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Casablanca: imortalizada por Hollywood

Foto por Istock/ silverjohn

Marrocos é um daqueles destinos que quem gosta de viajar sonha em um dia conhecer. A hospitalidade do povo marroquino e a diver­sidade de cenários no país impressionam os visitan­tes. Considerada uma das civilizações mais antigas do mundo, recebeu influência árabe, berbere, africana e europeia, que pode ser vista e apreciada na cultura, gastronomia, arquitetura e nas artes.

Apesar de não ser o principal destino turístico do Marrocos, Casablanca, a maior cidade do país me­rece ser incluída nos roteiros de viagem, mesmo que seja entre uma conexão e outra da Royal Air Ma­roc, companhia aérea marroquina que tem voos di­retos a partir de São Paulo e Rio de Janeiro.

Foto por Istock/ Leonid Andronov

Principal centro comercial e financeiro do Marro­cos, a cidade também é mundialmente conhecida pelo filme do mesmo nome. Sem dúvida é um desti­no que vive no imaginário de quem gosta de cinema. Ela ganhou fama internacional por causa do filme

“Casablanca”, de 1942, estrelado por Humphrey Bo­gart e Ingrid Bergman. Embora nenhuma cena tenha sido gravada lá, é considerado um dos maiores fil­mes da história do cinema americano. Foi indicado a oito Oscar e levou três estatuetas: Melhor Filme, Melhor Diretor (Michael Curtiz) e Melhor Roteiro.  O clássico da Sétima Arte conta a história do ame­ricano Rick Blaine, que vive e trabalha na cidade marroquina. Ele é proprietário do Rick’s Café, local frequentado por nazistas, funcionários franceses, re­fugiados e até criminosos. Um grande amor do seu passado, Ilsa Lund, ressurge no seu bar ao lado do marido, Victor Laszlo, herói da resistência tcheca. O reencontro reacende o amor entre os ex-amantes.

Para se sentir no clima do filme, vale uma visita ao Rick’s Café Casablanca. A casa elegante foi cons­truída em uma antiga mansão contra as muralhas da Medina – a parte mais antiga da cidade. Apresenta excelente menu, boa carta de vinhos e, claro, o pia­nista Sam para tocar “As time goes by”, novamente.

A cidade combina infraestruturas modernas e bair­ros antigos. Na primeira metade do século 20, quan­do ainda vivia sob o protetorado francês, arquitetos europeus mudaram o visual de Casablanca. Por isso, apresenta diversos edifícios com fachadas em estilo art nouveau e art deco – principalmente no Boule­vard Mohammed V.

A cidade concentra a maior parte da indústria de Marrocos e é destino de muitos navios de  cruzeiros. Tem um grande porto, construído em 1919, e para guiar as embarcações, o farol El Hank (161 metros de altura) reina soberano. No centro estão a Praça Mohamed V e as catedrais de Sacré Coeur e de No­tre Dame. Ao Sul, o bairro de Habous lembra o período colonial francês. Construído na década de 1920, guarda ruas pitorescas, pequenas praças e ar­cos de pedra.

Foto por Divulgação/ Turismo do Marrocos

Virada para o Oceano Atlântico, Casablanca tem um calçadão a beira-mar, o La Corniche repleto de bares, restaurantes e clubes com piscinas privativas. A praia não tem um visual bonito como as que esta­mos acostumados no Brasil, mas é muito procurada pelos marroquinos. Por causa dos costumes culturais e religiosos, a maioria entra na água usando roupas.

MESQUITA HASSAN II

Maior destaque turístico local, a mesquita Hassan II é considerada uma das mais belas do mundo. Com um minarete de 200 metros de altura é a mais alta do planeta. Um equipamento emite raios de laser du­rante a noite, apontando em direção a Meca e podem ser vistos por muitos quilômetros. A obra que teve início em 1985 e inaugurada em 1993, foi projetada pelo arquiteto francês Michel Pinseau e foi edificada com vista para o Atlântico – parece que paira sobre as águas – e custou aproximadamente 600 milhões de euros. Milhares de operários e artesões marroquinos trabalharam na obra que tem 78 pilares de granito, mármore e ónix. A esmerada decoração tem mosai­cos em cedro, mármores, azulejos, bronze e ouro.

Grandiosa, o principal salão de orações tem 20 mil metros quadrados e capacidade para receber 25 mil fiéis, além de dois mezaninos dedicados às mulheres. Sua área exterior tem capacidade para 80 mil pessoas.

