O subcontinente guarda algumas das paisagens mais singulares e incríveis do mundo. São lugares inóspitos e de natureza extrema, mas é impossível não ficar deslumbrado com os encantos do deserto mais árido e do maior deserto de sal do mundo.
O Chile e a Bolívia são países que oferecem surpreendentes belezas naturais, história e cultura. Tudo isso bem perto de nós, a uma curta viagem de avião. O Chile é repleto de locais que valem a visita, da capital Santiago à Patagônia. Mas é na região norte que está um destino que integra a lista de desejos de muitos viajantes mundo afora. Trata-se nada menos que do Atacama, o deserto mais seco do mundo.
Além da falta de umidade e do ar rarefeito, a amplitude térmica é grande, com temperaturas que podem variar de 0°C (à noite) a 40°C (de dia). Mesmo assim, só porque as condições de vida por lá não são das mais atraentes, não significa que as paisagens não sejam espetaculares. Entre as formações rochosas, os gêiseres, os vulcões, as lagoas e o céu mais estrelado que você vai ver na vida, não é difícil se sentir em outro planeta.
O que muitos turistas costumam fazer é acrescentar à viagem ao Atacama o passeio até o Salar de Uyuni, na Bolívia. Esse tipo de pacote é oferecido por muitas agências nos dois destinos. Considerado o maior deserto de sal do mundo, o Salar fica (em linha reta) a menos de 300 km de San Pedro de Atacama, cidade chilena usada como base para explorar o Deserto do Atacama.
ATACAMA: UM DESERTO DE OUTRO PLANETA
Entre os Andes e o Oceano Pacífico, são incríveis 1.000 km de extensão e 105.000 km² que formam o Deserto do Atacama. Além de ser o mais árido, é também o deserto mais alto do mundo – algumas de suas atrações estão a mais de 4.000 metros acima do nível do mar. O ar rarefeito pode causar alguns problemas, como falta de ar, dor de cabeça e náuseas. Por isso, vá com calma no começo da viagem, até que seu corpo se acostume com as condições do ambiente.
O ponto de partida para qualquer passeio é a cidade de San Pedro de Atacama. Com menos de 5.000 habitantes, é um verdadeiro oásis por ser praticamente o único povoado com boa estrutura nessa região inóspita. Fica a 2.450 metros de altitude, a 100 km de distância de Calama (onde está o aeroporto mais próximo) e a 1.600 km de Santiago.
Tudo é bem simples, com ruas de terra, casas rústicas de adobe (tijolo feito de terra e palha) e iluminação precária. Mesmo assim, o turista que chega a San Pedro de Atacama tem conforto garantido. Por lá, há todo o tipo de opção de hospedagem, de albergues e pousadas a hotéis e lodges de luxo, alguns até mesmo com Spa. Além disso, há restaurantes, lojinhas, farmácias, mercadinhos, caixas eletrônicos e outros estabelecimentos importantes para um turista, principalmente ao longo da rua Caracoles.
Também não faltam agências turísticas que oferecem os passeios pelo Atacama. Estes podem até ser reservados com antecedência, mas o melhor é fazer isso lá mesmo, quando você chegar a San Pedro. O Atacama não é um lugar para explorar por conta própria – sair sem conhecer o destino pode ser até mesmo perigoso. Por isso, opte sempre por contratar uma agência especializada, que te levará com toda a segurança. Assim, você já garante um guia (que pode contar detalhes surpreendentes sobre os lugares visitados), o transporte com motorista e, em alguns casos, as refeições durante o passeio.
Há tours que saem pela manhã e outros, à tarde. Mas escolha bem o seu itinerário, já que, dependendo do passeio, fazer dois tours no mesmo dia pode ser cansativo. Para conseguir conhecer as principais atrações do Atacama sem correria, vale ficar cerca de oito dias por lá.
Se tiver um tempo livre em San Pedro de Atacama, aproveite para conhecer alguns pontos turísticos mais locais, como a pequena e simpática Igreja de San Pedro, o Museu Arqueológico Gustavo Le Paige e o sítio arqueológico de Pukará de Quitor. Também compre souvenires e peças de artesanato na feirinha do centro.
