Muito valorizadas atualmente, as atividades ao ar livre ganham expressão ainda maior com a reabertura das fronteiras da Argentina, país que guarda uma grande oferta de destinos, produtos e serviços voltados ao ecoturismo e ao turismo de aventura.
Para Carlos Pelli, presidente da AAETAV (Associação Argentina de Ecoturismo e Turismo de Aventura), a relevância do mercado emissivo do Brasil é o ponto de partida para o atual esforço promocional junto ao trade brasileiro. De acordo com ele, dentro de alguns dias, um catálogo completo com informações e contatos do receptivo estará disponível àqueles que intermediam viagens no Brasil: “a ideia é cruzar a oferta com diretórios de prestadores de serviços”. O turismo de natureza responde por 19% da visitação internacional na Argentina e, antes da pandemia, apresentava crescimento de 12% ao ano.
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Outro aporte realizado é a plataforma Academy Nature and Adventure, que tem a chancela do Inprotur (Instituto Nacional de Promoção Turística da Argentina). Essa ferramenta disponibiliza cursos gratuitos aos agentes de viagens, com certificado de especialista em turismo de natureza. Atualmente esse recurso digital está habilitado em português, inglês e espanhol, com 12 módulos.
A formatação dos produtos ganha atenção especial. Agrega opções em roteiros que, na maioria das vezes, podem ser percorridos entre 5 e 15 dias. Para citar alguns: avistamento de baleias e demais animais marinhos, passeios a cavalo pelas paisagens dos Andes, montanhismo, trekking, ciclismo, mergulho, rota de motocicletas, safáris, travessia em veículos 4X4, a Rota Nacional 40 que corta o território argentino, entre outros.
Para aproximar o destino e suas alternativas em turismo de aventura e natureza das operadoras do Brasil, o dirigente da AAETAV explica que planeja buscar a expertise de agências de viagens especializadas nos mais diversos tipos de atividade. Considera também recorrer a entidades de cada segmento para profissionalizar ainda mais o que está sendo disponibilizado. “Se falamos em cavalgadas pela Cordilheira, buscaremos informações com a associação de equitação, por exemplo”, afirma.
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Além do mercado brasileiro, a divulgação internacional dos atrativos turísticos de aventura e natureza da Argentina se estende para os mercados canadense, norte-americano, espanhol, alemão e britânico. Pablo Sismanian, diretor de produto do Inprotur, afirma que a retomada das viagens é uma oportunidade para evoluir, porque a Argentina conta com uma estrutura preparada para atender a demanda em alta e a especialização que o segmento requer.
“O protagonismo da Argentina no turismo da América do Sul está ainda mais evidenciado. Fonte de negócios, a atividade econômica tem todo respaldo da equipe diplomática”, assegura Verônica Cooke, Cônsul Adjunta do Consulado Geral e Centro de Promoção da República Argentina em São Paulo.
Se o turista brasileiro, definitivamente, deseja ir em busca do contato mais intenso com a natureza, em particular depois do confinamento imposto pela pandemia, ele também mostra novos hábitos. Segundo Luiz Del Vigna, diretor executivo da Abeta (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura), a demanda se encontra em alta e acende o interesse maior pelas viagens sobre rodas.
“Nas próximas décadas, roteiros rodoviários devem registrar crescimento significativo. Em 2019, o montante destinado a viagens internacionais atingia a cifra de US$ 20 bilhões. Some-se a esse fôlego o fato do viajante estar evitando o avião”, analisa o dirigente. Portanto, as atividades de aventura e de natureza se encontram no radar do turista. “Estamos nos referindo a cliente com recursos financeiros disponíveis e hoje nômades digitais, o que favorece o deslocamento’, complementa Del Vigna, ressaltando que Argentina e Brasil têm todas as condições de estabelecer o intercâmbio e ampliar o fluxo turístico, uma vez que seus atrativos se complementam.
Mais informações em: aaetav.org.ar
Texto por: Agência com edição de Patrícia Chemin
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