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Cenários históricos e Mata Atlântica preservada em Morretes

Foto por Guilherme Portela

Às margens da baía de Paranaguá está Morretes, uma cidadezinha cheia de charme e traços históricos, fundada por jesuítas. A região, que encanta a todos que a visitam, se divide entre lugares onde a natureza é praticamente intocada e ruas centrais donas de uma arquitetura impressionante, datada de meados do século 18.

Apesar de não estar entre os destinos brasileiros mais badalados, Morretes tem uma grande diversidade de atrações para todos os gostos de idades. A começar pelo centro, onde as construções históricas chamam a atenção por sua beleza e preservação e servem de abrigo para museus e espaços culturais. Uma delas é a Galeria de Arte Mirtillo Trombini, um espaço filantrópico que realiza exposições permanentes retratando a história da idade por meio de pinturas do artista plástico Mirtillo Trombini. Possui salas expositivas, espaço de convivência e um Cantinho da Leitura.

Foto: Carlos Reis via flickr

Não deixe de conhecer, também, as belas igrejas de Morretes. A Igreja de São Sebastião do Porto de Cima, por exemplo, foi totalmente restaurada e tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná. De origem portuguesa e com características coloniais, ela foi construída na primeira metade do século 19 e inaugurada em 1850.

Os arredores da cidade são formados por lugares incríveis, onde é possível realizar diversas atividades radicais em meio à natureza. Aqueles mais radicais podem se aventurar nas trilhas no meio da mata, no trekking dentro do Parque Estadual do Marumbi ou no bóia-cross pelas águas do Rio Nhundiaquara.

Foto: Guilherme Scholz Portela via flickr

Outra dica indispensável é se deliciar nas águas do Rio dos Macacos. Ele cai de uma altura de 70 metros, sobre uma laje granítica, formando uma piscina natural. Em seguida, como um degrau, forma outro Salto o Redondo, com cerca de 40 metros de queda livre e 20 metros de largura, um verdadeiro espetáculo que pode ser observado de longe, durante a viagem de trem ou litorina. Para conhecer de perto há duas opções de caminhos de acesso: por ferrovia, desembarcando na Estação do Marumbi, ou via Porto de Cima pela Estrada de Prainhas.

A viagem à Morretes começa antes mesmo de chegar ao destino. As estradas que levam à cidade estão entre as mais belas do país, compostas por paisagens panorâmicas, Mata Atlântica e cachoeiras. Seja de carro ou trem, o percurso é inesquecível.

Para os que optam pelo passeio de trem até Morretes, há duas opções; o Trem da Serra do Mar Paranaense Turístico e o Litorina de Luxo. Quem gosta de sentir o cheiro da natureza e a brisa batendo no rosto, a melhor opção é o trem turístico, que permite manter as janelas abertas e oferece um passeio mais descontraído. Já na Litorina de Luxo, o percurso é regado a champagne, dentro de um vagão delicadamente decorado. A Litorina de Luxo é a única deste porte no Brasil e faz o trecho premiado, entre Curitiba e Morretes, em uma ferrovia centenária que guarda muitas histórias.

Foto: divulgação/Serra Verde Express

Depois de se deslumbrar com as paisagens da serra paranaense pelos trilhos, os visitantes desembarcam na cidade de Morretes para um almoço especial com o prato típico da região, o barreado, no Restaurante Estação Graciosa. A volta para Curitiba acontece ao final da tarde e o trem passa pela Estrada da Graciosa, um antigo percurso dos tropeiros, em meio à mata atlântica. O cenário é belo por igual ao da ida, mas com paisagens diferenciadas e contemplado pelo pôr do sol.

Como chegar:

Se for de trem, a Serra Verde Express é a empresa responsável por todo o transporte ferroviário. Mais informações: serraverdeexpress.com.br

De carro, pela BR 277, depois da descida da serra, no km 29, seguir pela PR 408 ou ainda pela Estrada da Graciosa a partir da BR 116, no Portal da Graciosa pegar a PR 410. Morretes está a 68 km de Curitiba.

Onde ficar:

Pousada Dona Siroba – pousadadonasiroba.com.br

Pousada Estância Maktub – estanciamaktub.com.br

Pousada Graciosa – pousadagraciosa.com

Texto por: Andressa Volpini

Foto destaque: Guilherme Scholz Portela via flickr

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