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Burlesque: estreia em alto nível

Um casamento milionário, dotado de incrível cenário e total interatividade entre noivos e convidados, neste caso, o  público.  O inspirado show “Banquete” – mistura de comédia,  sensualidade e incríveis coreografias alavancadas por elevadores e  luzes promete iluminar ainda mais  as noites da cidade. A casa de shows Burlesque estreia em alto nível.

Burlesque: a caricatura do cotidiano. Foto: Renato mangolin

A mistura  de musical, teatro e gastronomia deu início a uma requintada casa de Shows na Rua Augusta, em São Paulo: a Café Burlesque – Paris 6 By Night.  O projeto surgiu da amizade entre proprietários do restaurante Paris 6,  Isaac Azar, e  Sandro Chaim, da Chaim Produções. Inspirados em casas de espetáculos de Nova Iorque e cabarés parisienses (e até mesmo Argentinos), amadureceram a proposta de entretenimento do gênero para São Paulo.  “Começou em fevereiro do ano passado essa  ideia. Em setembro, ela foi consolidada e começou a se construir o projeto. A Paris 6 cuida da parte de estafe: garçons  e toda a equipe da casa,  e a Chaim, da programação”, explica Francine Storino, produtora da peça.

Toda a apresentação de “Banquete”, do diretor e coreógrafo Maicon Clenk, gravita (literalmente) ao redor de um casamento milionário. No decorrer do evento, vários quadros de constante sensualidade se alternam em meio a danças acrobáticas de solo e aéreas, números de ilusionismo e muita comédia burlesca, cuja proposta caricata do cotidiano encontra equilíbrio e beleza irradiados em luz e som.   Storino conta que a casa foi muito inspirada em  Moulan Rouge (Paris)  e em outra de Nova Iorque, a Crazy Horse. Ao se concluir toda a idealização do projeto, os  sócios passaram a  planejar a divulgação. “Banquete” estreia em 19 de agosto.

18 artistas se contracenam em palco com três tipos de elevadores. Foto: Renato Mangolin

O espetáculo, um apanhado do que se foi conhecendo em viagens realizadas pelos sócios, teve ao longo dos ensaios diversas adaptações. ” O Sandro Chaim chegou  já com a gente criando shows. Ele foi para a Argentina, trouxe coisa nova. Então é meio que na união de varias coisas diferentes e criações próprias também, porque o Sandro nessa parte artística é muito exigente. A   gente está se adaptando à casa, ao show, enfim, é um processo”, explica Storino. Os figurinos foram assinados pelo estilista Fause Haten, além do  visagista Anderson Bueno, a iluminadora Drika Matheus, o DJ Felipe Venâncio e o cenógrafo José Carlos Serroni. 

O espetáculos se equilibra na beleza irradiada de luz e e envolvida em sons. Foto: Renato Mangolin

Os ensaios começaram em fevereiro numa sala onde foi montada a estrutura de circo e posteriormente transferida para o local do evento, ao lado do teatro Procópio Ferreira.No palco, três elevadores verticais, dois deles fixos e um terceiro que também gira para ambos os lados, produzem incríveis efeitos visuais,  além de um trole que sustenta toda a parte aérea da apresentação.

Do alto, um trole sustenta toda a apresentação aérea executada por artistas acrobatas. Foto: Renato Mangolin

 Ao todo, foram cinco meses de intenso trabalho de lapidação, conta Storino. “É  tudo delicado,  eu mesma trabalho na Chaim há anos e pra gente foi muito desafiador ,  porque é diferente falar de musical e de um show que tem musical, circo e comédia. Normalmente seriam três meses”, avalia.

No palco,  18 artistas, entre atores e dançarinos se contracenam: os noivos, um velhinho senil, a empregada, a anã, sempre em situações burlescas e muito divertidas.  Storino explica que alguns, por ocuparem  funções específicas no placo, foram escolhidos a dedo. Há  artistas do Beto Carreiro World, brasileiros que atuavam em Nova Iorque e México.  “Infelizmente aqui no Brasil a gente não tem tanto acesso a esse tipo de artista, então  tem que convidar”, justifica. É o caso da ginasta de São Bernardo do Campo Laís Camila, que já estava em turnê pelo Cirque du Soleil havia quatro anos no espetáculo Quidam. A jornada foi intensa: um ano e meio nos EUA, depois Europa, Coreia do Sul, Tailândia e finalmente Oceania. Já próximo ao encerramento do Quidam, a aerialista, que iniciou sua carreira aos 12 anos de idade, ouviu a proposta do projeto do Paris 6 e não teve dúvidas: “vivi bastante coisa em quatro anos lá. Mas estava pronta para voltar pra casa também. Cada semana um lugar diferente, uma cama diferente, travesseiro, com saudade de família, amigos, desapego total, né? Eu só viajava, ficava em hotel, não tinha cozinha. Voltar pra casa é bom também”, conclui.

 

O uso de elevadores permite efeitos surpreendentes. Foto: Renato Mangolin

Ao todo, cerca de 120 profissionais, entre técnicos, administração, marketing, garçons  etc., atuam na realização do espetáculo. O conceito de “dinner show” será aplicado durante o intervalo. O  jantar terá os pratos selecionados do cardápio servido nos restaurantes do Paris 6.  Depois, começa a balada, promovida pelos DJs. A casa tem capacidade para cerca de 300 expectadores.

O show foi inspirado em diversas casas de show de outros países. Foto: Renato Mangolin

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