Para quem procura um passeio diferente, exuberante e cheio de natureza, o Arquipélago de Sant’Anna localizado em Macaé, litoral norte fluminense é uma grata surpresa. Ele fica a oito quilômetros do Iate Clube da cidade, sendo um Parque Municipal e também Área de Preservação Ambiental (APA). Considerado um santuário ecológico, o arquipélago abriga gaivotas e algumas espécies de aves que migram da América do Norte no período do inverno. Esse sim é um espetáculo à parte, poder usufruir de um passeio, observando a natureza em seu habitat natural.
As praias, lagoas, montanhas e morros do Arquipélago de Sant’ Ana são conhecidos como o Caribe Brasileiro de Macaé. Ainda pouco explorado esse roteiro explora uma região ímpar do litoral brasileiro. Preservada, com praias inacreditavelmente limpas e com mar totalmente cristalino.
Operando desde o início do ano por um consórcio de empresas o barco zarpa do Iate Clube geralmente as 8 e 30 horas da manhã, regressando por volta das 13 horas. Deslizando pela foz do Rio Macaé a embarcação navega por 10 minutos e começa a mostrar a beleza do Forte Marechal Hermes.
Foi construído no final do Século XIX pela nascente República, na ponta entre as praias e enseadas de Imbetiba e das Conchas, em Macaé, próximo ao local onde no Século XVII se erguera o Forte Colonial de Santo Antônio de Monte Frio.
A primitiva fortificação, erguida a partir de 1613 na Enseada das Conchas, frente à Ilha de Santana, por ordem do Capitão-mor da Capitania de Cabo Frio, Constantino de Menelau, no início do Século XVIII, havia sido restaurada e artilhada com cinco peças, por ordem de Francisco de Castro Morais. Sofreu reparos sob o governo do Vice-rei Conde da Cunha (1763-67), passando a contar com sete peças, até ser desarmada durante o Segundo Império, 1859, por determinação ministerial.
No ano de 1900, as obras do novo forte, de formato octogonal, ainda não estavam concluídas, sendo inauguradas apenas em 15 de abril de 1910. No ano seguinte, seria denominado como Forte Marechal Hermes. Foi considerado fora de serviço em 1954. Depois de lindas fotos do forte o barco sangra o alto mar e começa um passeio espetacular pelo Arquipélago de Sant Ana que fica no oceano Atlântico a oito quilômetros da costa de Macaé, litoral norte do estado do Rio de Janeiro, formado pelas ilhas de Santana, do Francês e pelo ilhote Sul. A ilha principal apresenta em torno de 115 hectares, já as duas restantes pouco mais de 75 hectares juntas.
Abriga também o Sítio Científico do Arquipélago de Santana, onde se encontrou material arqueológico. O lugar possui vestígio de civilização pré-histórica brasileira .
A Ilha de Sant’Ana – é a maior ilha do Arquipélago, onde localiza-se o Farol de mesmo nome à 156 metros de altura. Possui uma lagoa de água doce e totalmente coberta pela Mata Atlântica primária.
Já a Ilha do Francês – é quase que totalmente coberta por mata tropical, possui uma extensão rochosa, chamada de Ilha Ponta das Cavalas e uma piscina natural conhecida como Barro Vermelho. A praia localiza-se na parte oeste da ilha e é a única aberta à visitação, mesmo assim de forma controlada . O aceso é restrito e é proibido o ingresso nas praias do arquipélago portando qualquer tipo de alimentos e bebidas.
Além disso, é de responsabilidade de cada visitante, o controle próprio dos resíduos provenientes de qualquer material ou objeto descartável, assim como quaisquer outros objetos que produzam ou se transformem em resíduo.
Em Ilhote do Sul – uma área de 12 km² e altura máxima em torno de 60m é um berçario de gaivotas e excelente para a pesca submarina e de linha. Não tem praias, porém a visão é de tirar o fôlego, um verdadeiro cartão postal.
Para os passeios em grupos de família ou amigos que queiram um transporte exclusivo, deve-se contratar embarcações no Mercado de Peixes ou no Iate Clube de Macaé. Nós recomendamos a empresa Visite Macaé, que tem passeios agendados com guias, transporte ida e volta até o Iate Clube, além de kit lanche com água e frutas.
O acesso a Ilha do Francês a visitação é liberada, já para a Ilha de Sant’Ana, é necessário permissão da Marinha do Brasil, que leva em média 15 dias para ser aprovada. Os donos dos barcos fazem todo o processo para a permissão, mas é preciso que o passeio seja combinado com antecedência.
No inverno só acontece o aluguel do barco inteiro. A orientação é que o visitante monte seu próprio grupo para a visitação. Já no verão é possível pegar a embarcação com preços promocionais de R$ 99,00 – noventa e nove reais.
Onde ficar
Onde comprar
Texto e fotos por: Cláudio Lacerda Oliva