Foto por Istock/ Daniel_Keuck

Possui tecnologia como resistência sísmica, assoalho aquecido, portas elétricas, 41 fontes de mármore em forma de flor de lótus para a purificação e um teto retrátil de 1,1 tonelada, que pode ser aberto em cin­co minutos, permitindo que os fiéis possam rezar ilu­minados pela luz natural. O complexo religioso inclui, ainda, uma madraça (escola de estudo do Alcorão, o livro sagrado do islamismo), biblioteca, museu e vá­rias salas de conferências.

É a única mesquita no Marrocos que permite a en­trada de não-muçulmanos em visitas guiadas. Mas atenção para os horários: sábado a quinta-feira, às 9h, 10h, 11h, 12h e 15h.

O roteiro turístico em Casablanca deve incluir também visitas aos seguintes locais:

Igreja de Nossa Senhora de Lourdes – Localiza­da bem no centro da cidade, possui vitrais coloridos com representação de cenas da vida de Cristo. Na parte exterior está a representação da gruta onde apareceu a Nossa Senhora em Lourdes, na França.

Foto por istock/ mohamed rouggani

La Scala – Forte do século 18 construído a man­do do sultão Mohamed Ben Abdallah para a defesa da cidade. Atualmente um restaurante funciona no local, que tem um belo jardim andaluz com os anti­gos canhões virados para o mar.

Parque da Liga Árabe – A maior e mais aprazível área verde da cidade. Ideal para desfrutar os ca­minhos sombreados e saborear um chá de menta neste cenário encantador.

Se estiver com tempo, vale à pena esticar até alguns destinos fora da cidade:

Foto por istock/ Leonid Andronov

Azemmour – Uma pequena localidade fortificada na margem do Rio Oum Er R’bia. Com influência portu­guesa, mantém a ruína da Casbah com muralhas e uma torre com janelas em estilo gótico.

El Jadida – Um pouco mais longe, essa cidade for­tificada no litoral também recebeu influência por­tuguesa. Sua arquitetura bem preservada apresen­ta estilos das culturas europeia e marroquina. Tem torres, muralhas, ruelas e majestosos arcos da cis­terna (classificados como Patrimônio Mundial pela Unesco). Serviu de cenário para o filme “Othello” de Orson Wells.

Foto por Istock/ LUKASZ-NOWAK1

Lagoa de Oualidia – Localizada entre El Jadida e Safi, tem água azul-turquesa e uma convidativa praia. Também é muito procurada por causa dos peixes frescos, ostras e mariscos.

COMO CHEGAR

A empresa aérea Royal Air Maroc (royalairmaroc.com/pt-pt) é a única a oferecer voos diretos de São Paulo e Rio de Janeiro para Casablanca. O tempo de voo é de 9 horas em média, a bordo dos modernos Boeing 787 Dreamliner com 256 assentos na classe econômica e 18 poltronas que se transformam camas na posição totalmente horizontal na classe executiva. São cinco voos semanais de São Paulo e dois do Rio de Janeiro.

ONDE COMER

A gastronomia do Marrocos recebeu influência dos povos nômades do deserto, mediterrâneos, árabes e franceses. Os pratos mais tradicionais são o cuscuz de semolina e o tajine – cozido de carne, peixe, frango e legumes preparados em panela de barro. O tempero das carnes leva mel, frutas cítricas, açafrão e pimentas. O Kebab é opção saborosa e barata. O chá de hortelã completa a refeição. Além da cozinha marroquina, Casablan­ca tem restaurantes bérberes, franceses, mediterrâneos, espanhóis, judeus e por­tugueses.

Rick’s Café Casablanca – Rua Sour Jdid, 248

Brasserie Marcel Cerdan – Bd. El Meskini, 104

Le Basmane – Boulevard de la Corniche

Le Firdaous – Av. des Forces

Armées Royales, 160

La Bodega – Boulevard Ben

Abdellah, 129

La Sqala – Boulevard des Almohades

Al-Mounia – Boulevard de Paris, 36

ONDE FICAR

Casablanca oferece hotéis das principais redes internacionais. Há opções para to­dos os gostos e bolsos.

Texto por: Roberto Maia. O jornalista viajou a convite do Turismo do Marrocos, voando Royal Air Maroc e com a proteção do seguro-viagem da GTA – Global Travel Assistance.

Foto destaque por Istock/ silverjohn

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