Nunca mais seremos os mesmos depois desse evento que se iniciou em março deste ano e que talvez se prolongue ainda por um tempo.
As pessoas se obrigaram a ficar confinadas em suas casas, deixando de lado hábitos e estilo de vida que levaram até então.
Um destes hábitos e estilo de vida, a meu ver, super saudável para a saúde emocional, psíquica e se tratando do macrocosmo para a saúde econômica do país, seria o turismo.
Quando as pessoas programam uma viagem ou um passeio sozinhas ou com a família com o intuito de conhecer novos lugares, respirar novos ares, ao mesmo tempo, internamente estarão se renovando, se reciclando, expandido novos horizontes internos, novas perspectivas. Automaticamente todo o corpo físico responde gerando endorfinas trazendo bem-estar e prazer. Entretanto, tomados de pânico e medo e com a obrigatoriedade de ficar em casa, o que seria o ideal se torna quase impossível.
Entramos então num impasse: a saúde emocional e psíquica da população versus uma obrigatoriedade talvez rigidamente imposta por conta de questões que não seja conveniente adentrar – nem o objetivo nesse momento.
Fica aqui uma reflexão sobre o tema – sobre as nossas prioridades nas nossas vidas.
Onde colocamos o nosso foco e nossa energia: no bom, bonito e belo ou no medo, no pânico que nos impõem e acabamos por aceitar sem questionar.
Normalmente as pessoas que possuem o hábito de olhar a vida por esse prisma nem cogitam que poderia ser diferente. Mesmo estando no caos, sempre existe um outro modo de olhar as experiências e o momento atual.
Existem diversas maneiras de passar por esses tempos turbulentos sem grandes prejuízos emocionais/afetivos, psíquicos e também – por que não – financeiros.
Com o olhar de terapeuta, procuro embasar as minhas escolhas dentro da visão quântica das coisas. Einstein nos deixou como legado a definição que a realidade depende do observador.
Além disso, vivemos num planeta polarizado: tudo é dual – positivo ou negativo. Baseada nisso, eu vejo que posso escolher o caminho que devo seguir, o aprendizado que devo extrair de todos os acontecimentos.
O mesmo fato pode ser visto de diversas maneiras, dependendo do ângulo que focarmos a nossa atenção.
Se sou obrigada a ficar em casa e não posso sair, de que maneira posso fazer com que essa experiência se torne agradável e o menos pesada possível?
Até que ponto a convivência com os meus está sendo positiva ou enriquecedora? Ou ao contrário, irritante e insuportável?
Às vezes não conseguimos dar o pulo do gato sozinhos pois nossas habilidades residem em setores mais pragmáticos. Então, a meu ver seria a hora de buscar ajuda de pessoas habilitadas que talvez possam auxiliar nesse processo – que não precisa ser doloroso.
Texto por: Rosi D. Portilho
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