Outra boa opção para descansar, ou para se acostumar com a altitude no começo da viagem, é curtir algumas horas nas Termas de Puritama, a cerca de 30 km de San Pedro. É uma propriedade privada com oito piscinas de águas quentes ao ar livre, cercadas por pedras e vegetação. É preciso pagar pela entrada e há agências que levam os turistas até lá. A estrutura é boa, com banheiros e vestiários.
Vale da Lua e Vale da Morte
Na chamada Cordilheira de Sal, a cerca de 20 km de San Pedro, essas são duas das principais atrações do Atacama e costumam ser visitadas em um mesmo passeio. O Valle de la Luna recebeu esse nome porque acreditavam que seu relevo tão incomum seria parecido com o da Lua. Prepare-se para encontrar vistas surpreendentes com rochas trabalhosamente esculpidas pelo tempo e pela ação da natureza. Há formações de sal, areia e pedras – algumas curiosas, como as Três Marias e o Anfiteatro –, cavernas, cânions e dunas de tons avermelhados.
O Valle de la Muerte, apesar do nome pouco convidativo, também tem visuais exuberantes. Tem cerca de 2 km de extensão com rochedos e dunas enormes. Algumas agências oferecem trekking e passeios com sandboard no Vale da Morte. Mas, em geral, os turistas apenas apreciam a vista de cima, a partir de um dos mirantes naturais no entorno.
Outra parada nesse passeio costuma ser a Pedra do Coiote, ou Mirante de Kari, que oferece um dos panoramas mais incríveis da região. O tour completo costuma ser realizado na parte da tarde, então você terá a oportunidade de ver o espetáculo do pôr do sol em um desses locais e observar o céu do Atacama mudando aos poucos de cor.
Gêiseres de El Tatio
A uma altitude de 4.200 metros e próximo à fronteira com a Bolívia, há um dos maiores campos geotérmicos do mundo, com dezenas de gêiseres que expelem com força água a mais de 80°C. Mas, para ver esse show da natureza, prepare-se para acordar de madrugada, antes das 4h da manhã – esse costuma ser o horário de saída dos tours.
Os gêiseres de El Tatio ficam a cerca de 1h30 de San Pedro e é durante os primeiros minutos do amanhecer que eles estão em atividade intensa. Logo cedo, por estar um clima mais frio, os vapores d’água também são mais visíveis e, com os primeiros raios do sol, formam um cenário de tirar o fôlego. Aliás, não deixe de ir bem agasalhado, pois é comum ter que enfrentar temperaturas abaixo de zero nesse horário. Algumas agências oferecem um café da manhã com bebidas quentes para os turistas durante o passeio.
Depois de observar esses mini vulcões de água e vapor, você pode curtir uma piscina natural de águas termais em pleno deserto, com temperatura acima dos 30°C. Algumas agências também costumam incluir no roteiro uma parada em Machuca, um pequeno povoado com pouquíssimos habitantes.
Lagunas Altiplânicas
Assim são comumente chamadas as lagoas vizinhas Miñiques e Miscanti, dois enormes poços de águas em um profundo tom azul a mais de 4.000 metros de altitude. Para completar o panorama, há morros em volta e é possível ver vulcões no horizonte. Esse visual no entorno é refletido nas águas calmas das lagunas – as superfícies funcionam como verdadeiros espelhos. A Miscanti é a maior das duas, com impressionantes 15 km².
O roteiro das Lagunas Altiplânicas geralmente incluem outras paradas, como o Salar do Atacama e a Lagoa Chaxa. O primeiro é um deserto de sal que, diferente do de Uyuni, tem um terreno bem irregular. Já Chaxa é uma lagoa salina repleta de flamingos com penas de coloração rosada. Outra parada pode ser Piedras Rojas, ou “pedras vermelhas”, que existem em abundância e em grandes dimensões sobre o solo desse local. A paisagem é surreal e, no meio, há uma lagoa de águas num tom verde claro.
Laguna Cejar
A apenas 20 km de San Pedro de Atacama, a Laguna Cejar é mais um passeio icônico no destino. Suas águas possuem uma concentração de sal que chega a 40%, sendo maior até mesmo que a do Mar Morto. Por isso, você não afunda e pode flutuar com muita facilidade. Ali, entrar na água está liberado – só cuidado com os olhos, pois o contato com a água salgada pode arder muito. Há chuveiros em volta para tirar o sal do corpo depois.
