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Araxá: História, turismo de aventura e banho de lama

4 de fevereiro de 2016

Araxá está a 560 quilômetros de São Paulo e faz parte do Circuito das Águas de Minas Gerais. Com uma população estimada de 100 mil habitantes, o destino tem bom planejamento urbano e continua tranquila. A cidade mineira possui enorme potencial hidromineral e o forte tem sido o turismo ecológico, por possuir uma das melhores rampas de voo livre do Brasil, que fica no local conhecido como Horizonte Perdido.

Foto por Andrevruas via Commons Wikimedia

Foto por Andrevruas via Commons Wikimedia

Outro assunto que chama a atenção dos visitantes são as histórias ligadas a Dona Beja. Figura feminina importante que chocou o país por suas ideias avançadas para época principalmente nas questões político-sociais.

A região tem opções para todos os gostos, desde um simples passeio de pedalinho no lago do Grande Hotel até voos de asa delta, passando pelos vários museus existentes na cidade. Em termos de compras as dicas são para os sabonetes e cremes de lama negra, além dos bordados, os famosos doces e queijos e, também, as cachaças produzidas artesanalmente.

As termas de Araxá ficam dentro do Grande Hotel e são um convite ao relaxamento. Há diversas opções de banhos e tratamentos estéticos, além de uma piscina emanatória (coberta) com água radioativa, sem adição de produtos químicos, aquecida a 37ºC e que tem efeito relaxante. Os banhos individuais têm duração máxima de 20 minutos, já que pela própria temperatura da água a pressão arterial pode cair. Placas recomendam que o usuário faça a aferição da sua pressão arterial antes dos banhos. Não hóspedes do Grande Hotel também podem usufruir dos serviços oferecidos pelas Termas, mediante o pagamento de taxas específicas. Os hóspedes, porém, também pagam por quase tudo que utilizam, exceção feita à piscina convencional, ducha escocesa e sauna. São vários tipos de banhos, massagens e rituais oferecidos. Faça bem suas escolhas, pois os preços sugeridos são altos. Entre as opções dos banhos oferecidos estão:

Dentro das Termas fica o Salão da Mandala (oito pontas). É um dos lugares mais relaxantes e revigorantes de todo o local. Há poltronas adequadas para descanso e sempre é possível ouvir uma suave música de fundo. Por vezes, há alguém tocando um violão no centro da mandala. Além da música não se escuta mais nada. Ali a paz e o silêncio valem ouro. Imperdível.

Com traços simples e rústicos a Igreja de São Sebastião foi construída nas primeiras décadas do século XIX e atualmente é considerada uma das maiores riquezas do patrimônio histórico de Araxá. Abriga na sua antiga sacristia o Museu Sacro. Entre os destaques do acervo estão as esculturas de Bento Antonio da Boa Morte e Veiga Valle. Local: avenida vereador João Sena s/n, no centro.

Foto por Andrevruas via Wikipedia

Foto por Andrevruas via Wikipedia

Outra atração é o Museu Calmon Barreto. Criado em 1996, abriga diversas obras do artista araxaense que se destacou nas áreas de desenho, pintura e escultura. No local estão expostos trabalhos de diversos períodos do artista, inclusive os desenhos e gravuras da década de 1960 e esboços de cédulas e moedas. Fica na rua Franklin Castro 160, no centro.

A Fundação Cultural localiza-se na antiga Estação Ferroviária de Araxá, e possui um rico acervo histórico, com documentos, jornais e fotografias. Encontram-se também no local as tradicionais tecedeiras (bordadeiras) que produzem manualmente colchas, tapetes, tecidos e outras peças diversas. Fica na praça Arthur Bernardes 10, no centro.

Visite também o Museu Dona Beja. Tombado pelo patrimônio histórico de Araxá, é uma homenagem à personalidade histórica da cidade. Seu acervo inclui objetos arqueológicos, móveis, imagens sacras, documentos históricos e obras contemporâneas. Instalado no belo casarão do século XIX, onde viveu Dona Beja, na praça Coronel Adolpho 98, no centro.

Onde comer

Araxá tem uma culinária muito rica  e que recebeu influência dos índios,portugueses  e  dos  tropeiros.  Depois,   ganhou influência dos imigrantes espanhóis, italianos e árabes O prato indicado na cidade em quase todos  os  locais  é o tradicional  feijão tropeiro. Experimente o Restaurante Tururu e o Pizzaiolo.

Como chegar

De carro
Saindo de São Paulo, o melhor caminho – e também o mais curto – é pela via Anhanguera até o quilômetro 318, já em Ribeirão Preto, quando se deve entrar na rodovia Cândido Portinari – SP-334, que leva até a divisa de estados SP/MG, passando por Brodowski, Batatais, Franca, Pedregulho e Rifaina. Em Brodowski há um museu com obras de Cândido Portinari e, caso esteja com tempo, vale dar uma paradinha para visitar. De São Paulo até a divisa com Minas Gerais são  440 quilômetros, mais 120 quilômetros pela MG-428, após a divisa, que leva até Araxá, totalizando 560 quilômetros. A via Anhanguera – SP-330 é toda em pista dupla, com oito pedágios até Ribeirão Preto. A SP-334 é em pista dupla até Franca (com dois pedágios). De Franca a Araxá a pista é simples e não há pedágios.

De ônibus
Partem diariamente de São Paulo com destino a Araxá ônibus da empresa Continental.  Os ônibus partem todo dia as 22 horas ,chegando em Araxá  por volta das 6 horas da manhã; De Araxá para São Paulo o horário é mesmo.

Onde ficar

hoteldatorre.com.br

sescmg.com.br

tauaresorts.com.br/araxa

Texto por: Cláudio Lacerda Oliva

Foto destaque via Flickr Nêssa Florêncio

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