O Museu de Congonhas, em dois anos de atividade, se tornou um dos principais exemplos no país de mobilização popular, com ações voltadas para memória, pertencimento e valorização do patrimônio material e imaterial do seu entorno. Recentemente foi lançado o Programa “Museu para Todos” – conceito que norteará as atividades de sua diversificada programação em 2018. São exposições, apresentações artísticas, pesquisas de recuperação de acervos, ações educativas e oficinas que pretendem atingir um horizonte mais amplo possível da sociedade. Este novo programa do Museu de Congonhas conta com o patrocínio das empresas CEMIG e CSN.
A reflexão sobre diversidade, pertencimento e interatividade está no foco da ampla agenda de atividades. A partir do tema, o Museu de Congonhas convidará turistas, visitantes, crianças, jovens, idosos, beneficiários de programas sociais, associações comunitárias, trabalhadores para visitar e revisitar o espaço e participar das diversas atividades a serem desenvolvidas nos próximos meses.
O diretor do Museu de Congonhas, Sérgio Rodrigo Reis, afirma estar muito motivado com as perspectivas do Museu de Congonhas para esse ano de 2018.
Museu para Todos iniciativa inédita
O Programa “Museu para Todos” é uma iniciativa inédita, promovida em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, que pretende unir os principais municípios de Minas, que detém o título de “Patrimônio Cultural Mundial” – Ouro Preto e Congonhas -, na promoção de circulação cultural no interior. Vários eventos artísticos serão compartilhados entre o Museu de Congonhas, o Teatro Casa da Ópera de Ouro Preto e outras instituições das duas cidades, no momento em que celebram os 280 anos de nascimento de Antônio Francisco Lisboa, artista que deixou obras importantes nas duas cidades. A parceria também se estenderá em distritos dos municípios, que receberão ações de formação e educação a partir das atividades desenvolvidas pelo Museu de Congonhas.
O programa começa com uma campanha colaborativa que pretende construir, a partir das caligrafias dos usuários da instituição, a logomarca que norteará todas as peças gráficas a serem criadas e desenvolvidas no decorrer do projeto. Ao lado das letras de personalidades famosas que possuem vida e obra retratadas no Museu, estarão as de anônimos, aplicadas em cores “quentes”, retiradas da paleta presente nas obras que Aleijadinho deixou no Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas. Como desdobramento das ações será desenvolvido, em parceria com IFMG – Campus Congonhas, a coleção de “Tintas Congonhas”, a partir de pigmentos encontrados na paisagem local, que servirão para atividades educativas e até para a pintura do patrimônio edificado do entorno.
Poesia e Música no Museu
Poesia e Música no Museu – De março a julho, o Museu de Congonhas recebe a primeira temporada do projeto “Poesia e Música no Museu”. Realizado com curadoria do pesquisador de Música Popular Brasileira e professor da PUC-Rio, Júlio Diniz, o projeto trará artistas de projeção nacional, em eventos que vão aliar conhecimento, bate-papo e música. O primeiro convidado será o cantor, compositor e músico baiano Moraes Moreira, no dia 21 de março, às 20 horas. Já estão confirmados também bate-papos musicais com Alice e Danilo Caymmi (abril) e Toni Garrido (maio).
Parceria com o Canal Futura – No dia 10 de março será lançada a Temporada 2018 do “Programa de Mídia-Educação do Museu de Congonhas”. O projeto, com curadoria do João Alegria, gerente geral do Canal Futura, após primeira temporada voltada para a formação de pedagogos, agora se volta para a aplicação prática do conteúdo em novas mídias em distritos de Ouro Preto (Miguel Burnier e Mota) e Congonhas (Lobo Leite). A parceria com o Futura se desdobrará em outras atividades, como o “Maleta Futura”. A partir de 28 de março trará atividades como a exibição do documentário “Travessias de Olhares”, sobre a diversidade da juventude. A projeção do filme seguirá de um bate-papo com os personagens do filme. Ao longo do ano, a “Maleta” abrirá perspectivas para discutir ainda assuntos ligados ao universo jovem, um dos principais públicos da instituição.
Programa de Educação Patrimonial e Artístico – Um dos principais públicos pretendidos pelo Museu de Congonhas são os dos jovens estudantes. Para aproximar-se deste universo, o Museu passou a oferecer um conteúdo que complementa as atividades dos temas transversais desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Educação em sala de aula, especialmente nas ações de Educação Patrimonial e a Cultura. Em torno de sete mil alunos serão beneficiados pelas atividades nas escolas e em projetos específicos como “Arte na Escola”, “Semana Nacional de Educação Infantil” e a “Festa Literária de Congonhas”.
O Museu de Congonhas receberá importantes mostras em 2018. Em abril, a desenhista, entalhadora e gravadora mineira Lyria Palombini apresenta séries inéditas de gravuras sobre Congonhas e ainda uma coleção em homenagem a Tiradentes. Outro projeto em andamento é a exposição em homenagem à vida e obra de José Arigó, um dos maiores médiuns brasileiros. Nos últimos dois anos, foram adquiridos acervos, coletados depoimentos, publicações e filmes que serão exibidos em uma grande homenagem a este importante personagem da cultura nacional. Ainda em 2018 acontece uma exposição coletiva reunindo alguns dos melhores presépios vencedores do concurso promovido, há 40 anos, pela Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP).
Programa Educativo – As visitas de grupos agendados ganharão mais vida com intervenções lúdicas. A partir de dinâmicas, técnicas teatrais cênicas, fotografias e recursos tecnológicos, todos os meses serão oferecidos mediações diferentes a estudantes e turistas. Em março será a vez da mediação “Quem conta um conto…”; em abril: “Quem faz a história”; em maio: mediação tátil “Ver e sentir” e, em junho, mediação fotográfica.
Mais informações congonhas.mg.gov.br
Texto por: Agência com edição Cláudio Lacerda Oliva
Foto destaque por Ana Lucia Guimarães