima.
Além da famosa montanha, recomendo, durante o inverno, um passeio a Mar de Glace. Da estação central sai um trem e, em cerca de 15 minutos, chega à atração.
Lá peguei outro teleférico que desceu um pequeno trecho até uma escadaria que parece não ter fim.
Desci uns 30 minutos sem parar, até chegar a uma caverna de gelo cheia de esculturas e luzes. Uma excelente experiência.
Onde esquiar em Chamonix
Chamonix é ideal para todos os níveis de esqui, desde para os que estão começando, até os mais avançados.
Veja abaixo os melhores lugares para esquiar de acordo com o seu conhecimento no esporte:
Iniciantes
- La Savoy
- La Vormaine
Intermediários
- Les Houches
Avançados
- Brevént (em Aiguilles Rouges)
- Aiguille du Midi
- Les Grands Montets
Chamonix Mont Blanc é perto de tudo!
- De Genebra, na Suíça, a apenas 82 km
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- De Milão, na Itália, a apenas 240 km
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- De Lyon, na França, a apenas 224 km
- De Annecy, na França, a apenas 101 km
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Por Leda De Luca
Fundadora do blog aresdomundo.com, sobre turismo de luxo, cultura e lifestyle.
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