A pitoresca comuna de Biertan, situada no distrito de Sibiu na região da Transilvânia, é uma das sete aldeias Saxon declaras como Patrimônio Mundial pela Unesco. O lugar ganhou esse título por ter “congelado” no tempo. As carruagens puxadas por cavalos ainda fazem parte do cotidiano e os moradores locais se reúnem para trocar seus produtos em uma praça de paralelepípedos. No coração da aldeia há uma igreja fortificada do século 15 – uma das principais atrações de Biertan – e é um dos destinos onde os moradores e turistas podem aproveitar o sol até as 20h30.
Na Romênia, em especial na Transilvânia, há muitas igrejas fortificadas. Pelo menos em cada povoado tem ao menos uma. Mas a de Biertan é de cair o queixo, considerada até mesmo uma obra-prima. Diferente de algumas cidades da Europa, por lá poucos castelos foram erguidos para os homens ricos, diferente das igrejas, que estão por todos os lados cercadas por muralhas e torres de proteção, para impedir a dominação pelos povos inimigos.
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A Biserica Fortificada de Biertan é mais um dos patrimônios da humanidade da Romênia, graças à sua rara beleza. Dentro do recinto da igreja, ao longo de uma das suas muralhas, há um pequeno prédio com uma pequena sala, conhecida como “prisão conjugal”. Durante 300 anos, os casais que estavam com problemas no casamento ficavam trancados por até seis semanas pelo bispo local, na esperança de que eles solucionassem o tal problema e evitassem o divórcio – pode parecer assustador para alguns, mas esse método foi muito eficaz naquela época e, até hoje, alguns casais modernos da aldeia procuram esse lugar.
Atualmente essa pequena e escura prisão abriga um museu completo. A sala de teto baixo e paredes grossas está equipada com uma mesa, uma cadeira, um armário de armazenamento e uma cama tradicional saxã, que parece pequena o suficiente para pertencer a uma criança. Conforme os casais ficavam neste pequeno espaço, tudo tinha de ser compartilhado, de um único travesseiro e cobertor para a configuração da mesa solitária.
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Como funcionava: um casal que procurava o divórcio visitava voluntariamente o bispo, que os enviava para a prisão conjugal para resolver as diferenças.
Apesar da história, se estiver passeando pela aldeia vale a pena visitar e se encantar pela arquitetura local, os caminhos e fazer uma visita a esse pequeno museu.
Texto por: Caroline de Oliveira com informações do bbc.com
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