Outras paradas no mesmo passeio podem ser os Ojos del Salar e a Laguna Tebinquiche. Os Ojos são dois poços de água que ficam lado a lado. São pequenos em extensão, porém bem profundos. Quem quiser, pode mergulhar ali. Nas proximidades fica Tebinquiche, uma lagoa coberta por enormes blocos de sal.
Salar de Tara
Perto da tríplice fronteira entre Chile, Argentina e Bolívia, o Salar de Tara é conhecido por suas rochas de enormes dimensões e formatos singulares. Essas estruturas têm origem vulcânica e foram modeladas pelo vento e pela erosão, como as colunas de pedra Monjes de la Pacana, que ficam no caminho até o Salar.
Em torno da lagoa azul esverdeada do Salar de Tara estão paredões rochosos muito altos e de uma beleza surpreendente, conhecidos como “As Catedrais”. Por ali, é fácil encontrar flamingos e até outros animais, como as vicunhas (semelhantes às lhamas). Tudo isso a mais de 4.000 metros de altitude.
Vulcões
Vários majestosos vulcões marcam o horizonte do Atacama. Quem gosta de aventura e tiver fôlego suficiente pode fazer trekking até a cratera de um, ou mais, deles. Os mais famosos são o Lascar, que atinge os 5.600 metros de altitude, e o Licancabur, com mais de 5.900 metros. Por isso, lembre-se de ir com calma e prefira fazer esse passeio no final da viagem, quando já estiver mais acostumado com a altitude e o ar rarefeito.
Vá também preparado para o frio, já que pode ter que enfrentar temperaturas negativas. Apesar de tudo isso, algumas subidas são consideradas fáceis, como a do Lascar, cuja expedição completa é realizada em um dia só. Outras caminhadas podem durar por mais tempo. Mas todo o esforço é recompensado com as vistas, não só no topo, mas pelo caminho inteiro. São algumas das paisagens mais indescritíveis do Atacama.
Vale do Arco-Íris
O destaque desse vale são as formações rochosas que, graças aos diversos minerais que as compõem, exibem cores diferentes, do verde ao vermelho – daí o nome Vale do Arco-Íris. Esse passeio é um pouco menos concorrido, então você garante algumas horas mais tranquilas, caminhando bem perto das rochas coloridas. Alguns roteiros fazem uma parada em Yerbas Buenas, onde existem petróglifos de milhares de anos atrás.
Tour Astronômico
Grande altitude, baixa umidade, céu quase sempre aberto e pouca luminosidade artificial – essas características fazem do Deserto do Atacama um dos melhores lugares do planeta para observação do céu noturno. Tanto que ali reside o ALMA, o maior observatório astronômico do mundo, localizado a apenas 50 km de San Pedro.
Fazer um tour astronômico é imperdível, pois você verá o céu mais estrelado da sua vida. Lembre-se que o passeio só é feito quando o céu está sem nuvens. Ele também não costuma ser feito nas noites de lua cheia. Esse tour é feito apenas por algumas agências especializadas e é quase uma aula sobre astronomia, mas em um tom leve e divertido.
Funciona da seguinte forma: o grupo é levado a um campo de observação fora da cidade, sem nenhuma luz por perto. Primeiro, a observação é a olho nu, sempre com explicações de um astrônomo. Depois, são usados telescópios e é possível até tirar fotos dos astros.
SALAR DE UYUNI: AS BELEZAS DE UM MUNDO DE SAL
Uma planície que parece não ter fim, num harmonioso encontro entre o céu e a terra. Em uma imagem de satélite, é fácil encontrar esse lugar: uma enorme mancha branca no sudoeste da Bolívia, próximo à Cordilheira dos Andes. Esse é o Salar de Uyuni, o maior e mais alto deserto de sal do mundo, com mais de 10.000 km² e a 3.600 metros acima do nível do mar.
O Salar muda de aparência ao longo do ano: de um solo totalmente branco nos meses secos a um verdadeiro espelho que reflete o céu e as nuvens com perfeição graças às chuvas e ao degelo dos picos dos Andes, que deixam uma fina camada de água sobre o sal no verão. Nesta época, a linha do horizonte parece não existir e as imagens feitas por lá são de tirar o fôlego.
