Líder na manutenção da sustentabilidade e conservação, o Panamá é um um destino de pesca esportiva que abriga as mais diversas e procuradas espécies de peixe consideradas “troféus” – que são aqueles mais raros em espécie, tamanho e peso. Assim, as costas dos Oceanos Atlântico e Pacífico servem como porta de entrada para viajantes e entusiastas da pesca, que podem aproveitar a temporada de marlim e peixe-vela (também conhecido como agulhão-bandeira ou agulhão-de-vela), que dura até agosto.
De acordo com o Banco Mundial, a pesca esportiva movimenta hoje em torno de 700 bilhões de dólares e, no Brasil, segundo a Associação Nacional de Ecologia e Pesca Esportiva (Anepe), cerca de oito milhões de pessoas têm o hábito de pescar. Além disso, a atividade contribui para a criação de empregos no setor gastronômico, hoteleiro, indústria náutica e metalúrgica, além de criadores de iscas, entre vários outros.
Mesmo tendo os regulamentos de pesca mais rígidos de todos os países da América Central, o Panamá oferece pesca durante todo o ano sem necessidade de licença. Por lei, é proibida por lá a matança de qualquer peixe de bico, incluindo marlim-preto, marlim-azul, marlim-listrado, marlim-branco, peixe-espada e peixe-vela, mantendo-os reservados apenas para captura incidental e soltura da pesca esportiva.
Onde pescar
A proibição da pesca comercial e outras medidas governamentais do Panamá fizeram com que os recursos marinhos do entorno não se esgotassem por pesca predatória, poluição ou desenvolvimento costeiro. Confira abaixo uma lista com os melhores destinos de pesca no país:
Bahía de Piñas, Darién: Indiscutivelmente um dos pontos de pesca mais incríveis do Panamá, a Bahía de Piñas, localizada na província de Darién, detém mais de 300 recordes mundiais de pesca em alto mar, mais do que em qualquer outro lugar do mundo. A maioria dos recordes estabelecidos foi para o marlim e o peixe-vela do Pacífico, embora os pescadores esportivos encontrem uma abundância de peixe-galo, peixe-espada, peixe-agulha, atum, dourado, pargo, robalo, peixe-golfinho, cavala-wahoo (também conhecido como cavala-aipim ou guarapicu), barracuda, marlins listrados e azuis, pretos.
Golfo do Panamá: Com uma extensão de 250 quilômetros a 220 de profundidade, é a única rota marítima que liga o Oceano Pacífico ao Canal do Panamá, abrigando vários golfos e baías menores, como a Baía do Panamá, o Golfo do Parita e o Golfo de San Miguel. Localizado no centro do Golfo do Panamá, o arquipélago das Ilhas das Pérolas consiste em mais de 200 ilhas desabitadas e ilhotas para pesca premium durante todo o ano.
Golfo de Chiriquí: Oferece abundante vegetação, charmosas ilhas de areia branca e um dos maiores recifes de corais do Pacífico, tornando-o um dos melhores destinos para pesca esportiva, mergulho e snorkeling.
- Hannibal Bank é um dos locais de pesca mais exclusivos do mundo para grandes temporadas. É o maior monte submarino que se ergue no extremo sul do Golfo de Chiriquí. A área de alimentação é de 15 milhas quadradas, resultando em uma abundância de atum albacora, marlins azuis e pretos e veleiros do Pacífico.
- Isla Montuosa é uma ilha rochosa conhecida por seus enormes peixes de bico e cardumes de atum – onde os entusiastas da pesca encontrarão quase 70 quilos de atum albacora. É uma excelente fonte de garoupa, pargo tainha, enquanto marlins pretos e azuis também patrulham a área.
- Isla Parida é um local de pesca que oferece oportunidades excepcionais para pescar peixes-galo. A ilha é cercada por manguezais exuberantes, oferecendo não apenas uma vista pitoresca, mas também um santuário subaquático para tartarugas e vida marinha. A cavala cero e o cavala-wahoo também podem ser pescados nessas águas férteis.
Península Azuero: Inclui a costa leste da província de Los Santos e a costa oeste da província de Veraguas. A costa de Los Santos, ao longo das cidades de Pedasi, Venao e Cambutal, ganhou o nome de “Costa do Atum”. Nesta região específica, entre maio e julho, os viajantes podem pescar um enorme atum, também conhecido como “atum de vaca”, pesando mais de 90 quilos.
Atividades aquáticas
Além do potencial de diversão para os amantes da pesca, os oceanos que abraçam o Panamá também são o destino certo para quem quer aproveitar as águas salgadas também sem um carretel na mão. Confira algumas atividades para quem prefira esportes radicais ou quem aprecie a natureza em aventuras mais calmas:
Mergulho + Snorkeling: Coiba Marine Park possui uma das maiores diversidades biológicas. Um destino de mergulho mundialmente conhecido no mesmo corredor das Ilhas Galápagos, Coiba oferece acesso ao Bahia Damas Reef, o maior recife da costa oeste do continente americano, com a oportunidade de ver arraias, baleias e tubarões-martelo. Se estiver indo para Los Santos, os entusiastas do mergulho vão querer visitar o Isla Iguana Wildlife Refuge para ver mais de perto a natureza da região – o mergulho com snorkel também está disponível para aqueles que procuram uma experiência mais voltada para o lazer.
Surfe: Santa Catalina, na província de Veraguas, tornou-se um dos pontos de surfe mais populares da última década, com um dos maiores beach-breaks (ondas que quebram sobre um banco de areia) da América Central até outubro. É possível seguir para la Punta para ondas de 20 a 30 pés ou fazer uma caminhada de 30 minutos a sudeste até Punta Brava, onde as ondas esquerdas dobram de tamanho em relação às de Santa Catalina. Para o surfista iniciante, Playa Estero conta com várias escolas de surfe e tem ondas menores para levar mais conforto a quem ainda não tem muita segurança para enfrentar o mar.
Texto por: Agência com edição de Cláudia Costa
Fotos por: Divulgação Promtur Panamá