Localizada a menos de 30 minutos de Nice, o pequeno vilarejo de Antibes te deixará encantado. A história de Antibes é bem antiga, e data cerca de 5 a.C, quando foi construída pelos gregos para ser um entreposto comercial, antes da criação de Nice. Com o passar do tempo, o próprio local decidiu se tornar romano e foi quando realmente começou a se desenvolver.
A estrada de Aurélia foi o impulso para o crescimento econômico do local, pois era a principal rota utilizada pelos gauleses e que conduziu os equipamentos e tecnologia à cidade. Havia também o porto, onde os navios descarregavam vinhos, óleos e cerâmicas. A população também investia muito nos produtos locais, em especial nos peixes e no sal, além de temperos, como o garo, um condimento básico e muito usado na Roma Antiga, que é um molho de peixe usado em pratos salgados.
Em 1481, a província foi adicionada à França, e nesse tempo sofreu com ataques e guerras, até em 1815, quando tudo piorou e a cidade perdeu seu título de “bonne ville”, por não não recepcionar bem Napoleão Bonaparte. Então o rei Luís XVIII devolveu a Antibes o título de “boa cidade”, por terem demonstrado tal lealdade.
Os tempos passaram e Antibes viu a necessidade de crescimento surgir graças ao turismo em Côte d’Azur, que foi o maior destino de verão e atraiu famosos como a família Kennedy, Picasso e Marlene Dietrich.
Hoje, apesar de parecer muito pacata, Antibes atrai muitos turistas anualmente. E Juan-les-Pins, a cidade paradisíaca oferece os melhores hotéis de luxo, praias de areia branca e águas esmeraldas e vida noturna agitada.
É também em Juan-les-Pins que está situado o Le Parc Exflora, um dos mais belos jardins mediterrâneos. Com cinco hectares, o parque possui diversas espécies de arvores e flores, fontes, lagoas e até cachoeiras. Existe também um olival, diferentes tipos de plantas mediterrâneas, um roseiro – muito comum em Antibes, que produz muitas rosas – um jardim exótico, um bosque de palmeiras, jardins italianos, um labirinto e um “jardim do Islã”.
Em Cap d’Antibes está o pequenino porto, o caminho dos peregrinos, conhecido como “Chemin du Calvaire”, que leva até o Santuário de Garoupe, através do “Caminho da Cruz”; belíssimas praias e a trilha costeira “Sentier de Tire-Poil”, a rota que passa pelas muralhas de Old Antibes, Cap Gros, Château de la Garoupe e de la Croé, e por fim, a famosa Villa Eilenroc.
No entanto, os principais points turísticos de Antibes são o Fort Carré e o Musée Picasso.
O Fort Carré foi construído bem no finalzinho do século XVI, pelo rei Henrique II, para defender e ser um centro de estratégias e um quartel militar. Durante a Revolução Francesa, o local serviu de prisão para Napoleão Bonaparte, e durante 1860, teve grande importância quando Nice foi anexada à França, impedindo possíveis ataques.
Hoje, a arquitetura impressiona e oferece aos visitantes uma visão panorâmica de 360° de Antibes, em especial da parte costeira.
Já o Musée Picasso é um museu dedicado ao artista, que possui diversas obras e exposições permanentes. Obras de escultores como Germaine Richier, Joan Miró, Bernard Pagès, Anne e Patrick Poirier podem ser vistas no terraço do local.
Antibes também é conhecida por seus diversos mercados. O mercado Provençal oferece o melhor e uma infinita diversidade de sabores e especiarias locais, ele funciona principalmente na parte da manhã, todos os dias, exceto segundas-feiras, no hall de Cours Masséna; o de Artesanato acontece na parte da tarde, entre junho e setembro, onde pintores, escultores, ceramistas e diversos artistas exibem e vendem seus trabalhos. Acontece também em Cours Masséna; os mercados noturnos ocorrem entre julho e agosto, a partir das 19h, em Promenade du Soleil em Juan-les-Pins e Pré-des-Pêcheurs.
Além disso, apenas caminhar pelas ruelas de Antibes já vale um passeio. A cidade está na lista de “Vilarejos mais bonitos da França”.
Texto por: Carolina Berlato
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