Esse lugar tão surreal foi formado há milhares de anos, a partir de um lago pré-histórico, que, um dia, foi um braço do oceano. Por causa das condições climáticas, a água desse lago secou e deixou para trás uma grande crosta de sal – em alguns pontos, essa camada chega a ter alguns metros de espessura. Estima-se que a planície seja coberta por 10 bilhões de toneladas de sal.
Além da imensidão branca do Salar de Uyuni, há muitos lugares para conhecer. Piscinas de águas termais, gêiseres, lagoas coloridas e ilhas repletas de cactos gigantes são algumas das atrações que fazem parte desse roteiro. Se o ponto de partida para explorar o Atacama é San Pedro, a base para conhecer o Salar é a pequena cidade de Uyuni, a 550 km ao sul de La Paz.
Algumas pessoas preferem conhecer o Salar e o Atacama em ocasiões diferentes. Nesse caso, deve-se chegar a Uyuni de avião a partir de La Paz. No entanto, muitos turistas incluem os dois destinos em uma mesma viagem. Agências em San Pedro oferecem passeios de até quatro dias pelo Salar, com opção de retorno ao Chile no final. Há também tours no sentido inverso, de Uyuni a San Pedro. Entre as duas cidades são percorridos cerca de 500 km. Em Uyuni, vale a mesma regra do Atacama: você vai precisar do suporte de uma agência para conhecer o destino.
A viagem pelo Salar tem a fama de ser apenas para os aventureiros, já que há poucas estruturas pelo caminho e elas são simples. Na verdade, o nível de conforto disponível vai depender do seu orçamento – uma viagem mais econômica pode significar, por exemplo, hospedagens bem rústicas, banheiros e quartos compartilhados e banhos frios. Os passeios são feitos em veículos 4×4, geralmente compartilhados com outras pessoas, e incluem alimentação e hospedagem, sendo que o grupo fica cada noite em um estabelecimento diferente.
No roteiro, a paisagem mais aguardada é o próprio deserto de sal, uma planície que se estende até onde a vista alcança, sem nenhum desnível. Nos meses secos, o visual totalmente branco permite tirar fotos divertidas, que brincam com a perspectiva e a profundidade em ilusões de ótica. No verão, o espelho d’água que aparece sobre a planície cria um espetáculo visual e dá a impressão que as pessoas estão flutuando no céu. Mas esse é apenas um dos pontos de parada nessa viagem, que surpreende os visitantes com muitas outras atrações.
Lagunas
Bem perto da fronteira com o Chile e aos pés do vulcão Licancabur, a Laguna Verde e a Laguna Blanca são duas das primeiras atrações visitadas por quem parte de San Pedro de Atacama. Vizinhas, ficam a cerca de 4.000 metros de altitude. Em pleno deserto, a Laguna Verde tem águas em um tom que lembra o do Mar do Caribe e que fica mais intenso quando o céu está sem nuvens.
Com uma coloração mais clara, a Laguna Blanca é maior, com mais de 5 km de comprimento. Funciona como um espelho que reflete os morros ao redor. Entre essas duas paradas, os turistas têm alguns minutos para admirar a paisagem e, é claro, tirar muitas fotos.
Já a Laguna Colorada é conhecida pelos incríveis tons avermelhados de suas águas e por ser o habitat de centenas de flamingos. Também não é raro encontrar por ali outros animais incríveis, como as vicunhas. Há ainda uma série de outras lagoas no caminho até o Salar de Uyuni, como a Laguna Honda, a Laguna Charcota, a Laguna Hedionda e a Laguna Cañapa. Todas oferecem visuais incríveis.
Gêiseres Sol de Mañana e termas
Esse campo geotérmico é mais uma das paisagens surreais do destino, com uma área de quase 2 km². Entre crateras, pedras e lama, gêiseres de diversos tamanhos liberam vapores quentes, gases e odores um pouco desagradáveis, formando um ambiente que parece ser de outro planeta. A maior atividade por ali acontece bem cedo, nas primeiras horas da manhã. No passeio, é possível caminhar entre as crateras – sempre com muita atenção e cuidado.
Não muito longe ficam as Termas de Polques, uma pequena piscina de águas termais naturais. Quem quiser aproveitar dessas águas que chegam aos 30°C tem que pagar uma pequena quantia. Há um banheiro no local.
Isla Incahuasi
Trata-se de uma formação rochosa coberta por cactos gigantes no meio do Salar de Uyuni. Cercada por um oceano branco de sal, o lugar parece mesmo uma ilha, como o nome indica, ou um oásis. Os cactos ali são centenários e alguns chegam a ter 10 metros de altura. Uma pequena trilha leva até o topo dessa ilha, de onde é possível ter uma visão panorâmica do Salar.
A entrada é paga e há estrutura para os turistas, com banheiro e lojinha. A ilha possui resquícios de corais, remanescentes da época em que o Salar era um grande lago salgado. Existem dezenas de outras ilhas desse tipo na área, mas a Incahuasi é a mais famosa e integra a maioria dos roteiros.
Árbol de Piedra e Deserto de Dalí
Em meio a um grande e árido deserto, uma estrutura rochosa se destaca pelo formato singular. O Árbol de Piedra é símbolo da região e se assemelha a uma árvore – daí o nome. Com cinco metros de altura, foi formado pela ação do vento, mas parece ter sido delicadamente esculpido para ficar desse jeito. Há várias pedras diferentes nos arredores, mas nenhuma é tão curiosa quanto o Árbol de Piedra.
O Deserto de Dalí também abriga rochas e montanhas incríveis, de diferentes cores e tonalidades. Dizem que o local serviu de inspiração para o pintor espanhol Salvador Dalí – nada mais adequado para o mestre do surrealismo. A paisagem realmente lembra alguns de seus quadros.
Hotéis de sal
Pelo mundo, há várias opções de hospedagem inusitadas, como os famosos hotéis de gelo. Com tanto sal disponível em Uyuni, surgiram hotéis que usam esse componente como matéria-prima. Paredes, chão e móveis – tudo, com exceção dos banheiros, é feito de grandes blocos de sal.
Muitos são até considerados de categoria superior ou de luxo, como o Cristal Samaña, o Palacio de Sal e o Luna Salada, com banhos quentes e uma estrutura completa. Algumas agências incluem pernoite em um hotel de sal no roteiro pelo Salar.
Bandeiras, trens e Rally Dakar
Cartão-postal de Uyuni, a Praça das Bandeiras fica em pleno Salar. É uma base de sal em formato de estrela onde estão fincadas bandeiras de diversos países e até de times de futebol. Fica em frente ao Playa Blanca, um hotel de sal desativado, que agora funciona como museu e tem espaços para refeições.
A alguns metros de distância está o Monumento ao Rally Dakar, uma escultura feita com blocos de sal com o símbolo da competição. O rally acontece na América Latina desde 2009 e Uyuni tem feito parte do trajeto nas últimas edições.
Última parada do passeio para quem vem de San Pedro de Atacama, ou a primeira para quem parte da Bolívia, o Cemitério de Trens fica nos arredores da cidade de Uyuni. Ali estão vagões de trens abandonados há anos, enferrujados e expostos à ação do tempo. Pode parecer estranho, mas essas enormes peças de metal criam um cenário bem diferente e perfeito para fotos.
Como chegar
ATACAMA
Há voos diretos entre São Paulo e Santiago com a Avianca, a LATAM e a Gol. Da capital chilena, pegue um voo com a LATAM ou a Sky Airline para Calama, que fica a 100 km de San Pedro de Atacama. Depois, contrate um translado até o destino final.
SALAR DE UYUNI
Você pode ter como ponto de partida a cidade de San Pedro de Atacama ou chegar direto pela Bolívia. Nesse caso, pegue um voo para La Paz com escala em Cochabamba ou Santa Cruz de la Sierra com a Boliviana de Aviación (BoA). Então, siga até Uyuni em um voo da BoA ou da Amaszonas.
Onde ficar
ATACAMA
SALAR DE UYUNI
Os roteiros oferecidos pelas agências locais já costumam incluir a hospedagem no pacote, então você não tem que se preocupar em reservar um hotel. Mas há bons estabelecimentos na região:
Mais informações em: chile.travel e boltur.gob.bo
Texto por: Patrícia Chemin
Foto destaque por: iStock / filrom